Agora é o momento em que se verá se o cede ou vai em defesa do Ártico, e entre outras medidas há em andamento uma angariação de apoios à proibição de Ed Murray contra a Shell. Assim, os e as ativistas pedem mesmo a ação de "advogados e policiais entre a plataforma de petróleo da Shell e o vasto e frágil Ártico".
A luta em Seattle está começando a esquentar. Na semana passada, após o aumento da pressão da parte de organizadores locais, o prefeito Ed Murray disse à Shell que a licença que a empresa tem não cobre todas as atividades planejadas. Mas navios da Shell partiram para Seattle ainda assim, em um caso de violação flagrante do processo democrático.
Os protestos estalaram de imediato após a autorização na segunda-feira luz verde pelo governo federal dos Estados Unidos para o seu programa de prospeção de petróleo no mar de Chukchi, na costa do Alasca. A companhia quer iniciar os trabalhos de forma imediata, apesar da forte polémica e oposição popular.
A autorização ambiental, um 'obstáculo' menor
Apesar de que por enquanto só há aprovação da agência de gestão da energia oceânica, a BOEM, e deve agora obter autorização de outras entidades, como a da segurança e ambiente (BSEE), parece que a decissão está tomada, porquanto da própria empresa e de quase todos os âmbitos relacionados ao caso consideram esse um 'obstáculo' menor.
Especialistas têm certeza de que perfurar o Ártico é extremamente perigoso e compromete demais o nosso clima frágil
A estação mais próxima da Guarda Costeira fica a mais de mil quilômetros de distância. Se algo der errado, uma possibilidade real segundo o planejamento da própria Shell, não haverá nada o que se possa fazer e ninguém para ajudar.
Mais incrível ainda é se dar conta que estão considerando liberar uma nova forma de petróleo que os cientistas dizem ser 100% incompatível com a manutenção do clima atual conhecido pela humanidade desde sempre. Os lucros da Shell ou o equilíbrio do nosso clima? É uma decisão fácil de tomar do ponto de vista dos interesses populares.
A questão vai muito além da proteção de ursos polares e outras magníficas espécies que habitam o Ártico. Trata-se de traçar os limites contra a exploração de petróleo em um dos últimos lugares intocados da Terra.
Com informações de David Sievers - Avaaz