1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (7 Votos)

confrontoGrécia - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] Algumas considerações sobre o centário atual grego, após os últimos acontecimentos.


Foto: Under Class Rising (CC BY-SA 2.0)

1. A terceira parte dos deputados do Syriza deverá votar contra a mega capitulação da direção / governo a favor da União Europeia.

2. O ANEL, o partido de extrema-direita grego Gregos Independentes, que com os seus 13 deputados dava a maioria parlamentar ao Syriza, deverá abandonar a coalizão.

3. Quem poderia apoiar o Syriza seriam os partidos que já ficaram hiper desgastados nos governos anteriores: PASOK (social-democracia) e Nova Democracia (direita pró-União Europeia).

O Syriza teria cacife para encabeçar uma "Grande Coalisão" direitista, a la Merkel?

Leia também:

Grécia: o Syriza abraçado com a direita

Grécia: “resgate” fechado; mas “resgate” de quem?

4. O governo que terá que implementar o novo pacote de ataques contra a população será muito fraco.

5. Dois atores principais definirão a evolução da situação política: a população grega e o coração do capitalismo europeu (Alemanha/ França).

6. Os trabalhadores. Fortes mobilizações podem colocar abaixo o governo e o "pacote de austeridade".

7. O KKE (Partido Comunista Grego) controla os principais sindicatos. É preciso acompanhar de muito perto.

Esse partido tem se colocado contra a União Europeia, os planos de austeridade e a capitulação do governo do Syriza.

O KKE, em boa medida, tem contido o movimento sindical, seja por meio do “controle” das manifestações, do racha do movimento sindical e das próprias manifestações, ou do aparelhamento dos sindicatos.

Ele é o único partido estalinista de massas que sobrou. O oportunismo exacerbado predomina, de maneira muito forte, em praticamente todos os demais partidos que o KKE pretende agrupar.

Leia ainda:

Grexit: ser ou não ser?

Grécia: nenhuma novidade!

8. O coração do capitalismo europeu, Alemanha/ França, e outros países desenvolvidos, tem absorvido uma boa parte do excesso de mão de obra grega, e dos outros países mais fracos.

O desemprego “mórbido” de 25% na Grécia ou de 26% na Espanha, na realidade, é muito maior se considerarmos as migrações em massa.

9. O aprofundamento da crise capitalista no coração do capitalismo mundial e europeu aumentará a pressão sobre os mecanismos de controles que, inevitavelmente deverão explodir nos países periféricos e se enfraquecer nos países centrais.

10. Para o próximo período, economistas burgueses de renome, como Nouriel Roubini, preveem um novo colapso capitalista de gigantescas proporções. Esse colapso só poderá ser pior ao de 2008 devido à crise nos países atrasados e “emergentes”, ao brutal endividamento dos estados burgueses e à incapacidade dos monopólios de gerarem lucros da produção.

Roubini previu, em 2006, a crise de 2008 em detalhes. No início deste ano, previu o estouro da mãe das bolhas (as emissões desenfreadas de dinheiro podre pelos bancos centrais) em 2016. Para este ano, Roubini previu uma “espuma”, uma aparência de estabilidade.

11. No próximo período, a situação política na Grécia, na Europa e no mundo deverá evoluir muito rapidamente. A situação tenderá a transformar-se rapidamente em pré-revolucionária e até em revolucionária. Em dias poderão ser concentrados os acontecimentos que, em “situações normais”, demoravam anos.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.