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poroshenkoUcrânia - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] A desestabilização da UE (União Europeia) continua avançando a passos largos. A propaganda sobre a prosperidade europeia está afundando. Os fundos repassados pela UE para a maioria dos países periféricos têm sofrido forte queda. O colapso da produção industrial, das empresas públicas e o endividamento e o saque dos recursos nacionais têm disparado.


Presidente da Ucrânia Petro Poroshenko (esquerda) e o presidente do Conselho Europeu Donald Tusk. Foto: European Council President (CC BY-NC-ND 2.0).

Por que a Ucrânia não ingressa na União Europeia?

O governo do presidente deposto da Ucrânia, Viktor Ianukovich, tinha calculado que a integração lhe custaria em torno de US$ 100 bilhões, somente por causa da adequação às novas regulamentações. Quando ele colocou como condição ao ingresso à UE o repasse de 23 bilhões de euros, com o objetivo de cobrir o rombo das contas públicas, o imperialismo respondeu com o Maidan, a mobilização das organizações nazifascistas em Kiev, com o objetivo de depor o governo.

Leia também: Europa: Velho Continente, velha crise (Parte I)

A possibilidade iminente da entrada da Ucrânia na OTAN escalou os alertas do governo russo que passou a apoiar a reação das minorias russas no país. Isso não significa, de maneira alguma, que a Rússia apoie a revolução ou a democracia. O governo russo apoia vários grupos da extrema-direita europeia, que se colocam contra a União Europeia, como a Frente Nacional francesa e o UKIP inglês.

O governo Putin também tem blindado a fronteira do Donbass com a Rússia por meio de cercas e outros mecanismos de controle. O controle da entrada e saída de combatentes é estrito. O poder da FSB (nova versão da KGB) e da inteligência do Exército Russo é quase absoluto. Após o caos da década de 1990, os governos liderados por Vladimir Putin têm usado esses órgãos como instrumentos fundamentais para controlar as tendências segregacionistas, que têm existido desde a época dos czares. A falta de colchões de contenção contra a agressividade do imperialismo coloca a própria existência do estado russo em questão.

O temor aumenta ainda mais em relação ao contágio das tendências revolucionárias em direção à própria Rússia, principalmente com a retomada da desestabilização do sul, da Chechênia e do Daguestão, que estiveram na base das duas guerras da década de 1990, e no Cáucaso.

A Rússia atual representa apenas a sombra do poderio da União Soviética. A economia não passa de 8% do PIB dos Estados Unidos, sendo que a União Soviética ultrapassava os 60%. A política da Rússia é estritamente defensiva, mas é usada pelo imperialismo como base da campanha para justificar a escalada dos gastos militares na região.

Alejandro Acosta está atualmente na Rússia acompanhando os acontecimentos geopolíticos na região como jornalista independente.


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