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170810_agriculturaMoçambique - Canalmoz - A presidente da União das Associações dos Camponeses de Boane, Lina Macia, receia a eclosão de fome, uma vez que a sobrevivência da maioria da população local depende das machambas


A prática da agricultura e pecuária está a conhecer dias difíceis no distrito de Boane, na província de Maputo. Os agricultores queixam-se da subida dos preços de fertilizantes e de ração. Dizem que quando produzem debatem-se com a falta de transporte para escoar os excedentes. Falam também de falta de mercado para a comercialização do que produzem por haver abundância de produtos similares importados.
A presidente da União das Associações dos Camponeses de Boane, Lina Macia, receia que muitas famílias, cuja sobrevivência depende da agricultura e da pecuária, enfrentem fome.
Grande número de agricultores em Boane usa transporte alugado, mormente semi-colectivo de passageiros, para escoar a produção e colocá-la em diferentes mercados. Lina Macia diz que este procedimento é difícil e encarece os produtos.
Em relação a ração e fertilizantes, a interlocutora afirma que são produtos que a cada dia têm sido vendidos a preços diferentes. Os revendedores encarecem-nos alegando que os armazéns também tendem a aumentar os preços.
Na opinião de Lina Macia, se o cenário aqui descrito continuar inalterável, poderá comprometer o alcance das mentas fixadas para a presente campanha agrícola e, por conseguinte, o desenvolvimento daquele distrito. Todavia, ela acredita que apesar desses empecilhos, de uma forma geral, a actividade agrícola em Boane está a melhorar.
Num outro contexto, a presidente das associações agrícolas em Boane refere que no âmbito dos sete milhões de meticais se comprou um tractor. Contudo, as dificuldades ainda persistem para que a terra seja preparada de modo a produzir satisfatoriamente.
Segundo Lima Macia, o maior e o principal problema com que se debatem os agricultores de Boane é a falta de regadios em melhores condições. Diz que os existentes são de pouca capacidade para responder às necessidades.
Um outro problema é o de 'terras salinas' que não dão. Os agricultores declaram-se incapazes de fazer face a isto porque a aquisição de calcário para tratamento de solos acarreta custos.
As valas de drenagem existentes também não são eficazes. Em casos de chuvas torrenciais não conseguem evitar que as machambas sejam alagadas. Estas questões, de acordo com Lina Macia, já foi canalizada à Direcção Provincial da Agricultura mas os filiados na União das Associações dos Camponeses de Boane ainda aguardam pela intervenção do governo.


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