Segundo Mandlate, a missão deste tipo de ensino à distância "é, por um lado, minimizar o problema de falta vagas nas escolas", "e isso está a acontecer". "Por outro, é despertar no indivíduo o valor e o interesse pela escola, uma vez que os materiais disponibilizados para as aulas de consultas são gratuitos".
Francisco Mandlate recorda que os alunos do ensino à distância pagam a taxa de matrícula normal em função das escolas onde pretendem frequentar os níveis desejados e ao contrário do que acontece com os alunos do ensino presencial, no ensino à distância o aproveitamento tem sido extraordinário devido à existência de um tutor disponível sempre que necessário.
"No ensino à distância, o professor dialoga com o aluno a qualquer hora e com tempo ilimitado. O professor procura sanar todas as barreiras possíveis durante o processo de ensino e aprendizagem", disse Mandlate sublinhando que nesse ensino, para além de não faltarem tutores, as salas de aula não andam superlotadas como ocorre em quase todas as outras escolas do país.
Falta divulgação do ensino à distância
O interlocutor queixa-se de falta de divulgação deste tipo de ensino, sobretudo, nos locais onde está instalado. "Os números de alunos em todas as classes do ensino à distância oscilam muito. Embora ainda não se tenha atingido a meta desejada nota-se que numas zonas há muitos alunos e noutras há poucos. Falta a divulgação porque a nossa filosofia ainda não foi bem percebida de forma que os alunos, principalmente os que têm falta de vagas nas escolas, adiram em massa", diz Mandlate.
Instado a pronunciar-se sobre o que se tem feito para divulgar o ensino em alusão, Francisco Mandlate acrescentou: "primeiro, as pessoas querem ver para depois crer, o que torna difícil fazer com que tantos outros optem por este ensino".