Em seu perfil da rede social Twitter (@JosefinaVidalF), Vidal informou de uma nova multa do executivo estadunidense a uma empresa por fazer negócios com contrapartes cubanas, é uma ação que ratifica a permanência dessa política, imposta há mais de meio século.
A mensagem, compartilhada em espanhol e inglês, conduz a uma nota oficial da Chancelaria da maior das Antilhas, na qual se explicam os pormenores da mais recente sanção, a terceira no decorrer do ano.
Nesta ocasião, a empresa penalizada é a estadunidense Halliburton, uma corporação dedicada à prestação de serviços em jazidas de petróleo.
O montante da penalização ascende a 304.706 mil dólares e segundo o informe do Escritório para o Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, é consequência de que entre fevereiro e abril de 2011 Halliburton e suas subsidiárias nas Ilhas Caimán mantiveram relações comerciais com a companhia cubana Cuba Petróleo (Cupet).
No referido período, assinala a OFAC, a corporação exportou bens e serviços para apoiar trabalhos de exploração de petróleo e gás, assim como de perfuração, na província de Cabinda, Angola, trabalhos guiados por um consórcio no qual Cupet possuía 5% dos interesses.
Para Havana, a medida tem um marcado caráter extraterritorial e reafirma o fortalecimento da perseguição econômica, comercial e financeira contra as transações cubanas.
Adotada a somente três dias da multa imposta à companhia francesa CGG Services S.A., por um valor de 614.250 mil dólares, é também contrária ao novo enfoque da política dos Estados Unidos para Cuba.
Em seu pronunciamento, a Chancelaria da ilha assinala também que a sanção agudiza o efeito dissuasivo sobre as entidades estadunidenses e estrangeiras interessadas em desenvolver negócios com o país, ao mesmo tempo que reafirma a necessidade de eliminar o bloqueio em sua totalidade como elemento essencial para avançar para a normalização das relações bilaterais.
Com esta multa, Halliburton une-se a outras entidades - cinco estadunidenses e três de outras nacionalidades - que foram multadas por Washington desde o anúncio de sua mudança de política para Havana em 17 de dezembro de 2014, por um valor acumulado próximo aos três bilhões de dólares.
Durante o período de governo de Barack Obama (2009-2016), a quantidade de multas por violações dos regimes de sanções contra Cuba e outros países é de 49, superior ao de qualquer outro mandato presidencial.
O valor acumulado de todas ultrapassa os 14 bilhões de dólares.