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311215 grePortugal - Avante! - A época de Natal e Ano Novo, para alguns milhares de trabalhadores de empresas do sector privado, é vivida em greve, para exigir melhores salários e defender direitos.


Nos centros de produção da Marinha Grande e da Venda Nova (Amadora), os trabalhadores da BA Vidro estiveram em greve neste Natal e voltam a paralisar na passagem de ano, em defesa de direitos retirados e que a administração recusa devolver, apesar de várias greves realizadas desde Fevereiro.

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira e a Feviccom/CGTP-IN, num comunicado de dia 28, saudaram o pessoal da BA Vidro «pela greve realizada em dias que deveriam ser de festa natalícia e não de luta». Na Marinha Grande, ao contrário do que já se tornou normal, as chefias não estiveram à entrada a tentar intimidar os trabalhadores e até explicaram que as suas famílias não poderiam ser prejudicadas por causa da greve.

A greve começou às 16 horas de dia 24, na Venda Nova, e terminou às 13 horas de dia 27, na Marinha Grande; vai ser retomada às 16 horas de dia 31, até às 13 horas de dia 3 de Janeiro, de forma a abranger os trabalhadores dos diferentes turnos e sectores.
Como objectivos desta luta, o pré-aviso de greve refere: a restituição dos dias de compensação dos trabalhadores de turnos (28 ou 15 dias anuais); a restituição do subsídio de refeição, durante os dias de compensação de horário de trabalho de turnos (35 horas semanais); o pagamento do trabalho normal em dias feriados e do trabalho suplementar, tal como era processado até 31 de Julho de 2012; a defesa do direito à negociação e contratação colectiva entre a BA Vidro e a Feviccom, com conteúdos de progresso social e de valorização dos salários e subsídios.

Nos dias 21, 22 e 23, os trabalhadores dos pólos logísticos da Sonae na Maia e na Azambuja fizeram greves de duas ou três horas por turno, para exigirem aumentos salariais de 30 euros e a criação de uma carreira profissional, bem como a integração nos quadros, como efectivo, de quem trabalha na Sonae MC e na Sonae MR com vínculos precários. Foram constituídos piquetes de greve, que se reuniram à entrada das duas instalações.

No Norte, o coordenador regional do CESP/CGTP-IN admitiu a possibilidade de novas paralisações, o que deverá ser analisado num plenário em Janeiro. Jorge Pinto referiu à agência Lusa a injustiça de na logística da Sonae, onde não há actualização salarial desde 2010, ser praticado um ordenado mínimo de 520 euros, enquanto em situações semelhantes no mesmo ramo há empresas, como o Lidl ou a Jerónimo Martins, que pagam pelo menos 600 euros.

Com o piquete, na Azambuja, esteve o coordenador da União dos Sindicatos de Lisboa, Libério Domingues. Na Maia compareceram os dirigentes do PCP Jorge Machado (deputado) e Gonçalo Oliveira.

A luta pelo caderno reivindicativo iniciou-se a 18 de Dezembro de 2014, com plenários, greves e concentrações ao longo de 2015, nos dois pólos logísticos da Sonae.

Pelo pagamento do trabalho em dia feriado com o acréscimo previsto no contrato colectivo de trabalho, os trabalhadores dos serviços de alimentação de hospitais, áreas de serviço e fábricas, na zona Centro, fizeram greve no dia 25 e voltam a paralisar a 1 de Janeiro. Exigem igualmente a melhoria dos salários, que estão congelados desde 2010, como referiu o Sindicato da Hotelaria e Similares do Centro.

O sindicato da Fesaht/CGTP-IN, num comunicado emitido no dia de Natal, explicou que algumas empresas do sector (Eurest, Gertal, Itau, Solnave) decidiram não repor em Janeiro de 2015 os valores praticados antes de 1 de Agosto de 2012 (cuja suspensão foi permitida até ao fim de Dezembro de 2014) e apenas pagam acréscimos de 50 ou cem por cento, em vez de 200.
No comunicado refere-se que os trabalhadores do hospital de Santa Maria da Feira, da Maternidade Bissaya Barreto, dos hospitais Pediátrico e Covões, em Coimbra, dos hospitais da Covilhã e Figueira da Foz e da restauração da área de serviço de Pombal «aderiram de forma significativa» à greve, sendo que nos hospitais de Coimbra apenas estiveram a funcionar os serviços mínimos.

Nos dias 23 e 24, teve lugar uma greve nacional dos trabalhadores das empresas de vigilância privada, mantendo-se até 15 de Janeiro a greve às horas extra e ao trabalho em dias feriados. Os sindicatos da CGTP-IN no sector promoveram também, no primeiro dia de greve, concentrações em Lisboa, frente à Associação das Empresas de Segurança (onde esteve o Secretário-geral da confederação, Arménio Carlos), e no Porto, junto à delegação do Ministério do Trabalho (onde uma delegação do PCP, constituída por Ricardo Galhardo e Ilda Figueiredo, prestou solidariedade). É exigida a negociação do contrato colectivo com preservação dos direitos que os patrões querem eliminar. Os trabalhadores reclamam ainda aumentos salariais justos e horários de trabalho que garantam o direito a vida familiar e pessoal.

Os trabalhadores dos call-centers da EDP, contratados pela TempoTeam (Randstad), decidiram fazer greve nos dias 24 e 31 de Dezembro e no dia 4 de Janeiro, informou a União dos Sindicatos de Lisboa. No caderno reivindicativo para 2016 constam um aumento salarial de 30 euros, um subsídio de alimentação de seis euros para todos os trabalhadores e igualdade salarial para os trabalhadores da HC Energia (empresa da EDP em Espanha), entre outras matérias.


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