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acordo galizaGaliza - PGL - [Jon Amil] «In times of war, we need warriors. But this isn’t a war. You might try to say it is, but it’s not a war. We aren’t trying to kill an enemy. We’re trying to persuade other humans. And at times like that, we don’t need warriors, what we need are diplomats.» Phil Plait


Antes de começar, quero que dediquedes uns segundos a pensar nas seguintes questões: Quantas de vós escrevíades em galego segundo as normas da RAG antes de virardes reintegracionistas? E qual foi o motivo que vos levou a passardes à ortografia internacional? Já o tendes? Bem, pois começo com o artigo.

Na Internet galega existe um fenómeno chamado Lei de Berto, que diz que «a medida que umha discussom online em galego sobre qualquer tema avança, a probabilidade de que se mencione o reintegracionismo/isolacionismo achega-se a 1». Pode ver-se diariamente, por exemplo, nos comentários de qualquer jornal digital galego. E nom é nada mau em si mesmo —discutir pode ser produtivo—, o problema é a maneira em que é levada essa discussom. Porque muitas vezes as piores inimigas do reintegracionismo somos nós.

As pessoas que integramos o movimento reintegracionista somos umha minoria dentro da gente que usa e promove o galego, que à vez é umha minoria dentro da sociedade galega. E, por se fosse pouco, temos má reputaçom —as reintegratas querem anexar a Galiza a Portugal, acabar com a língua galega e que todo o mundo fale como Quim Barreiros—. Entom, nom podemos permitir-nos ir fazendo o imbecil nem entrar em pelejas absurdas que nom levam a nengures.

Já o sei, é mui frustrante falar com alguém que menospreza o modo em que escreves, que te acusa de cousas inverossímeis e que nom usa argumentos racionais. Mas de que serve termos a razom ou ganharmos umha discussom quando isso nos afasta do nosso objetivo? Se atravessas a rua com o semáforo em verde e vem um camiom fungando, terás toda a razom e ganharás a discussom sobre quem tivo a culpa, mas acabarás nas urgências com um politraumatismo.

O nosso objetivo como reintegracionistas, nestes momentos, é que a gente reflexione sobre a identidade do galego e a maneira de escrevê-lo. A gente escreve na ortografia da RAG porque é a que aprendeu, porque é a omnipresente, porque nom conhece outra realidade. Na escola dixérom-lhe que falamos umha língua de 3 milhões de falantes, enclausurada nas fronteiras da Comunidade Autónoma de Galicia. É o nosso trabalho fazer ver que nossa fala é na realidade um dos sabores dumha língua que se fala em todo o mundo, e que existe outra maneira de escrevê-la que nos achega a toda essa comunidade de falantes. E depois, a gente poderá concordar connosco ou nom, e isso nom nos pode anojar. Nom é a nossa meta que todas as pessoas opinem como nós, senom que todas possuam os argumentos para poder ter umha opiniom própria.

Entom, a próxima vez que fores entrar numha discussom ou escrever um comentário, primeiro pensa: É necessário? Vai ajudar a chegar ao nosso objetivo? Ou só me vai fazer sentir superior e importante? E se finalmente decides fazê-lo, pensa em como eras antes de te tornares reintegracionista, pensa em que foi o que che fijo mudar de ortografia, e tenta falar do mesmo jeito que gostarias que che tivessem falado daquela. Nom necessitamos soldados, necessitamos diplomatas.


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