Verdegaia analisa no seu site o informe de Ecologistas em Acçom "Luzes e sombras da luita contra os incêndios forestais", apresentado recentemente, que mostra como "nos últimos dez anos as administraçons competentes nom adoptárom as medidas necessárias para reduzirem o número de incéndios forestais".
Meio Rural oculta os dados dos incêndios de 2010
De maneira pouco habitual, o seco mês de Março deste ano deixava já as primeiras superfícies ardidas no País. Mais de 200 hectares eram arrasadas em distintos pontos de Galiza, tendo como principal foco afectado o concelho de Chandrexa de Queijas, seguido polas Nogais. Já em Julho, a zona das Ranhas, na Corunha, via-se afectada polo lume, a pesar de se tratar dum terreno em mui boas condiçons de limpeza. Quatro hectares ardiam na passada segunda-feira no concelho do Rosal, em Pnte Vedra, onde foi necessário desalojar várias moradas.
No total, os agentes encarregados da extinçom dérom aviso de 64 lumes, 49 incêndios e 14 queimas de rastrolho. A operaçom de vigilância é levada a cabo por soldados da Brilat, feito aproveitado por alguns meios empresariais para efectuar umha lavagem de imagem ante umha ocupaçom à que a vizinhança se opuxo frontalmente. O Xornal de Galicia, por exemplo, assinala a "boa aceitaçom" das patrulhas entre a cidadania.
No entanto, a conselharia de Meio Rural reconhece que o mês de Julho foi "mui complicado" e "de muito trabalho" no que atinge à extinçom de incêncios, mas nega-se a dar os dados concretos.
Luzes e sombras da luita contra os incêndios forestais: a negligência política
Segundo o informe da organizaçom ecologista, as administraçons primárom o investimento na extinçom em detrimento da prevençom, favorecendo que o número de lumes nom se reduza conforme o exigível. Aliás, os meios de extinçom tenhem grandes dificuldades para se enfrentarem aos incêndios de gram envergadura quando a climatologia é desfavorável. Para Verdegaia, este ponto verá-se agravado nos próximos anos polos efeitos da mudança climática, urgindo ainda mais o investimento na prevençom.
As administraçons autonómicas, pola sua parte, tampouco realizárom os esforços necessários para minimizar as principais causas dos incêndios. O emprego de lume com fins agrários nos meses de alto risco é só um exemplo, mas na última década provou-se que muitas das actuaçons das administraçons favorecérom um aumento do risco de incêndio forestal por falta de planificaçom, realizando repovoamentos ou plantaçons com espécies que favorecem a expansom do lume. O desenvolvimento urbanístico em zonas forestais é outro dos graves atrancos para o controlo do lume por parte dos meios de extinçom. Apesar da gravidade da situaçom, o conselheiro de Meio Rural considera que "o gasto em extinçom de incêndios é umha sangria para a Junta. Com isso fariam-se muitas cousas". Na mesma entrevista, publicada por La Voz de Galicia no passado Junho, o responsável de política forestal planteja que o pessoal encarregado de apagar o lume também se encarregue de labores silvícolas, estando operativo só em caso de emergência. Aliás, advoga pola entrada de capital privado na gestiom dos montes galegos: "o que o monte precisa é capitalizaçom, dinheiro".
Apesar da devastadora experiência do Verao de 2006, quando ardérom por volta de 100.000 hectares de monte galego, a impunidade dos incendiários segue a ser umha realidade. Segundo dados oficiais, 95% dos incêndios som provocados; porém, os recursos para a investigaçom dos incêncios nom se vírom incrementados, e as pessoas que os provocam seguem a contar com ampla margem de manobra: ainda quando som levadas ante um tribunal, enfrentam-se a juizes com grandes carências em formaçom de incêndios forestais.