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080211_ViniciusBrasil - Conexão Brasília Maranhão - Lembra da música do Vinicios de Moraes? então leia abaixo, entenda e veja que interessante!


Ano de 1970.

Vinícius e Toquinho voltam da Itália onde haviam acabado de inaugurar a parceria com o disco “A Arca de Noé”, fruto de um velho livro que o poetinha fizera para seu filho Pedro, quando este ainda era menino.

Encontram o Brasil em pleno “milagre econômico”, que milagre… a censura estava em alta, DOPS, ato 5, torturas… a Bossa Nova em baixa.
Opositores ao regime pagando com a liberdade e com a vida o preço de seus ideais.

O poeta Vinicios é visto como comunista pela cegueira militar e ultrapassado pela intelectualidade militante, que pejorativa e injustamente classifica sua música de easy music.

No teatro Castro Alves, em Salvador, é apresentada ao Brasil a nova parceria.

Vinícius está casado com a atriz baiana Gesse Gessy, uma das maiores paixões de sua vida que o aproximaria do candomblé, apresentando-o à Mãe Menininha do Gantois.

Sentindo a angústia do companheiro, Gesse o diverte, ensinando-lhe xingamentos em Nagô, entre eles “tonga da mironga do kabuletê”, que significa “o pêlo do cu da mãe”.

O mote anal e seu sentimento em relação aos homens de verde oliva inspiram o poeta.

Com Toquinho, Vinícius compõe a canção para apresentá-la no Teatro Castro Alves.

Era a oportunidade de xingar os militares sem que eles compreendessem a ofensa.

E o poeta ainda se divertia com tudo isso: “Te garanto que na Escola Superior de Guerra não tem um milico que saiba falar nagô”.

Fonte: Castello, José. Vinicius de Moraes: o poeta da paixão: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. 452p.

Toquinho e Vinícius – Tonga da Mironga do Cabuletê

Eu caio de bossa eu sou quem eu sou

Eu saio da fossa xingando em nagô

 

Você que ouve e não fala

Você que olha e não vê

Eu vou lhe dar uma pala

Você vai ter que aprender

 

A tonga da mironga do kabuletê

A tonga da mironga do kabuletê

A tonga da mironga do kabuletê

 

Você que lê e não sabe

Você que reza e não crê

Você que entra e não cabe

Você vai ter que viver

 

Na tonga da mironga do kabuletê

Na tonga da mironga do kabuletê

Na tonga da mironga do kabuletê

 

Você que fuma e não traga

E que não paga pra ver

Vou lhe rogar uma praga

Eu vou é mandar você

 

Pra tonga da mironga do kabuletê

Pra tonga da mironga do kabuletê

Pra tonga da mironga do kabuletê


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