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manifestação spBrasil - Diário Liberdade - [Sturt Silva] Pesquisas realizadas em três grandes cidades brasileiras (Vitória, Belo Horizonte e São Paulo), durante as últimas manifestações do dia 16, identificaram um manifestante antipetista, de oposição ao governo Dilma, mais velho, de classe média alta e com boa escolaridade.


Foto: Manifestação em SP. Por Camargo/Agência Brasil.

Em vitória, capital do Espírito Santo, a pesquisa com intuito de apresentar o “perfil e percepções dos manifestantes” daquela cidade, realizada pelo curso de graduação em Marketing e pelo curso de mestrado em Sociologia Política da Universidade Vila Velha, na Praça do Papa, apontou uma manifestação, que segundo o site G1 variou entre 30 e 40 mil, com pessoas mais velhas (mais ou menos 50% acima de 30 anos), com boa renda (até dois salários são apenas 11%, já acima de 8.000 reais são mais de 35%) e com alta escolaridade (mais de 28% tem graduação e outros 28% tem pós-graduação).

Os resultados em São Paulo (SP) quanto à caracterização social são parecidos com os de Vitória. Em pesquisa, feita na Avenida Paulista, coordenada por Pablo Ortellado (USP), Esther Solano (Unifesp) e Lucia Nader (fellow da Open Society), sobre as “soluções para a crise de confiança nas instituições e atitudes políticas em temas morais”, confirmou resulto anterior, do dia 12 de abril, de manifestantes mais velhos (mais ou menos 74% acima de 30 anos), com curso superior completo (65.40%) e mais ricos (quase 20% recebem mais de 15 mil reais e mais de 30% recebem entre 7.000 e 15.000 reais, enquanto menos de 7% recebe até dois salários mínimos). Além disso, a predominância de brancos continua (quase 74%).

Insatisfação com o governo Dilma e com a corrupção

Em Belo Horizonte (BH), pesquisa realizada, na Praça da Liberdade, pelo Grupo Opinião Pública da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), com coordenação da professora Helcimara Telles (em parceira de Regina Helena e Fernando Vaz), mapeou o “perfil ideológico e atitudes políticas dos manifestantes” que foram às ruas na capital de Minas Gerais.

pesquisa teles dilmaPreocupados com a corrupção, os mineiros que protestaram são favoráveis que a presidente Dilma saia (mais de 40% querem o impeachment e mais de 36% a renúncia. Já 13% a intervenção militar, sendo que 46,8% apoiam em caso de desordem).

Foto: Maria Telles/divulgação (clique sobre a imagem para ampliar).

A insatisfação com governo Dilma e a corrupção foram responsáveis pela ida de mais de 62% às ruas de Vitória. No entanto, a crise econômica é citada apenas por menos de 3% como problema em Belo Horizonte (porém 93,1% avalia a economia do Brasil como ruim ou péssima) e 2,46% como motivo de protesto em Vitória.

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Defensor da ditadura e da tortura lidera como “político não corrupto”

naocorrptos spEm vitória grande parte concorda que a democracia é a melhor forma de governo, mas não está satisfeita com a que tem. Em São Paulo 96,80% disseram estarem insatisfeitos com sistema político atual. E para melhorar isso 64,20% concordam que o certo seria entregar o poder para um político honesto. Os esquemas de corrupção que envolve o nome do PT (Partido dos Trabalhadores) são mais graves, assim como os políticos petistas/relacionados são mais corruptos. Por outro lado, Jair Bolsonaro (deputado carioca, militar da reserva, conhecido por defender a última ditadura brasileira [64-85] e por considerar a tortura uma prática legítima), personalidades da justiça (Juiz Sergio Moura e ex-ministro Joaquim Barbosa) e políticos tucanos (Geraldo Alckmin, Fernando Henrique Cardoso e José Serra) são entendidos como não corruptos.

Foto: GPOPAI/divulgação (clique sobre a imagem pra ampliar).

Quase metade dos manifestantes considera o PT de “extrema esquerda”

Talvez, o dado mais relevante da pesquisa na capital capixaba, foram as respostas quanto às posições políticas e ideológicas. A maioria se situa do centro à direita, assim como classifica o PSDB de Aécio Neves. O PMDB, do vice-presidente, Michel Temer, e que comando o Congresso Nacional, é classificado como partido de centro. O PT é taxado pela maioria de esquerda, sendo que quase metade acha que o partido de Lula e Dilma é de extrema esquerda. A maioria ainda se considera apartidários ou apolíticos: (mais de 70%).

Aécio Neves começa a perder popularidade entre os manifestantes

Sem títuloEm Vitória 81,97% votaram no segundo turno no candidato do PSDB. No entanto, apenas 43,44% votariam nele hoje. O resultado em BH, onde Aécio esteve no ato, também mostra queda: de 79% cai para 49,6.Sem título Copia

Foto: Mestrado em Sociologia Política-UVV/divulgação (clique na imagem para diminuir).

Programas sociais, direitos e preconceito

No geral, os manifestantes são contrários ao programa Bolsa Família (BH: 74,5% acham que o programa faz as pessoas ficarem “preguiçosas”; Vitória: 32,79% concordam com o fim e 21,58% concordam com o fim parcial) ao “Mais Médicos” (São Paulo: mais de 74% são contra, BH: mais de 61% discordam da vinda de médicos cubanos para o SUS) e as cotas (41,62% discordam das cotas em Vitória, enquanto que em BH: 64,7% acham que elas são um erro e devem ser extintas).

Porém são mais favoráveis à reforma agrária (67,1% em BH e quase 48% em Vitória) e o fim do financiamento privado de campanhas eleitorais (73,30% em São Paulo, 63,66% em Vitória e 61,3 em BH). Ainda em São Paulo a maioria dos 135 mil (segundo Datafolha) defende o direito à saúde e à educação universal e gratuita.

No entanto, os 6 mil mineiros (segundo o próprio estudo) continuam com um sentimento de superioridade quanto a outras classes ou regiões do país. Para 52,1%, os nordestinos têm menos consciência política na hora de votar do que as pessoas de outras regiões do Brasil e para 74% os pobres são mais desinformados na tomada de suas decisões políticas. Resultados como estes, de caráter conservador, preconceituoso e intolerante às políticas sociais, já tinham sido revelados num estudo feito durante as manifestações do dia 12 de abril.

Também são a favor da redução da maioridade penal (74,5% em BH e 63,66% em Vitória).

Forte presença de eleitores do PT na manifestação de Belo Horizonte

Outro dado importante que a pesquisa da UFMG trouxe foi a presença significativa de eleitores do PT na manifestação: 53,7% disseram que já votaram no Partido dos Trabalhadores, inclusive para presidente (quase 45%).


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