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manifdireitaBrasil - Diário Liberdade - Um empresário de 47 anos fantasiado de coxinha talvez reflita o pefil dos “manifestantes” que saíram às ruas por todo o país neste domingo (16) para pedir a queda da presidenta Dilma Rousseff e seu partido, o PT.


Foto: Marcelo de Franceschi

“Para mim é só fora PT, o resto pode ficar como está. Está valendo o Temer também, o Collor saiu, entrou o vice e ficou tudo bem (…) A corrupção pegou todos [os políticos], mas quem plantou a semente foi o PT”, declarou à Folha de S. Paulo.

Apesar de mais uma vez não ter conquistado apoio dos setores populares, os protestos da direita levaram, segundo a Polícia Militar nos estados, 610 mil pessoas às ruas. Não foram divulgadas as estimativas da PM nas cidades do Rio de Janeiro e Recife. Mas como a PM tem mania de grandeza em manifestações “coxinhas”, é possível que tenha ido um número menor de manifestantes.

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Todos os 25 estados e o Distrito Federal testemunharam atos de pressão contra o Governo, convocados por grupos direitistas como o Movimento Brasil Livre, Vem Pra Rua e Revoltados Online, e também partidos conservadores como o PSDB, que, finalmente, se pronunciou oficialmente a favor do impeachment nas últimas semanas. Todo o aparato da mídia burguesa ajudou na divulgação dos protestos, como nunca faz em atos da esquerda.

Oportunistas e demagógicos, políticos do PSDB compareceram em alguns atos. O senador e presidente do partido, Aécio Neves, caminhou com manifestantes em Belo Horizonte, dizendo-se “indignado com a corrupção, mentiras e incompetência desse governo”.

O senador José Serra esteve presente no ato em São Paulo e preferiu não subir em carro de som, mas conversou com a imprensa burguesa. “As pessoas ficaram felizes com a minha presença; não teve partido, governo ou sindicato por trás, foi totalmente espontânea”, disse hipocritamente, escondendo que seu partido incentivou os atos, assim como as organizações citadas acima, algumas financiadas por capital estrangeiro. Além disso, o governo do estado de São Paulo, comandado pelo PSDB, montou uma operação especial do metrô para ajudar o fluxo de pessoas que foram à Avenida Paulista. Em manifestações recentes da direita, o mesmo governo liberou as catracas do metrô.

No Rio de Janeiro, foram registrados dois incidentes. Na Orla da Copacabana, uma mulher subiu em um carro de som e pediu intervenção militar, mas acabou sendo contida. Por outro lado, um homem que estava com uma camisa vermelha e era contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff foi expulso do ato. Já em Niterói, um homem ergueu uma bandeira vermelha de um apartamento e foi hostilizado.

A intervenção militar também foi uma das exigências da manifestação que ocorreu em Manaus.

Cartazes golpistas e anticomunistas mais uma vez acompanharam os manifestantes da direita e extrema-direita, representantes da burguesia. “Abaixo o comunismo. Queremos o fim do Foro de São Paulo”, estava escrito em um cartaz. “Dilma, pena que não te enforcaram no DOI-CODI”, era o cartaz segurado por uma senhora de cabelos brancos. “Por quê (sic.) não mataram todos em 1964?”, era outro, referindo-se à perseguição dos militares contra a esquerda após o golpe de 1964.

Diziam-se “nacionalistas” os que foram às ruas neste domingo, mas, como nas manifetações anteriores, suplicaram por uma invasão estadunidense, com bandeiras norte-americanas e frases em inglês, como “Down with communism” e “We don't want communism in Brazil”.

Também houve protestos contra Dilma em dez cidades do exterior. Em Miami, cerca de 100 pessoas, entre moradores e turistas, se organizaram em um centro comercial reclamando da violência e de problemas para gerenciar negócios no Brasil como os principais motivos de indignação.

Os grandes meios de comunicação deram mais uma vez uma atenção especial aos atos convocados pela direita. A Globo montou um esquema com vários repórteres e até helicópteros para uma melhor cobertura. Um repórter entrou ao vivo no programa de entretenimento “Domingão do Faustão”, coisa que nunca acontece seja qual for o fato, após o término do protesto na Avenida Paulista. As rádios e jornais também fizeram plantão durante todo o dia.

Ato em defesa de Dilma, Lula e do PT

Ao mesmo tempo em que a direita pedia o impeachment de Dilma, 5 mil manifestantes se reuniam em frente ao Instituto Lula, em São Paulo, para apoiar a presidenta e o ex-presidente Lula.

O ato, oficialmente, foi de solidariedade ao Instituto, alvo de um ataque a bomba da extrema-direita, em julho. A convocação foi feita pela CUT, pelo Sindicato dos Metelúrgicos do ABC e pela militância petista.

Foram organizadas também mesas de debates com intelectuais de esquerda, e o evento contou ainda com carros de som, bandeiras e churrasco. Estiveram presentes dirigentes do PT, além de movimentos sociais como o MTST.


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