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Galiza - Diário Liberdade - 300813 fogosgaliza[Atualizado a 30.08.13, polas 03h00] Um grande número de incêndios continua ativo um pouco por toda a Galiza num verao que o presidente da Junta considera "extraordinariamente positivo".


A propaganda institucional, reproduzida acriticamente polos meios de comunicaçom do sistema, quer públicos, quer privados, alimenta um discurso triunfalista enquanto as colunas de fumo delatam incêndios em numerosos concelhos do Baixo Minho, Barbança e Monte Rei. Os meios de extinçom revelam-se incapazes de conter a sucessom de fogos, mas o governo nega-se a reconhecer a insuficiência e falta de previsom dos meios disponibilizados.

O discurso triunfalista de Feijó "esquece" mencionar o caráter especialmente chuvoso deste ano, inclusive na primavera, o que favoreceu a reduçom do número de fogos. Porém, bastou um aumento das temperaturas e dos dias de sol durante agosto para, nas últimas semanas, a sucessom constante de incêndios multiplicar o número de hectares queimados, obrigando o governo autónomo galego a retificar em alta os números da sua propaganda e declarando mais de meia dúzia de "Alertas 1".

Polícia, exército e guarda civil som, em opiniom de Núñez Feijó, as melhores armas contra os incêndios. Talvez por isso os meios humanos civis e profissionais dedicados à prevençom e extinçom de fogos sejam cada vez mais claramente insuficientes, segundo tenhem denunciado os sindicatos e especialistas na matéria. Trabalhadores e trabalhadoras do setor denunciam também as diretrizes institucionais para silenciar o surgimento de novos fogos, com a escusa de evitar o efeito multiplicador negativo da difusom dos mesmos.

Lousame, Ribeira, Póvoa do Caraminhal, Boiro, Rianjo, Porto Doçom, Noia, Vigo, Tominho, Oia, Baiona, Qualedro, Ermisende, Barco... o fogo continua a protagonizar o mês de agosto galego, sem que o atual governo (como os anteriores) tenha adotado medidas de fundo para atacar realmente o problema.

Ao invés, a política florestal, a falta de recursos económicos e humanos, de prevençom com cuidados aos montes ao longo do ano, de umha racional ordenaçom do território e de umha exploraçom agrária ordenada, junto a outras medidas apontadas por entidades profissionais e ambientalistas, continuam a garantir que a dos fogos florestais se mantenha como doença crónica do rural galego.

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[Atualizado a 29.08.13 polas 10h00] Galiza: Incêndios acirram ao mesmo ritmo que propaganda da Junta

Novos lumes em Vigo e no Baixo Minho. Junta e imprensa do regime da mao em açom propagandística para aparentar normalidade e compromisso contra os incêndios.

Enquanto se vam confirmando pormenores sobre o lume de Ribeira, como que chegou a apenas 400 metros do hospital comarcal do Barbança e provavelmente foi intencionado, os incêndios no Baixo Minho revivírom na passada noite. Recuperou força o de Oia, enquanto um novo foi declarado em Tominho, afetando por enquanto algumhas dúzias de hectares e adentrando-se já na vizinha comarca de Vigo, através do município de Gondomar.

Entretanto, a Junta da Galiza, que se limita a tentar minimizar as estimativas de área queimada e a aparentar a existência de um grande aparelho de extinçom, já tivo que admitir as mais de 2.000 hectares afetadas na comarca do Sul da Galiza, contradizendo a sua própria versom do dia anterior, quando falava em apenas 1.200. Precisamente, fai poucos dias sabia-se que no Baixo Minho estava pendente de adjudicaçom, logo de dous meses após o início da temporada alta de incêndios, um contrato de 144.670 € no desenvolvimento de açons combinadas de prevençom e defesa contra incêndios florestais, segundo noticiava Galicia Confidencial.  A comarca é agora destruída polo fogo sem que esse dinheiro tenha sido investido em evitá-lo.

Portanto, e logo de vários dias de incêndios sem novidade (continuam a destruir sem parar o monte galego), a principal notícia começa a ser a monolítica unidade de açom de Junta e meios do regime, que tentam dar sensaçom de normalidade e focar a responsabilidade exclusiva sobre os criminosos incendiários. As manobras propagandísticas do governo autonómico chefiado polo político ultra Alberto Nunes Feijó (PP) contam com o incondicional alto-falante de La VozFaro de Vigo. Nas suas espanholíssimas e digitais ediçons, fazem fincapé nos meios de extinçom utilizados, limitando-se a repetir os dados da Conselharia de Meio Rural -parte interessada- e minimizando ou diretamente "esquecendo" as numerosas denúncias vindas de forças sindicais, políticas, sociais, ecologistas e meios de comunicaçom independentes.

Meios de prevençom deficiêntes, serviço contra incêndios em pleno processo de desmantelamento, brigadas escassas e pouco preparadas... Som só algumhas das causas por trás da gravidade que chegam a atingir lumes provocados, que encontram caminho aberto para a sua rápida extensom num monte descuidado, ateigado de eucaliptos e pouco e mal defendido. Isso nom é notícia para a Junta, para La Voz nem para Faro de Vigo.


Foto - Contando Estrelas - O incêndio de Oia[Atualizaçom de 29/08, às 09:00] Os incêndios consomem a Galiza mais um verao

Barbança, Salnês, Baixo Minho, Monte Rei e Compostela sofrem desde sábado incêndios afetando assentamentos humanos. Entidades sociais de todo o tipo acusam Junta da Galiza por desmantelamento de serviço contra o lume e política florestal desadequada.

O último dos incêndios que estám a afetar a Galiza, como a cada ano, é o declarado na noite de ontem em Ribeira (Barbança). Declarado polas 21:00 horas, chegou a colocar em risco vários depósitos de gás e um polígono industrial, o que fijo com que centenares de trabalhadoras e trabalhadores tivessem que ser deslocados. A improvisaçom nas medidas adotadas colapsou o tránsito de saída do polígono, criando umha situaçom de muita tensom. Várias estradas, entre as quais a Autoestrada do Barbança, tivérom que ser cortadas. A Autoestrada do Barbança já é transitável neste momento.

Ao longo da madrugada e logo de consumir 175 hectares o fogo ficava fora de controlo, embora estabilizado em alguns pontos. O forte vento destes dias está a dificultar a extinçom dos incêndios, realizada, além do mais e segundo denúncias sindicais e ecologistas recentes, com meios insuficientes e em desmantelamento.

Do outro lado da ria de Arouça, no Salnês, mais um incêndio deu início nesta madrugada no Grove.

Nem as áreas mais urbanas, como a capita galega, estám conseguindo escapar dos incêndios. Na tarde de ontem, vários helicópteros sobrevoavam Compostela para tentar apagar o lume declarado a poucos metros da cidade. O fogo, entre Salgueirinhos e Vite, nom tivo maiores conseqüências.

2.000 hectares queimadas no Baixo Minho

Um incêndio florestal declarado fai dous dias (26/08) em Burgueira fijo arder cerca de 2.000 hectares nos municípios de Oia, Roçal, Tominho e Guarda, na comarca do Baixo Minho. Som os números dados pola Cámara Municipal de Oia e em que coincidem diferentes avaliaçons. Entretanto, a Junta do ultradireitista Feijó, responsável pola política florestal na Galiza, continua a falar em "apenas" 1.200 hectares.

Vizinhas da zona afetada denunciárom em diferentes meios o abandono do monte nas redondezas dos seus lares, o que quase provoca a perda de alguns deles, além do deslocamento de centenares de pessoas para evitar perdas de vidas humanas. Segundo as sempre pouco confiáveis informaçons do governo autónomo galego, o lume estaria estabilizado, embora o forte vento na comarca do Sul da Galiza fai temer um reavivamento do incêndio.

Multidom de setores sociais denunciam responsabilidade da Junta

Nos últimos anos, organizaçons ecologistas, sindicais e de todo tipo tenhem denunciado um insuficiente e desadequado desenho dos meios de extinçom e, sobretodo, de prevençom de incêndios florestais. Sobretodo, num país como a Galiza, fortemente castigado pola massificaçom de espécies pirófitas como o eucalipto.

Recentemente, forças sindicais convocárom concentraçons contra o desemantelamento, promovido pola Junta, do serviço contra os incêndios florestais. Organizaçons ecologistas davam a razom aos sindicatos, também em datas recentes, como a Amigos/as da Terra, que lamentava "o desmantelamento dos serviços florestais públicos". Logo dos incêndios destes últimos dias (recorrentes a cada ano) fica a critério de cada quem avaliar se há ou nom há razons para suspeitar os descasos e deficiências denunciadas.

Nesse sentido, meios de informaçom populares como a Revista Anarquista Abordagem, respondêrom ao chamado do Presidente Feijó para localizar as pessoas responsáveis polos incêndios.

Além das responsabilidades no que diz a respeito da política de prevençom e extinçom, o problema de fundo é, mais umha vez, o modelo de exploraçom florestal vigorante na Galiza. Com o monocultivo de espécies pirófitas como o eucalipto (destinado, principalmente, à poluente fábrica de celulose que a Ence tem em Ponte Vedra), é questom de tempo que a cada verám os lumes provocados se espalhem de forma descontrolada. O Ocidente da Galiza (onde fôrom declarados mais incêndios neste mês de agosto) é a área mais afetada pola extensom dessa árvore.

Foto - Contando Estrelas - Oia ardendo em 2006


 [28/08,às 10:05] Grande incêndio florestal ameaça áreas povoadas no Baixo Minho

Política florestal e contra incêndios da Junta tinha sido contestada recentemente por multidom de setores sociais. Após o grande incêndio de Qualedro (Monte Rei), é o segundo lume consecutivo que ameaça assentamentos humanos.

Um incêndio florestal declarado ontem (26/08) em Burgueira fijo arder mais de 1.000 hectares nos municípios de Oia, Roçal, Tominho e Guarda, na comarca do Baixo Minho. A aldeia de Loureça está ameaçada polo lume e foi necessário deslocar 176 vizinhas e vizinhos, após a declaraçom do Nível 1, polas 23:00 da noite passada. Este é o segundo incêndio grave registado em apenas 48 horas.

Apesar de que a Conselharia de Meio Rural informou de que entre os meios de luita contra este desastre há um técnico, sete agentes, 13 brigadas, 13 motobombas, catro avions, cinco helicópteros e outra maquinária é impossível precisar o número exato de profissionais envolvidos, pois, segundo denunciavam fai pouco tempo várias forças sindicais há umha"manipulaçom de dados da conselharia no que se refire ao número de brigadas, sem dizer o número de trabalhadores [em cada umha delas], que se limita muitos dias a dous por brigada". Somam-se militares espanhóis procedentes da base que o país vizinho tem em Marim.

Dada a incerteza dos meios usados na extinçom, resta confiar em que o novo fogo nom tome magnitudes como as que tomou o de Qualedro (comarca de Monte Rei), que com múltiplos focos afetou 2.000 hectares a muito pouca distáncia de núcleos de populaçom, antes de ser controlado na madrugada desta segunda-feira (26/08). Nos incêndios de Qualedro e Baixo Minho já ardêrom tantas hectares como em todos os lumes de janeiro até julho.

Nos últimos anos, organizaçons ecologistas, sindicais e de todo tipo tenhem denunciado um insuficiente e desadequado desenho dos meios de extinçom e, sobretodo, de prevençom de incêndios florestais. Sobretodo, num país como a Galiza, fortemente castigado pola massificaçom de espécies pirófitas como o eucalipto.

Recentemente, forças sindicais convocárom concentraçons contra o desemantelamento, promovido pola Junta, do serviço contra os incêndios florestais. Organizaçons ecologistas davam a razom aos sindicatos, também em datas recentes, como a Amigos/as da Terra, que lamentava "o desmantelamento dos serviços florestais públicos". Logo dos incêndios destes últimos dias (recorrentes a cada ano) fica a critério de cada quem avaliar se há ou nom há razons para suspeitar os descasos e deficiências denunciadas.

 


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