Nicolás Maduro ofereceu abrigo a 20 mil sírios. Foto: Globovisión (CC BY-NC 2.0)
Na última segunda-feira, o presidente Nicolás Maduro anunciou a intenção da pátria de Chávez e Bolívar acolher 20 mil imigrantes sírios, refugiados da guerra imperialista que devasta o país árabe.
"Mais quantos árabes terão de morrer antes que uma grande consciência humana de paz seja despertada?", disse Maduro.
Os governos bolivarianos de Maduro e Chávez têm um histórico de ajuda humanitária aos povos oprimidos do Terceiro Mundo. Em 2014, quando Gaza sofria um ataque genocida por parte de Israel que durou mais de um mês, em que mais de 2 mil palestinos morreram, a Venezuela se ofereceu para receber crianças palestinas feridas e órfãs.
No mesmo episódio, Maduro encabeçou a ajuda internacional ao povo de Gaza ao enviar aviões com equipamentos, remédios e alimentos destinados a atender as necessidades básicas daquela população.
Caso a Venezuela venha a receber os 20 mil imigrantes que se dispõe, será o terceiro país do ocidente que acolhe o maior número de refugiados sírios desde o começo da guerra, atrás apenas de Alemanha e Suécia.
Ao mesmo tempo em que a Venezuela demonstra mais uma vez seu internacionalismo e anti-imperialismo, os governos europeus colaboram para o extermínio dos imigrantes.
A crise da imigração apresenta claramente o caráter fascista de muitos governos da Europa, como o tcheco, que marcou os refugiados como se fossem judeus nos campos de concentração. Ou o britânico, cujo primeiro-ministro David Cameron anunciou recentemente que colocará cães de guarda na fronteira com a França para que os imigrantes, a maioria de países árabes, não possem entrar no país.
Os governos da Sérvia, Hungria, Macedônia, Itália etc seguem na mesma linha de recusar os refugiados, que fogem de guerras causadas pelas próprias potências imperialistas nos países oprimidos.