O imperialismo cria, financia, treina e semeia em escala planetária toda sorte de organizações criminosas, para desestabilizar governos progressistas e afiançar regimes submissos e lacaios, que se tornam ponta de lança dos planos de agressões militares contra vizinhos por parte do Estado mais terrorista da história da humanidade, que é o responsável número um da tragédia que vivem os países africanos, asiáticos e do Oriente Médio, que se tornam presas vivas do mar Mediterrâneo, a maior fossa comum de emigrantes que se conhece em toda a história.
Depois dos acontecimentos da segunda metade do Século XX, que deixaram como recordação a queda da União Soviética, o imperialismo já não teve como desculpa para suas agressões a ameaça do “Comunismo”, justificativa utilizada para as invasões e ocupações de países na América Central, América do Sul e do Caribe. Tinha que recorrer a novos expedientes e nada melhor que a “luta contra o narcotráfico e o terrorismo”, criaturas nascidas de suas próprias entranhas e apadrinhadas pelo complexo militar, industrial e midiático, que agora tem como executor a OTAN.
Em nome da luta contra o terrorismo e o narcotráfico, mediante negociação com o governo da Colômbia, sob a administração de Álvaro Uribe Velez, instalou nesse país sete bases militares: Palanquero, às margens do rio Magdalena, Malambo e Cartagena, na costa do mar Caribe, Málaga, na costa do Pacífico, Tolemaida, no centro do país, Tres Esquinas, na região amazônica, e Apiay nas planícies orientais.
O ex-presidente colombiano Ernesto Samper, atualmente à frente da UNASUL, declarou que o acordo assinado com os Estados Unidos, para a instalação de sete bases e a realização de operações militares a partir do território nacional, é o pior erro histórico cometido pela Colômbia, desde o ano de 1903, quando os EUA arrebataram desse país o istmo do Panamá. Samper denunciou que essas bases estavam dotadas de aviões C-17, Orión-3 e Awacs, equipamentos que nada se relacionam com o combate ao narcotráfico, posto que são utilizados apenas para exercer vigilância ou espionagem sobre a região.
Álvaro Uribe Velez, um prisioneiro de seu passado obscuro, tal como solicitado pela DEA, com o número 81, se desentendeu com a Venezuela, Equador e Bolívia. A entrega de Alvarito a seus possíveis detentores foi tão repugnante que até imunidade diplomática concedeu à soldadesca estrangeira, para que assassinem e violem mulheres cada vez que se drogam ou se embebedam, com a segurança de que tudo ficará impune porque a justiça colombiana não pode julgá-los. De fato, mais de 50 colombianas, em sua maioria meninas e adolescentes, foram maltratadas por esses canalhas e até o presente não encontraram justiça.
Agora é Ollanta Humala, o novo Uribe sul-americano que, no Peru, está permitindo não só a instalação de bases militares, mas que já negociou para receber os primeiros 3 mil fuzileiros que irão ao país inca para levar “confiança”, “segurança”, “liberdade” e para fortalecer a “democracia”. Esperamos e torcemos que as mulheres peruanas não sofram o mesmo que suas homólogas colombianas, sendo agora vítimas da violência ianque.
Enquanto isto ocorre, o operador Juan Manuel Santos e sua equipe na Colômbia botam o ventilador contra a Venezuela e anunciam que a levarão à Corte Penal Internacional, por violar os direitos humanos dos colombianos. Certamente se referem ao meio milhão de refugiados que, graças à mão irmã do presidente Chávez e do povo venezuelano, escapou dos falsos positivos, que a partir do Ministério da Defesa e por mando de Álvaro Uribe Velez, baixou como linha aos comandos militares, para que atemorizassem os camponeses e as organizações civis, que se opunham ao paramilitarismo e ao despojo de suas terras.
Por isso, apoiamos em todas suas partes as medidas tomadas pelo presidente Nicolás Maduro e só o solicitamos que feche o anel completo com Zulia, Apure e Amazonas, para que obrigue o governo vizinho a assumir sua parte e a se desassociar do paracontrabando, revogando o decreto que favorece as vendas do contrabando levado da Venezuela e exija que o Banco da República, revogue também a resolução 8, que é a legalização por parte do estado colombiano do lavagem de dinheiro proveniente do narcotráfico, e do aval à guerra econômica, exercida contra a Venezuela.
O cerco contra a Venezuela é identificado e ativado a partir da Colômbia e da Guiana, fazendo parte do cerco imperial que se fecha sobre a América do Sul e o Caribe.
Fonte: http://www.resumenlatinoamericano.org/2015/09/03/venezuela-se-cierra-la-tenaza-imperial-sobre-latinoamerica-y-el-caribe/
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)