Em homenagem à luta pela "dignidade, respeito e o reconhecimento pelos homens e mulheres, conhecidos ou anônimos, que deram suas vidas pela defesa da soberania manchada", como afirmou o reitor da universidade, Iván Grullón Fernández, as bandeiras da UASD foram içadas a meio mastro nesta terça-feira (28) durante as atividades, segundo a agência Sputnik.
Há 50 anos, em 28 de abril de 1965, o então presidente dos Estados Unidos Lyndon Johnson ordenou a invasão da República Dominicana com a desculpa de evitar "uma segunda Cuba" na região. Washington já vinha conspirando com a direita e os militares dominicanos e derrubou em setembro de 1963 o governo progressista do presidente Juan Bosch, legitimamente eleito em dezembro de 1962, pelo Partido Revolucionário Dominicano.
Com o golpe de Estado contra Bosch, um governo títere de Washington – como foi a ditadura de Trujillo, imposta pelos EUA em 1930 e que durou 30 anos – foi implantado. Em 25 de abril de 1965, o povo em armas encabeçado por uma vanguarda militar restituiu a legalidade constitucional e soberana do país, colocando o presidente da Câmara dos Deputados como presidente provisório da República, seguindo a constituição.
A mando de Washington, militares golpistas desencadearam um ataque ao Palacio Nacional, em Santo Domingo, dando início a um conflito que durou três dias e ficou conhecido como a "Guerra Pátria". Diante da derrota da direita golpista dominicana, a Casa Branca viu-se obrigada a intervir para não devolver a soberania ao povo daquele país.
No dia 28, os fuzileiros dos Estados Unidos desembarcaram na República Dominicana durante a Operação Power Pack. Os combates se seguiram até agosto, quando foi assinada uma trégua, viabilizando o controle estadunidense do Estado dominicano.
O país imperialista manteve-se em território estrangeiro até setembro de 1966, quando houve eleições e o presidente legítimo Juan Bosch foi derrotado por Joaquín Balaguer, favorecido pela Casa Branca para impedir o progresso e continuar com a histórica política submissa à Washington praticada por sucessivos governos títeres da região. Milhares de cidadãos dominicanos foram massacrados durante o período de um ano em que as forças estadunidenses ocuparam o país.