A operação conta com a aprovação do Congresso norte-americano. Segundo declarações oficiais, o aumento servirá para melhorar a luta conjunta com os soldados da Marinha peruana contra os insurgentes e os narcotraficantes, informa Defensa.com.
As forças peruanas enfrentam regularmente o grupo guerrilheiro Sendero Luminoso, e Lima manifestou que necessita de no mínimo 2.500 efetivos para dobrar a presença policial nas zonas menos acessíveis.
Segundo o pesquisador-chefe do Instituto do Peru, Miguel Santillana, a iniciativa dos EUA se fundamenta em seu interesse de conservar sua presença militar na América do Sul, à custa do povo peruano.
"Os norte-americanos têm uma presença no Peru como em qualquer país da América Latina porque sentem que somos sua zona de influência. Eles se sentem com o direito de ter presença oficial e não oficial em nosso território", disse Santillana à rede Russia Today.
Após o congresso da República ter autorizado o ingresso de tropa estrangeira em território nacional, em resolução legislativa aprovada em 29 de janeiro, as tropas norte-americanas estão chegando ao Peru em três etapas. O primeiro contingente, composto por 58 soldados, chegou ao território peruano em 1° de fevereiro passado, e permanecerá por um período de um ano. O segundo, formado por 67 soldados, chegou no dia 15 deste mesmo mês e conforme registra o documento que o autoriza, permanecerão por cerca de um mês e meio para "treinamento". O terceiro contingente desembarcará em 1° de setembro deste ano, com um total de 3.200 soldados norte-americanos, segundo solicitação, na qualidade de visitantes, ficarão no território por 6 dias.
Fruto de acordos de cooperação militar entre Peru e EUA, o Corpo de Marines dos Estados Unidos estão ajudando as forças militares peruanas no combate aos insurgentes e narcotraficantes. Após uma missão de instrução que se prolongou por seis semanas em Villa Rica, um distrito da província central de Oxapampa, em finais de novembro retornou aos EUA uma equipe do Corpo Sul dos Marines dos Estados Unidos.
Os movimentos sociais e os organismos de direitos humanos denunciaram em reiteradas ocasiões que a presença militar estrangeira no Peru busca o controle territorial e a repressão do protesto social.
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB).