O plano organizado para executar a ação teve supostamente entre seus protagonistas o deputado de direita Julio Borges, segundo revelações do prefeito de Caracas, Jorge Rodríguez, em uma emissão especial do programa com El Mazo Dando do presidente da Assembleia Nacional na televisão estatal.
A intentona golpista incluía o ataque a várias zonas da capital onde situam instituições públicas e áreas residenciais escolhidas pelo pró estadunidense Borges, entre elas o Palácio de Miraflores, o Ministério Público, a Chancelaria e o Tribunal Supremo de Justiça, assegurou Rodríguez.
Outros dos objetivos eram a Prefeitura do município Libertador, a Casa Amarela, a televisora Telesur, bem como os ministérios de Defesa, Educação e Relações Interiores, Justiça e Paz, revelou o prefeito da capital no programa de Cabello na Venezuelana de Televisão.
Um implicado principal no projeto golpista, o general de brigada da Aviação Oswaldo Hernández Sánchez, foi quem revelou a participação de Borges nestas ações subversivas, assinalou o também legislador socialista.
Cabello, por sua vez, assegurou a participação estadunidense e mostrou computadores, uniformes, telefones e pistolas para a operação, encontrados em buscas após o abortado golpe por "jovens oficiais que nos deram a informação necessária para fazer um trabalho de investigação mais ou menos extenso".
O também primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela perguntou porquê o governo de Washington tenta intervir em "um país pequeno que não é perigo para ninguém e unicamente decidimos ser livres".
A denúncia ontem do presidente Maduro envolveu oficiais da Aviação Militar e civis no que qualificou de "um atentado golpista dirigido a partir dos Estados Unidos contra a Constituição e o povo" e desarticulado pelos órgãos de inteligência, a partir de denúncias de militares patriotas.