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banzerAmérica Latina - RT - [Tradução do Diário Liberdade] Tendo em conta uma longa história de apoio dos EUA às ditaduras fascistas na América Latina, o embargo de Cuba foi o cúmulo da hipocrisia de Washington, escreve o portal AlterNet.


Os passos de Obama na reconciliação com Cuba foram recebidos com uma forte crítica por parte da extrema direita estadunidense. Assim, há pouco tempo o senador Ted Cruz disse que Fidel e Raúl são "ditadores brutais", e por isso o embargo sobre a ilha não deve ser suspenso. Nesse contexto, o jornalista Alex Henderson lembra de "sete dos piores regimes fascistas na América Latina que os EUA apoiaram com entusiasmo".

1. A ditadura de Pinochet no Chile (1973-1990)

Em 1970, Salvador Allende foi eleito democraticamente como presidente do Chile. No entanto, o Departamento de Estado e a CIA haviam realizado sofisticadas operações de propaganda no Chile havia uma década, financiando políticos conservadores e todos os meios de comunicação, enquanto estreitava laços com os militares. Após o general Pinochet tomar o poder, a CIA continuou pagando funcionários chilenos e trabalhou em estreita colaboração com a agência de inteligência do Chile, a DINA, enquanto o governo militar matava, prendia e torturava milhares de pessoas.

2. As ditaduras militares na Guatemala

Durante décadas os EUA apoiaram ditaduras militares na Guatemala. A CIA lançou uma operação para eliminar o governo liberal eleito de Jacobo Arbenz em 1954. Arbenz foi substituído pela ditadura militar repressiva do coronel Carlos Castillo Armas. Outros regimes militares apoiados também pelos Estados Unidos que se seguiram após o assassinato de Armas em 1957 foram ainda piores. Dezenas de milhares de guatemaltecos foram assassinados pelas forças militares fascistas e esquadrões da morte de extrema-direita nos anos 60, 70 e 80. Em 40 anos de guerra civil, morreram ao menos 200 mil pessoas, a maioria indígenas.

3. Décadas de ditadura de Somoza na Nicarágua

Anastasio Somoza governou a Nicarágua durante 43 anos com o apoio incondicional dos EUA. Sua Guarda Nacional cometeu crimes inimagináveis, torturas, extorsões e estupros com total impunidade. Após a Revolução Sandinista ter derrubado Somoza em 1979, a CIA recrutou, treinou e financiou mercenários conhecidos como "contras" para invadir a Nicarágua e realizar atos de terrorismo para desestabilizar o país.

4. Ditadura Militar em El Salvador (1979-1992)

Na década de 1980, em El Salvador se deflagrou uma guerra civil. Foi um levante popular contra um regime que governava com grande brutalidade. Ao menos 70 mil pessoas morreram e milhares desapareceram. A Comissão da Verdade da ONU, estabelecida após a guerra, concluiu que os culpados pela esmagadora maioria das mortes eram as forças do governo e os esquadrões da morte. A CIA, as forças especiais dos EUA e a Escola das Américas foram aqueles que criaram, treinaram, armaram e supervisionaram as forças governamentais.

5. A Guerra Suja na Argentina (1976-1883)

A junta militar que governou a Argentina entre 1976 e 1983 ficou tristemente conhecida por seus abusos contra os direitos humanos: estima-se que 30 mil pessoas morreram nesse período e que foram roubados 400 bebês de famílias cujos pais foram assassinados. Documentos estadunidenses desclassificados em 2003 revelaram as conversas entre o secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, e o chanceler argentino César Guzzetti em outubro de 1976, pouco depois da junta militar ter tomado o poder na Argentina. Kissinger aprovou explicitamente a Guerra Suja da junta.

6. A ditadura de Hugo Banzer na Bolívia (1971-1977)

Quando as políticas do presidente socialista da Bolívia, Juan José Torres, enfureceram a administração Nixon em meados de 1970, os EUA ajudaram a derrubá-lo e a instalar a ditadura militar fascista do general Hugo Banzer [foto]. O regime de Banzer se prolongou até 1977, e durante seu governo no país foram amplamente praticadas torturas e detenções ilegais.

7. O Regime de Alfredo Stroessner no Paraguai (1954-1989)

O general Alfredo Stroessner, que ficou no poder de 1954 a 1989, foi um anticomunista fervoroso, e isso foi o suficiente para que os EUA financiassem com milhões de dólares o seu regime entre os anos 50 e 60, e tivesse uma estreita relação com o ditador paraguaio durante muito tempo. A tortura, sequestros e outros abusos contra os direitos humanos eram comuns durante o regime de Stroessner.


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