Estendemos nossa mão de irmãos de luta, prestes a seguir ombro a ombro, lado a lado, forjando a unidade insurgente e popular, juntando ideais, experiência e força para empurrar o país para novos destinos, precisa o pronunciamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP), publicado originalmente em sua página digital.

Depois de felicitar o Exército de Libertação Nacional (ELN) por seus 50 anos de luta, os integrantes desse movimento expressaram que seguem buscando alternativas sem derramamento de sangue para a pátria.

As FARC-EP dialogam em Havana com representantes governamentais desde 2012 para pôr fim ao conflito interno, que deixou 6,8 milhões de vítimas em decorrência de mais de meio século.

Por isso, o Exército de Libertação Nacional manifestou nesta semana sua disposição para dialogar com o Governo de maneira formal com similares fins, depois de uma fase exploratória de conversas.

Esperamos em algum momento encontrar no governo vontade real de mudança que liberte do peso da desigualdade e da miséria o povo e nos dê as razões para concluir que já não são necessárias as armas, acrescentou a declaração das FARC-EP, ponto de vista que coincide com a mais recente comunicação do ELN.

O presidente Juan Manuel Santos convocou o ELN a iniciar negociações para finalizar o período bélico e a decretar um cessar-fogo unilateral, iniciativa adotada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo desde o dia 20 de dezembro.

No entanto, apesar do cumprimento da medida, a Casa de Nariño tem descartado até o momento uma suspensão bilateral dos confrontos.

Ativistas, líderes sociais, políticos, defensores de direitos humanos e o próprio presidente aspiram a que 2015 seja o ano da paz para o país sul-americano, empenho que requer a convergência de todas as partes beligerantes.