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7231309860 3a47b9ef90 zAmérica Latina - Workers World - [Berta Joubert-Ceci, Tradução do Diário Liberdade]  Dois meses depois do desaparecimento dos 43 normalistas em Ayotzinapa, o presidente Enrique Peña Nieto finalmente visitou essa região em 4 de novembro. Foi, não para oferecer apoio às famílias dos e das estudantes, mas para inaugurar uma ponte de havia sido destruída por um furacão em setembro de 2013 e para anunciar algumas iniciativas econômicas.


Foto de Jorge Mexicano (CC by-nc/2.0)
 
Peña Nieto ignorou os massivos e agora generalizados protestos que varreram o México condenando a falta de uma ação eficaz por parte do governo para encontrar as e os estudantes desaparecidos e investigar totalmente e castigar os culpados. Em troca, pediu ao povo mexicano "superar" Ayotzinapa e "avançar". Estas palavras acrescentaram ainda mais fúria às massas de pessoas que exigem sua renúncia.
 
Três dias depois, a equipe forense argentina envolvida na investigação das amostras humanas supostamente encontradas em valas em Cocula, informou que um laboratório de genética na Áustria havia identificado restos de um dos 43 estudantes, Alexander Mora. Segundo muitos especialistas no México, no entanto, isso não prova que o resto dos estudantes estejam mortos. Portanto, seguem exigindo do regime: "Encontrá-los com vida".
 
Por meio de uma interpretação racional dos fatos, uma equipe de cientistas da Universidade Nacional Autônoma (UNAM) refutou as afirmações do governo de que os estudantes haviam sido incinerados e suas cinzas colocadas em bolsas em um rio - reclamações baseadas unicamente no afirmação de três supostas testemunhas. Os cientistas afirmaram que a temperatura necessária para incinerar um corpo humano era impossível de ser alcançada através dos métodos que a Procuradoria informou.
 
Desde o início, familiares das e dos estudantes e outros manifestantes acusaram o governo de encobrir os desaparecimentos.
 
A solidariedade com Ayotzinapa foi internacional, inclusive dos EUA, e não só das e dos mexicanos no exterior mas de diversas organizações também.
 
Em 10 de dezembro o caso de Ayotzinapa chegou a milhões de pessoas de todo o mundo quando Adán Cortés Salas, um estudante da UNAM que viajou a Oslo, ficou de pé e caminhou diante de Malala Yousafzai justo após ela receber o Prêmio Nobel, gritando: "Por favor, Malala, México" enquanto levava uma bandeira mexicana manchada de vermelho.
 
Crise capitalista afeta povo pobre e trabalhador em Porto Rico
 
O ano de 2014 trouxe um aumento dos ataques às pessoas pobres e às e aos trabalhadores em Porto Rico como resultado de sua condição colonial que está profundamente afetada pela crise capitalista dirigida pelos EUA. Ao terminar o ano, o governo colonial encabeçado por Alejandro García Padilla impôs várias pedidas antipopulares, incluindo o aumento do imposto sobre o petróleo e derivados de $ 9,25 para a colossal cifra de $ 15,50 por barril. "La crudita" como é conhecido na ilha tanto como um nome descritivo do petróleo bruto e como "crueldade", foi aprovada tanto pela Câmara de Representantes como pelo Senado.
 
Segundo o governador García Padilla, isso é necesário para financiar o Banco Governamental de Desenvolvimento  que é o principal órgão fiscal que fornece fundos a entidades desde municípios até projetos especiais do governo. Esses incluem associações público-privadas, rodovias e transporte público, etc. Tal como muitas instituições do governo, esse se caracterizou por má administração e corrupção - uma parte inerente ao capitalismo.
 
Este aumento de impostos não só afetará o preço da gasolina mas será um golpe para todo o setor da energia - a base do desenvolvimento na ilha. A agência nacional de energia, a Autoridade de Energia Elétrica de Porto Rico (AEE) foi marcada para a privatização durante muito tempo. Este projeto fracassou até agora graças às ações de seus trabalhadores e trabalhadoras, organizados no sindicato classista UTIER.
 
Uma vez mais García Padilla obedeceu a Wall Street e seus credores ao assinar contratos com empresas "consultoras" estadunidenses. 
 
Umas das que oferece consultoria é Lisa Donahue, diretora gerente da AlixPartners. Ela não faça espanhol e recebe $ 9,7 milhões como oficial de reestrutura fiscal e operações. Segundo seu site, "AlixPartners é líder de assessoria de negócios globais com profissionais orientados a obter resultados que se especializam na criação de valores e na restauração do rendimento em todas as etapas do ciclo do vida dos negócios. Nos esforçamos em nossa capacidade de fazer uma diferença nas situações de alto impacto e entregar resultados finais sustentáveis".
 
Em 15 de dezembro se apresentou o plano de Donahue, não ao povo de Porto Rico, mas aos credores em Nova York. Despede trabalhadoras e trabalhadores, diminui os benefícios para aposentados e aposentadas, aumenta as faturas de eletricidade e elimina os subsídios e as centrais geradoras.
 
Através de suas empresas consultoras, Wall Street também pretende privatizar a educação em Porto Rico. No ano passado, o Boston Consulting Group ordenou que se fechassem 100 escolas públicas. Apesar da resistência dos sindicatos de professores, estudantes e suas famílias, fecharam 70 escolas. Desta vez, o BCG vai na jugular, designando o fechamento de 580 escolas, cerca de um terço de todas as escolas públicas de Porto Rico.
 
Mas nem o regime colonial nem seus amos de Wall Street devem esperar um caminho de rosas. Os sindicatos se comprometeram a lutar e vencer. Em 14 de dezembro muitos professores e professoras e sindicatos relacionados com a educação marcharam pelas ruas da Velha San Juan distribuindo informação sobre esses ataques e sobre a demanda por uma educação pública gratuita. Terminaram na casa do governador onde ele se negou a recebê-los, então entregaram uma declaração com suas demandas a uma de suas ajudantes.
 
O ano de 2015 promete ser um ano de grande sofrimento para as massas portorriquenhas, com mais migração aos EUA, mas também - e sobretudo  - com um aumento na combatividade dos sindicatos de orientação classista.

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