Ao apresentar ontem um relatório sobre o tema, o vice-chanceler cubano Abelardo Moreno informou que os prejuízos econômicos dessa política estadunidense até março de 2014 sobem, a preços correntes, para 116 bilhões 880 milhões de dólares.
Isto supõe uma quantia de um trilhão 112 bilhões 534 milhões dessa moeda, se os cálculos forem realizados em função dos preços do ouro, disse o representante do governo ao apresentar o relatório, que será submetido em outubro para aprovação da Assembléia Geral da ONU.
Não existe um prejuízo mais aterrador e vil, pois nem um âmbito da vida social escapa, afirmou na Escola Especial Solidariedade com Panamá, que acolhe crianças com deficiências físico-motoras ou múltiplas.
Apesar da crescente rejeição mundial, o bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba afeta especialmente os setores de maior impacto social, como são os da saúde, educação, alimentação, esporte e cultura, disse.
Exemplificou que as dificuldades para o acesso às matérias prima, insumos e tecnologias, obstaculizam o desenvolvimento de 22 mil 872 crianças cubanos com necessidades educativas especiais. Destacou, também, que o setor do turismo teve perdas em um valor de dois bilhões 052.5 milhões de dólares.
Afirmou que existe um recrudescimento permanente da perseguição às empresas e entidades financeiras de terceiros países que comercializam com Cuba.
De 130 casos de assédio de caráter extraterritorial registrados nos últimos quatro anos, 81 aconteceram no âmbito das finanças, explicou Moreno, que considerou esse assédio como uma verdadeira guerra financeira contra Cuba. Apontou que durante a atual administração estadunidense, as multas impostas à essas entidades sobem para 11 bilhões 500 milhões de dólares.
O relatório Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba, será apresentado para sua aprovação, no 68 período de sessões da Assembléia Geral da ONU.
Em 22 ocasiões esse organismo internacional se pronunciou, por esmagadora maioria, a favor do respeito do Direito Internacional, do cumprimento dos Princípios e Propósitos da Carta das Nações Unidas e do direito do povo cubano a escolher seu destino.