O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou nesta quarta-feira (11/11) que foi aprovada, na IV Cúpula da ASPA (América do Sul e Países Árabes), a criação de um banco de investimentos para países sul-americanos e árabes. O evento, que reuniu chefes de Estado e de governo, aconteceu em Riad, capital da Arábia Saudita.

Maduro disse que o banco funcionará nas duas regiões e se voltará para investimentos, com o fim de propiciar o desenvolvimento econômico dos países envolvidos. Não foram fornecidos mais detalhes sobre a proposta. Ele destacou ainda que a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) tem sido importante para o fortalecimento da relação do continente com os países árabes.

O presidente venezuelano afirmou que a reunião em Riad serviu também para que os países envolvidos assumissem a chamada Agenda 2030, novas diretrizes das Nações Unidas no combate à pobreza e à desigualdade. A agenda foi apresentada durante a 70ª Assembleia-Geral da ONU, realizada em setembro na sede das Nações Unidas, em Nova York.

A próxima reunião de cúpula da ASPA acontecerá em 2018 em Caracas, capital da Venezuela.

Oposição pede julgamento de Maduro

Também nesta quarta-feira, o político venezuelano Carlos Vecchio anunciou que um grupo de opositores do qual faz parte pediu que Maduro seja investigado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, na Holanda. As acusações são de que o presidente cometeu “crimes contra a humanidade”.

“Nos deparamos com uma série de casos, que envolve assassinatos, torturas, prisões ilegais, perseguição, tratamento desumano”, disse Vecchio, que faz parte do partido Vontade Popular, a jornalistas em Madri.

O caso, que foi confirmado por fontes do TPI ao jornal britânico The Guardian, ocorre a poucas semanas das eleições legislativas na Venezuela, programadas para o dia 6 de dezembro.