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2015 04 guatemala lfoto jose orozcoGuatemala - ADITAL - [Marcela Belchior] Uma onda de protestos mobilizando milhares de guatemaltecos tomou as ruas do país. A população exige a renúncia do presidente da República, Otto Pérez Molina, e da vice-presidenta, Roxana Baldetti, que enfrentam denúncias de desvio de pelo menos 130 milhões de dólares dos cofres públicos. Além disso, reivindicam que a dupla responda as acusações na Justiça.


Foto: Mobilização concentrou-se diante do Palácio Nacional da Cultura, antiga sede do governo e monumento histórico do país. Por José Orozco.

No último sábado, 25 de abril, os manifestantes se reuniram em um ato público pacífico para expressarem sua indignação diante dos crescentes casos públicos de corrupção no país. Sob o lema "Renuncia já", números apontam que cerca de 30 mil cidadãs e cidadãos se aglutinaram no Centro Histórico da Cidade da Guatemala, a capital, diante do Palácio Nacional da Cultura, antiga sede do governo guatemalteco e monumento histórico do país, localizado na Praça da Constituição.

A concentração foi considerada uma das maiores manifestações da história guatemalteca. Na ocasião, a população exibia cartazes que diziam, entre outras mensagens: "Hoje, colocamos na moda a dignidade" e "Nosso dever é defender a Guatemala", além de gritarem palavras de ordem como "Que vão embora!", "Justiça!", "Fora, ladrões!" e "Para a prisão!".

"Estamos indignados com tanta corrupção na Guatemala. Queremos dizer que não vamos nos calar e ser tolerantes diante do que estão fazendo. Que saibam que temos memória", afirmaram os cidadãos Rafael e Kim à imprensa alternativa, presentes na manifestação. "Estou exercendo meu dever cívico de exigir que haja justiça. Estamos exigindo que acabem os abusos de Roxana Baldetti e Otto Pérez Molina. Este protesto tem a riqueza de ter a juventude e distintos setores econômicos, culturais e sociais em apenas um lugar, com um objetivo em comum: pedir que a Guatemala não tenha mais estes corruptos", afirmou o manifestante Mario Polanco, também presente na Praça da Constituição.

"Queremos que a voz do povo se faça escutar. Não importa a ideologia, de onde vem cada um. Estamos unidos porque queremos uma mudança", afirmaram Andrea e Alejandra, de 21 anos de idade. O estudante Diego, de 19 anos de idade, exibia um cartaz que dizia: "Nos tiraram tanto que nos retiraram o medo". "Temos responsabilidade como estudantes (...). A mudança deve vir com a gente", afirmou o guatemalteco.

O protesto foi convocado através das redes sociais na Internet, além da articulação entre organizações não governamentais de direitos humanos e representantes políticos de oposição a Molina. A mobilização ganhou ainda mais fôlego quando, na última semana, eclodiu o escândalo do esquema de corrupção nas aduanas, incitando a população a sair às ruas.

Circulam informações de que o governo federal, por outro lado, bloqueou sinais telefônicos e de Internet durante o protesto para dificultar a comunicação entre os manifestantes e a propagação das imagens. Utilizou-se, também, de drones (aviões robôs) para fotografarem os rostos dos manifestantes. Além disso, centenas de policiais fardados e infiltrados acompanharam a marcha. Tais recursos são interpretados pelos movimentos sociais como uma maneira de intimidar e criminalizar o livre direito da população a se manifestar. Comentaristas dizem que, desde os anos 1980, não se via tamanha mobilização popular no país.

O protesto foi convocado através das redes sociais na Internet, além da articulação entre organizações não governamentais de direitos humanos e representantes políticos de oposição a Molina. A mobilização ganhou ainda mais fôlego quando, na última semana, eclodiu o escândalo do esquema de corrupção nas aduanas, incitando a população a sair às ruas.

Circulam informações de que o governo federal, por outro lado, bloqueou sinais telefônicos e de Internet durante o protesto para dificultar a comunicação entre os manifestantes e a propagação das imagens. Utilizou-se, também, de drones (aviões robôs) para fotografarem os rostos dos manifestantes. Além disso, centenas de policiais fardados e infiltrados acompanharam a marcha. Tais recursos são interpretados pelos movimentos sociais como uma maneira de intimidar e criminalizar o livre direito da população a se manifestar. Comentaristas dizem que, desde os anos 1980, não se via tamanha mobilização popular no país.


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