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221210_estradasMoçambique - Canalmoz - As obras da reabilitação da estrada que liga a cidade da Maxixe e a vila sede do distrito de Homoíne, província de Inhambane, num troço de 27 quilómetros, estão atrasadas há dois anos, segundo a reportagem do Canalmoz apurou no terreno.


Avaliadas em 11 de milhões de dólares norte-americanos, as obras deveriam ter sido iniciadas a 4 de Junho de 2008 e entregues a 03 de Junho de 2010. Isso não aconteceu. Além da colocação da placa na zona de Chambone 3, o único ponto de saída de Maxixe para os distritos de Homoíne e Panda, apenas foram espalhadas pedras misturadas com calcário, num troço de 500 metros.

 

A obra é da responsabilidade da Administração Nacional de Estradas (ANE) e está ao cargo do empreiteiro IC Torcon.

Segundo nos contaram, a pedra misturada com calcário foi espalha em 2008, pelo empreiteiro. Passando algum tempo o mesmo viria a paralisar os trabalhos alegando dificuldades financeiras, provocadas pela crise financeira internacional.

Os trabalhos de alargamento de pontes e estrada naquele troço haviam terminado.

As obras foram financiadas pelo governo da República Federação da Alemanha, através do Banco Kneditarstalt Fur Weidraufbau (KFW) e deveriam ter sido fiscalizadas pela Stange e Consult.

O Canalmoz soube no terreno que o referido financiamento faz parte de um pacote destinado a construção e manutenção de estradas numa extensão de 276 quilómetros e quatro acampamentos na província de Inhambane.

Soubemos ainda que a estrada era suposto ter sido revestida por um material "semelhante ao asfalto", que nos reportaram como "uma nova tecnologia que a Administração Nacional de Estrada está a introduzir para o melhoramento das vias de acesso, dando-lhes a durabilidade". A base do material é extraída da pedreira de Inhassune, no distrito de Panda, como nos contaram.

Na cerimónia do lançamento da primeira pedra, realizada a 26 de Abril de 2008, dirigida pelo então governador de Inhambane, Itai Meque, agora a exercer o mesmo cargo na província da Zambézia, as populações, incluindo os comerciantes de Homoíne presentes, aplaudiram com regozijo esta medida que foi vista como um balão de oxigénio do ponto de vista de viabilização de transporte de pessoas e bens entre Homoíne e Maxixe. Mas tudo não passou de um sonho. As pessoas com quem falámos dizem-se burladas pela falsa promessa.

Outras estradas

A província de Inhambane é atravessada pela Estrada Nacional Numero Um, num troço de cerca de 700 quilómetros desde Zandamela (distrito de Zavala) até rio Save (distrito de Govuro). A partir desta rodovia, fazem-se algumas ligações com alguns pontos daquela província como, por exemplo, desvio para cidade de Inhambane que, comunica com a capital provincial. O desvio para os distritos de Panda e Homoíne, a partir de Maxixe. Os desvios para os distritos de Funhalouro, Mabote, Vilanculos e Inhassouro. As vilas sedes de Quissico, Inharrime, Morrumbene, Massinga e a cidade de Inhambane, são atravessadas pela EN-1.

ANE em silêncio cúmplice

Apesar de a placa de indicação do projecto da estrada Maxixe-Homoíne levar o logótipo e a assinatura da delegação da ANE, em Inhambane, esta optou por fechar-se em copas. Contactada pelo Canalmoz fugiu a dar explicações. Queríamos que esclarecem porque não foram executadas as obras no troço Maxixe-Homoíne.

Fernando Dobo, delegado da ANE, disse-nos apenas, através da sua secretária, que a entrevista só seria possível desde que solicitada à ANE, em Maputo.


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