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010511_balasPortugal - CMI Portugal - Como sempre sucede nestas coisas a polícia acompanhou, em Setúbal, cerca de 200 manifestantes anticapitalistas procurando sobretudo, que não se misturassem com os manifestantes enquadrados pela CGTP; o que aliás constitui vontade da direção da CGTP, desde há muito. Um modelo que, ampliado se havia já visto na Avenida da Liberdade, em Novembro, durante os protestos contra a cimeira da NATO.


Quando os anticapitalistas deram por terminado o seu protesto no Largo da Fonte Nova, pousaram as suas faixas no chão e ficaram por ali a conversar. Muito rapidamente surgiu uma carrinha de onde saiu um grupo de polícias que investiram contra um carro que havia participado no protesto e, em seguida iniciaram a agressão dos presentes. Houve disparos de balas de borracha que feriram algumas pessoas e tiros de pistola para o ar; foram recolhidos pelos manifestantes os cartuxos das balas – de borracha e reais. Pior foi a situação de um dos agredidos a quem a polícia disparou – BALA REAL – sobre ambos os joelhos, que ficaram esfacelados e a escorrer sangue. Em seguida o ferido foi levado pelos brutos.

Em Novembro, os manifestantes na Avenida da Liberdade foram objecto apenas de coação e cerco por dois cordões de polícia mas, não foram agredidos pois estavam sob observação da imprensa internacional e doméstica. A polícia terá acumulado adrenalina desde então e decidiu mostrar os dentes para esclarecer que está pronta e preparada para reprimir selvaticamente quem se manifestar contra o desemprego, a precariedade e as ordens emanadas do sistema financeiro, do FMI, da Comissão Europeia a aplicar pelo miserável PS/PSD.

020511_tirosÉ justo que se apontem responsabilidades também à direção da CGTP, incapaz de conviver com as diferenças de pontos de vista, com a democracia no seio das "suas" manifestações, já que não quer entender que a unidade dos trabalhadores não pode ter dono. Impedindo a presença de opiniões distintas, a CGTP divide os trabalhadores, o protesto social e, facilita o isolamento de elementos mais radicais, oferecendo vítimas fáceis para a brutalidade policial. Uma vez mais, uma situação já registada em Novembro, na Avenida e nas semanas anteriores.

Pormenor curioso foi observado na distribuição de panfletos da PAGAN a um grupo de bombeiros músicos, que se achavam recolhidos da chuva debaixo de um toldo, depois de actuaram na manifestação da CGTP. O chefe da banda decidiu proibir essa distribuição aos músicos, no que não foi, naturalmente, obedecido por quem distribuia os papéis. Pela idade desse chefe, não terá sido da pide nem da legião salazarista; mas achamos que ele terá pena do atraso do seu nascimento.

Hoje em Setúbal, amanhã noutro local de protesto contra a ordem neoliberal. Hoje foram manifestantes anticapitalistas, amanhã poderá ser a tua vez, mesmo que desfiles nas procissões da CGTP.


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