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Acordo Chávez-Santos valida o Plano Puebla-Panamá e o IIRSA

041211_santos_chavezAmérica Latina - Rebelión - [Natali Vasquez, Tradução de Diário Liberdade] O controle dos recursos energéticos do Continente Americano é fundamental para a estratégia imperialista do governo dos Estados Unidos, no Plano Puebla-Panamá (PPP) podemos ver uma expressão regional dessa estratégia que se marca na Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).


Hecho el pacto con el fuerte…
Es eterna la sumisión del débil”
Simón Bolívar

O Plano Puebla-Panamá e o Plano Colômbia é o pretexto com o qual os Estados Unidos justificam sua intervenção na Colômbia e a região que lhes interessa.

O Plano Colômbia foi planejado em unidade com outro plano, o Plano Puebla-Panamá, que, ainda que se apresente em aparência como dois planos diferentes, na realidade perseguem um mesmo objetivo, a conquista econômica da América Latina.

O Plano Puebla-Panamá contempla a construção de toda uma infraestrutura de interconexão vial e energética entre nossos povos, infraestrutura que será desenvolvida desde o IIRSA (Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana), onde seu objetivo final é a construção de polidutos para viabilizar a ALCA, a qual já vem se aplicando na América Central e na Colômbia, para pouco a pouco estendê-la ao restante de nossos países.

Entre os polidutos planejados pelo Plano Puebla-Panamá está um oleoduto. O qual é de vital importância e que devemos ter muito claro para poder entender a magnitude deste megaprojeto econômico-militar dos Estados Unidos, visualizar a conexão planejada entre o oleoduto que vai do Panamá a Puebla e o oleoduto "Caño Limón-Coveñas", que vai de Caño Limón na riquíssima zona petroleira da bacia do Orinoco (no Arauca colombiano, limítrofe com a parte venezuelana da mesma bacia riquíssima) a Coveñas ao norte da Colômbia, limítrofe com o Panamá, para em seguida se conectar de Coveñas ao Panamá e dali se planeja a união com os oleodutos que vão de Puebla ao Texas. (Oleoduto firmado entre Santos e Chávez no dia 28 de novembro passado).

É assim como toda esta estratégia de "integração" não é nada mais que a espoliação de nossos recursos, talvez a maior já estabelecida. Os megaprojetos de extração e dutos atuaram como uma sucção que alimentará diretamente o Texas, ou seja, os Estados Unidos.

Como podemos ver, tanto o Plano Colômbia, como o Plano Puebla-Panamá, como o IIRSA, não são mais que as ações da política exterior norte-americana pelo controle do espaço andino e amazônico.

Necessário é alertar quanto aos recentes acordos entre o Presidente Santos e o Presidente Chávez, onde se acordou, entre outras coisas, a construção de um oleoduto até o Pacífico, fica-nos então a pergunta: Por que Chávez quer fazer parte do Plano Puebla-Panamá? O presidente Chávez está validando os projetos de expansão norte-americana como o IIRSA? É só para chegar à China, ou, pelo contrário, também está na agenda a costa oeste dos Estados Unidos?

Chávez se presta à construção de obras que serão executadas a sangue e fogo em detrimento de nossos povos, muitos dos quais já foram deslocados por paramilitares e forças militares norte-americanas? Chávez se presta descaradamente para a perda de nossa soberania? Deem vocês as respostas.

Tanto Chávez como Santos disseram que ninguém vai descarrilhar esta nova aliança, terminará você, presidente Chávez, como Simón Bolívar em frente a Santander? Traído pelo oligárquico, pró-imperialista e traiçoeiro presidente Santos? "Seu novo melhor amigo". Sua aliança de hoje, Sr. Presidente, só favorece aos interesses norte-americanos por intermediação de seu mais importante aliado na região, o presidente Santos e suas bases militares.

Ao nosso povo, convido a refletir e investigar tudo relacionado com estes planos de expansão imperial, para que, não por ignorância, não terminemos aplaudindo a entrega da pátria. Afortunadamente, hoje contamos com mecanismos de informação que permite a possibilidade de se conhecer estes megaprojetos. A web é uma boa via e os convido a se informarem para entender por que se dão todos estes acordos, porque se mudou todo o ordenamento jurídico de nosso país, para favorecer o grande capital e conseguir o controle social, e, claro, para evitar a rebelião natural de nossos povos contra estes projetos, rebelião que já está fazendo nossos indígenas na Bolívia. Por último, conhecendo cada um destes planos imperiais, entendamos por que Chávez é o presidente da Venezuela e que fatores e interesses o ajudam a se manter nessa posição.

Algumas páginas para a investigação: www.iirsa.com, www.soberania.org, www.nodo50.org, www.rebelion.org, www.ruptura.org, entre outras. E no Google, busque por Plano Colombia e Plano Puebla-Panamá.


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