Atarefado na sua cruzada pessoal contra os que considera "separatistas radicais" anda o senhor regedor da Cámara do Porrinho, Nelson Santos. Desta volta, ébrio de poder maquinou umha estratégia para a perseguiçom e repressom dos/as ativistas sociais, e militantes do movimento popular que exercem o seu direito democrático à liberdade de expressom.
Apoiado numha auto-elaborada normativa, própria dum sistema autoritário, pretende legitimar a liquidaçom do direito que tenhem as organizaçons políticas e sociais para transmitir o seu projeto e alternativas à sociedade, e em especial à classe trabalhadora, mulheres e juventude.
Aliás, o governo do PP pretende que vivamos alhei@s à realidade, impedindo o acesso da vizinhança à livre informaçom, comunicaçom, cultura e conhecimento. Fomenta a ignoráncia, o individualismo e a paralise da comarca perante as agressons do sistema.
Acatando as diretrizes de Madrid que exigem um maior endurecimento das penas por desobediência civil, disfarça a sua paranoia pessoal de luita contra um falso "gamberrismo" que só existe na sua mente.
Mas o trabalho político e o compromisso incondicional da Assembleia Comarcal de NÓS-UP com a classe trabalhadora, assim como o dos movimentos sociais, traspassa a capacidade de entendimento de quem só está na política por pura voracidade e rapina económica.
Consideramos que as medidas aplicadas, consistentes em penas económicas desorbitadas, longe de solucionar o conflito agravam ainda mais a situaçom.
Temos alternativas para evitar o desluzimento das zonas comuns, todas/os queremos umha vila limpa, mas há que aplicá-lasdesde o respeito, a tolerância e a responsabilidade cívica, nom desde interesses políticos oportunistas e particulares.
A liberdade de expressom é um direito democrático que o concelho supostamente deveria proteger, mesmo o de quem nom coincida com a cor política de quem ocupe o cadeira da regedoria.
Fica nas maos do senhor Santos a decisom de adotar as medidas necessárias para rematar com este conflito.
Perante a permanente vulneraçom do direito à livre expressom por parte do Concelho, a Assembleia Comarcal da Lourinha de NÓS-UP exige:
1º- Derogaçom dos artigos da "Ordenança" que atentam contra a liberdade de expressom.
2º- Cesse dos labores repressivos e de controlo social exercidos pola polícia local.
3º- Instalaçom de painéis destinados à colagem de cartazes em zonas de tránsito público, permitindo assim que a livre expressom das alternativas políticas e sociais se combine com a defesa do nosso património.
4º- Retirada de todas as denúncias em curso contra ativistas sociais e militantes do movimento popular por exercer a liberdade de expressom.
5º- Disoluçom do "conselho de segurança cidadá" por ser o órgao de planificaçom da repressom policial sobre a populaçom, e particularmente contra a esquerda independentista.
6º- Fomento do associacionismo e da participaçom social permanente, destinando fundos do orçamento anual às organizaçons populares, para que podam transmitir o seu projeto e alternativas à sociedade mediante ediçom de vozeiros, jornais e outros meios audiovisuais.
7º- Criaçom de umha Televisom Pública, e restruturaçom da Rádio Municipal para a livre expressom da vizinhança, cuja programaçom inclua espaços próprios das organizaçons que assim o solicitem.
NÓS-UP continuará denunciando os cortes nas liberdades individuais e coletivas da vizinhança do Porrinho.
Por umha vila livre de inquisidores!
Repressom nunca mais!