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257336653 62f18c1140 zBrasil - Diário Liberdade - [Rodrigo Moura] O século XX assistiu a inúmeras manifestações literárias em Portugal, algumas delas de duração efêmera, como o Presencismo, o Orfismo e o Surrealismo e outras de duração um pouco mais longa como o Neo-realismo.


Foto de ana m. (CC by-nc/2.0) - José Saramago.

Entretanto, poder-se-ia assinalar que todas essas tendências serviram de base para produções mais contemporâneas, como as obras de José Cardoso Pires, Lígia Jorge e José Saramago.

Massaud Moisés (2002) em As estéticas literárias em Portugal: século XX discorre sobre a importância da década de 1940 para as produções da contemporaneidade, mostrando o lado multifacetado das obras dessa época. " A década de 40, como vimos é uma verdadeira encruzilhada: O Neo-Realismo irrompera com Gaibéus; as linhas avançadas do Presencismo continuavam a lutar por suas teses esteticizantes; a doutrina surrealista instalava-se em meio a ruídos e escândalos.

Como se não bastasse, ainda se pode registar a presença de um grupo de poetas e ensaístas independentes, que acolhiam com liberdade e um determinado senso de valor os frutos dessas vertentes coetâneas..." (MOISÉS, 2002, p. 387).

Dentro desse paradigma, é importante ressaltar as indagações feitas a respeito dos conceitos de nacionalidade e identidade portuguesa, bem como da importância da memória como elemento vital para a compreensão do que é ser português. Eduardo Lourenço (1994) admite que Portugal não tem problemas de identidade, como acontece com a sua vizinha Espanha, que é conhecida por sua multiplicidade cultural. Segundo Lourenço o que se vê em Portugal é um problema de imagem, isto é, o país carece de uma imagem sólida de si. Esse problema intensificou-se com o acelerado processo de globalização e com a anexação de Portugal à Comunidade Européia.

"É que o mistério da nossa identidade, da nossa permanência e continuidade ao longo dos séculos está precisamente relacionado com a nosssa pequenez e com a vontade de separação do resto da Ibéria que conferiu ao povo português um outro destino, um destino menos europeu do que aquele que a Espanha de Carlos V e Filipe II tiveram de compartilhar e de que foram peça mestra".

(LOURENÇO, 1994, p. 18) Jacques Lacan (1961-1962) em A identificação considera o valor do Outro no processo de identificação dos sujeitos, ou seja, só se pode identitificar um Eu a partir de um Tu. Segundo o psicanalista francês: " Para precisar logo o que entendo por isso, direi que, quando se fala de identificação, o que se pensa primeiro é no outro a quem nos identificamos, e que a porta me é facilmente aberta para enfatizar, para insistir sobre essa diferença entre o outro e o Outro, entre o pequeno outro e o grande Outro, que é um tema sobre o qual posso dizer precisamente..." (2003, p.13).

Nesse sentido, podemos dizer que Portugal só pode se reconhecer como tal a partir das relações com os outros países, logo um cidadão português sabe que é português, posto que não nasceu na França. O primeiro postulado que se pode fazer é uma breve comparação entre a identidade e o pertencimento a uma determinada nação. Essa situação sofre um extremo colapso com o advento da globalização que prevê um mundo sem fronteiras, logo identidades que até então eram tidas como sólidas, desmancham pelo ar. "... as identidades culturais não são rígidas nem, muito menos, imutáveis. São resultados sempre transitórios e fugazes de processos de identificação. Mesmo as identidades aparentemente mais sólidas, como a de mulher, homem, país africano, país latino-americano ou país europeu, escondem negociações de sentido..." (SANTOS, 2001, p135).

A literatura portuguesa contemporânea, por sua vez, vai refletir essas negociações de sentido ao tratar a problemática da identidade. José Saramago, por exemplo, elucida a importância da temática da identidade, visto que o Portugal atual carece de algumas explicações em torno de si, posto que com o advento da Globalização que pressupõe um mundo sem fronteiras sólidas, a cultura portuguesa se vê cada vez mais influenciada por fatores externos, criando alguns cenários de crise, sobretudo com o aumento da imigração.

Em Todos os Nomes, o autor português personifica na figura do personagem Sr. José o estado atual de um Portugal perdido entre a glória e a derrota, sempre buscando respostas, sempre buscando sua identidade. Em A jangada de Pedra, o autor propõe através de uma viagem ficcional uma nova concepção de identidade cultural portuguesa, ao fixar a Península Ibérica num ponto do Oceano Atlântico, quer dizer, a identidade portuguesa estaria mais próxima do Brasil e das ex-colônias e a Europa representa o fascínio português, já que estaria próximo, porém, ao mesmo tempo, distante da realidade portuguesa.

Boaventura de Sousa Santos (2001) em Pela mão de Alice: O social e o político na pós-modernidade discorre sobre o estatuto identitário português: "Há, pois, que, por outras vias, tentar definir o estatuto identitário da cultura portuguesa que ponto de contacto que existe entre ele e as identidades culturais dos povos brasileiro e africanos, que para bem e para mal conviveram com esta cultura durante séculos. A minha hipótese de trabalho é que a cultura portuguesa não tem conteúdo. Tem apenas forma, e essa forma é a fronteira, ou a zona fronteiriça. As culturas nacionais, enquanto substâncias, são uma criação do século XIX, são, como vimos, o produto histórico de uma tensão entre universalismo e particularismo gerido pelo Estado" (SANTOS, 2001, p. 151).

É frutífero assinalar o poder do fragmento nas obras contemporâneas portuguesas.

Diferentemente do Neo-Realismo e de grande parte dos movimentos literários do início do século XX, as obras contemporâneas utilizam-se do fragmento, de pequenas partes para compôr um todo literário. Dentro desse paradigma, alguns autores enxergam na segunda metade do século XX o chamado Pós-modernismo, termo ainda de difícil compreensão, posto que, muitas vezes não apresenta muita diferença do Modernismo. Para solucionar esse problema, Ana Paula Arnaut (2010) em Post-modernismo: o o futuro do passado no romance português contemporâneo utiliza o prefixo "Post" baseado na máxima non nova, sede nova (não coisa nova, mas de uma nova maneira).

Essa tentativa tem o objetivo de facilitar a análise de obras "pós-modernas", visto que há uma imensa dificuldade em se delimitar e, até mesmo, cenceituar esse período. Portanto, preferimos a utilização dos termos: literatura contemporânea, obras contemporâneas e etc. Entretanto, faz-se necessário lançar alguns pressupostos sobre o Post-modernismo, tendo em vista que é um assunto pouco tratado pelo meio acadêmico brasileiro. "... o Post-modernismo é, como afirma Fredric Jamenson, um termo que não podemos deixar de usar (JAMENSON, 1991: xxii).

E no que respeita à Literatura Portuguesa, é hoje relativamente consensual que o seu início deve ter como ponto de referência a publicação de O delfim, de José Cardoso Pires, em 1968. Com efeito, é nas páginas deste romance que confluem, ainda que por vezes em embrião, as principais marcas estéticas, e também ideológicas, do que, na esteira do movimento originário dos Estados Unidos, se consubstancia como uma diferente maneira de fazer e de entender a arte literária" (ARNAUT, 2010, p. 130).

Dessa Literatura Contemporânea ou Post-Moderna sobressaem alguns aspectos principais, tais como: o hibridismo de gênero, polifonia, o apagamento do personagem principal ou a fragmentação do mesmo, perda da narratividade e uma série de exercícios metaficcionais. Em relação a perda da narratividade, José Saramago traz à tona a figura do leitor como um participante ativo do processo de produção e compreensão da narrativa. "... o romance produzirá uma espécie de jogo contínuo em que o leitor participa directamente, por meio de uma sistemática provocação que consiste em ser-lhe negado, pela ironia o que lhe fora dito antes, levando-o a perceber que se vai criando no seu espírito uma sensação de dispersão da matéria histórica na matéria ficcionada, o que, não significa desorganização duma e outra, pretende ser uma reorganização de ambas" (SARAMAGO, XXXX).

O romance contemporâneo utiliza, portanto da estética do fragmento. Não há mais aquela estrutura do romance romântico com início, meio e fim. Há na verdade uma série de fragmentos que se juntam a fim de formar um todo, ou uma série de fragmentos desordenados que só fazem sentido se lidos separadamente. Nota-se portanto uma despreocupação com o dar respostas ao leitor.

Nesse sentido, o autor contemporâneo deixa algumas pistas, alguns fragmentos e cada leitor pode ter uma visão diferente sobre a narrativa. Quebra-se então com o modelo tradicional de narrativa. Poder-se-ia observar nesse sentido uma grande influência de autores como Franz Kafka, Faulkner e James Joyce cujas obras revolucionaram o cenário literário com obras que rompem com a racionalidade humana. Em A jangada de Pedra (2006), por exemplo, Saramago nos mostra o deslocamento da Península Ibérica rumo ao desconhecido através de eventos insólitos, posto que seu deslocamento estaria atrelado a fenômenos longe de uma racionalidade científica. Dever-se-ia assinalar que nenhum dos personagens duvida ou se espanta pelo fato de os acontecimentos insólitos serem os responsáveis pelo deslocamento da Península.

"... com a especial missão de estudarem o fenómeno insólito e apresentarem relação e propostas de accção. Entretanto, desesperados, no limiar da surdez, os habitantes tinham espalhado pelas ruas e praças da aprazível estância balnear, agora estação infernal, dúzias de bolos de carne envenenados, método de simplicidade suprema, cuja eficácia tem sido confirmada pela experiência em todos os tempos e latitudes" (SARAMAGO, 2006, p. 8).

Em tempos tão obscuros como a segunda metade do século XX, o romance ganha uma função de se perguntar sobre os caminhos e os descaminhos da humanidade. Surge, nesse contexto, inúmeras obras de caráter histórico que buscam dar outras interpretações para acontecimentos históricos variados. Podemos citar as obras de António Lobo Antunes: Os cus de judas e Memória de elefante, de Lígia Jorge com A costa dos murmúrios e José Saramago com A jangada de Pedra, História do cerco de Lisboa e Viagem a Portugal. É óbvio que ainda há outros autores e outras obras, contudo pelo valor sintético do presente trabalho não nos compete fazer uma lista mais elaborada e densa dessas obras e autores.

José Saramago ao falar sobre a relação Literatura x História admite que ambas as disciplinas bebem da mesma fonte, posto que sendo o historiador um selecionador de fatos, ele utiliza de meios interpretativos e de sua própria visão de mundo para construir o que ele chama de História. Com a Literatura não é muito diferente, o escritor seleciona alguns acontecimentos que servirão de base para a sua produção. Entretanto, com o advento da ciência, a História no afã de se tornar cada vez mais científica vem perdendo, pouco a pouco, sua matéria literária.

" A História, e também o Romance que procura para seu tema fundamental a História, são, de alguma maneira, viagens através daquele tempo, tentativas de itinerários, todas com um só objectivo, sempre igual: o conhecimento do que em cada momento vamos sendo. Porém, apesar de toda a História escrita, apesar de tantos romances escritos sobre casas e coisas do passado, é esse tempo enigmático, a que chamei perdido, que continua a fascinar-me" (SARAMAGO, XXXX).

Coloca-se também, nesse sentido, algumas questões em torno da utilidade da teoria literária e da literatura, já que a Literatura vem perdendo gradualmente espaço para a História, basta olhar o currículo das escolas, sobretudo no Ensino Médio, e vemos um certo apagamento do ensino da Literatura. Para tentar sanar esse problema e trazer à literatura de volta ao debate, surge a Crítica Política que se pergunta sobre a validade da literatura e sua utilidade num mundo cada vez mais científico. Terry Eagleton (2006) em Teoria da Literatura: uma introdução discorre sobre a problemática em torno do conceito de literatura e nos chama atenção afirmando que a teoria literária representa uma "não disciplina", posto que esta disciplina não parece relevante para questões históricas. "Ocorre simplesmente que a teoria literária não é relevante para tais questões. Minha opinião, como já disse, é de que a teoria literária tem uma relevância muito particular para este sistema político: ela contribuiu, conscientemente ou não, para manter e reforçar seus pressupostos" (EAGLETON, 2006, p. 296).

As obras portuguesas da contemporâneidade tratam de assuntos políticos, sobretudo no que tange às guerras colôniais, a reformulação da identidade portuguesa e também sobre um novo nacionalismo em Portugal, sempre através da morte do conceito de narratividade. Nesse sentido, pode-se citar a obra de José Saramago como uma espécie base dessa nova maneira de se conceber a narrativa.. Como salienta Ana Paula Arnaut: "No caso de José Saramago (cf. ARNAUT, 2008a), cuja produção romanesca podemos também inserir no âmbito de um impulso post-modernista de índole moderada (o que pressupõe, como veremos, um outro impulso, o celebratório), a diferença, o estranho, o novo, traduzem-se, desde o extraordinário romance Manual de pintura e caligrafia (1977), numa forte tendência para jogos metaficcionais. Referimo-nos à composição de obras que, através de diversas estratégias sempre passíveis de oscilação em grau e em número..." (ARNAUT, 2010, p. 135).

Lourdes Câncio Martins (2004) em Reconfigurações da utopia na ficção Pós-moderna discorre sobre a desestabilização do processo de narratividade, ou seja, nos romances portugueses da segunda metade do século XX percebe-se uma espécie de falta de compromisso com o leitor. O autor de Evangélio Segundo Jesus Cristo admite que o leitor tem um papel crucial nas narrativas modernas e que lhe é conferido inúmeras funções, como por exemplo, criar uma conclusão para obra ou até mesmo colocar um acento gráfico onde o autor não o fez.

"... a ficção pós-moderna se afasta da actividade referencial, a fim de privilegiar a auto-referência que lhe permite afirmar a sua identidade em termos de construção e, desse modo, libertar-se das convenções narrativas. Isto é, da representação da realidade exterior, à qual prefere a evocação dos possíveis, ainda que para depois os anular, bem como da história, das noções estruturantes de lógica e de causalidade, ou ainda de qualquer busca empírica da verdade" (MARTINS, 2004, p.1).

Ana Paula Arnaut (2010) assinala que a prática ficcional da segunda metade do século XX e início do século XXI não prevê a morte do romance, e sim, uma nova forma de se conceber o mesmo. Ainda há, de certa forma, uma estrutura de romance tradicional, contudo esse novo romance tem uma estética voltada para o fragmento, para a mistura de gêneros e para a polifonia, sendo alguns deles quase incompreensíveis, posto que não seguem a linearidade de um romance realista. As crises de consciência, o sonho, o flash back estão cada vez mais presentes em produções contemporâneas. É importante assinalar também que nem todos os romances apresentam uma explicação racional para a narrativa, muitas delas apropriam-se de elementos insólitos, e outras deixam o leitor sem respostas concretas, provocando, em alguns casos, uma certa frustração.

"A nova prática ficcional não significa, nem implica, todavia, a morte do romance. O que sucede, sem dúvida é o recurso a novas e diversas maneiras de (re)apresentar a realidade. E essas passam pela imposição de um compósito de (ainda) estranhas e emaranhadas lógicas discursivas, características do livro-rizoma e não do livro raiz (DELEUZE e GUATTARI, 2006:56,10, respectivamente), que podem levar ainda o seu tempo a ser reconhecidas de forma plena e desassombrada de preconceitos literários" (ARNAUT, 2010, p. 139).

José Paulo Netto (1986) em Portugal: do fascismo à revolução discorre sobre todo o processo revolucionário português. É sob essa égide que muitos autores da segunda metade do século XX escreve, a partir de um olhar social. Grandes obras publicadas tiveram como temática central a importância do 25 de Abril para um Portugal até então perdido e atrasado. Vemos em Os cus de judas, de António Lobo Antunes os horrores da guerra, a tortura e o sentimento de atraso de Portugal. Em Levantado do chão, José Saramago nos mostra como era a vida no latifúndio e como o poder ditatorial produzia misérias e desgraças: "Correram vozes em Monte Lavre de que havia uma guerra na Europa, sítio de que pouca gente no lugar tinha notícias e luzes" (SARAMAGO, 1982, p.47).

A Revolução dos Cravos abriu espaço a produção de inúmeros autores que se posicionaram contra a Guerra e contra a ditadura de Salazar. Nesse sentido, é importante assinalar que muitos autores foram exilados e o Partido Comunista Português (PCP) foi colocado na clandestinidade. Poder-se-ia inferir que muitos escritores, entre eles José Saramago, eram filiados ao PCP e sofreram um verdadeiro choque nessa época. O fôlego foi recuperado paulatinamente, principalmente após a derrubada do regime de Salazar, personificado pela Revolução dos Cravos. A partir de então, a literatura portuguesa volta a ter uma intensa liberdade para produzir obras que questionem o que é ser português e o que significa a pequena nação portuguesa no mundo.

Com o fim do fascismo em Portugal, intelectuais e escritores voltam-se para questões como identidade e nacionalismo, visando entender o complexo processo de formação da identidade. Seja por meio das obras de um denso José Saramago seja pelas obras de António Lobo Antunes, a literatura portuguesa contemporânea sai da sua zona de conforto Neo-Realista e vai em direção ao desconhecido, ao novo.

"Entre percalços e sinuosidades, este processo (cujo rebatimento internacional se verifica na sua condição de emergência de novos Estados africanos) liquidou com o fascismo, resgatou a dignidade nacional do povo português e inaugurou um outro ciclo na história de Portugal" (NETTO, 1982, p. 45).

Dessa maneira, a literatura portuguesa contemporânea passou por inúmeras vertentes e acontecimentos históricos, desde o Presencismo até a Revolução dos Cravos, percebe-se que o século XX em Portugal foi de extrema importância para questões concernentes à identidade e nacionalidade portuguesa, deixando para trás uma visão idealizada de identidade e de nação, a literatura contemporânea ou pós-moderna busca através dos fragmentos colar os pedaços de um Portugal que ainda está em processo de construção e reconstrução.


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