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get imgPortugal - O Diário - Com o falecimento de José Casanova – falecimento prematuro, como o é o de todos que fazem realmente falta – o PCP perde um dos seus mais destacados dirigentes, o povo português perde um dos seus melhores filhos.


Natural do Couço, terra vermelha, a biografia pessoal e política de José Casanova cruza-se com todas as faces da árdua luta do povo português na resistência, na Revolução, nos longos anos de retomada resistência. Nascido em terra de proletários rurais, aí conheceu a primeira escola de formação política, aí enfrentou a primeira repressão. Aderiu ao PCP quase ainda adolescente. Desempenhou importantes tarefas na clandestinidade, tanto no plano do seu partido como no plano da acção unitária. Esteve preso durante mais de seis anos, com “medidas de segurança” que tinham triplicado o tempo da pena. Exilado no estrangeiro, manteve aí importante actividade junto da emigração e nos contactos exteriores do PCP, nomeadamente com os movimentos de libertação das colónias portuguesas.

Leia mais: José Casanova: comunistas assim nunca partem

Regressou a Portugal em 1974. Assumiu tarefas partidárias da maior responsabilidade. Foi responsável pela maior organização regional e foi director do órgão central, o “Avante!”. Em toda a sua intervenção se destacavam traços particularmente característicos de uma personalidade que associava de forma singular paixão revolucionária e sensibilidade humana: a valorização do colectivo orgânico, ideológico e político cimentado também em fortes laços de camaradagem, afecto e fraternidade; Abril como o momento mais alto da luta do povo português, revolução profunda em todas as esferas da vida que, tanto no plano objectivo como no plano subjectivo, lançou fortes raízes que apontam o futuro. Entre outras razões porque trouxe consigo homens e mulheres que são hoje heróis, referências e exemplos para a luta que prossegue.

Comunista, homem sensível e invulgarmente culto, José Casanova deixa-nos não apenas três notáveis romances. Deixa-nos uma acção de notável empenho e compreensão da dimensão política do combate na frente cultural, de compreensão de que se trata de uma frente de primeiro plano para todos os que se batam pela causa da transformação revolucionária do mundo e da vida.

José Casanova partiu. Está e estará sempre presente ao nosso lado.

Os Editores de odiario.info


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