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210511_gvGaliza - Galizalivre - [Aarón L. Ribas] A princípios deste mês de abril tornárom-se públicos os dados sobre a dívida que as formaçons políticas da Galiza tenhem com Novacaixagalicia.


Segundo o Relatório de Governo Corporativo desta entidade, produto da fusom de Caixanova e Caixa Galicia, o dinheiro que no total tenhem estas organizaçons pendente de pagamento à caixa galega a finais de 2010 é de 4,86 milhons de euros.

Desta quantidade uns 3,75 milhons pertencem ao BNG, formaçom política que nestes últimos anos incrementou a via do endividamento com as caixas de aforros galegas para o seu financiamento.

As diferentes posturas que os partidos políticos galegos com representaçom no Parlamento defendêrom no referido à reestruturaçom do sistema bancário do Estado espanhol nom se poderiam compreender na sua totalidade sem sermos conhecedores das relaçons que entre o sistema financeiro e o institucional se tecêrom nos últimos anos. Assim, dos dados que as caixas galegas tenhem que dar a conhecer publicamente devido ao seu caráter semipúblico desprende-se que a organizaçom política que mais endividada se encontra com estas entidades financeiras é o BNG, que recorreu aos empréstimos da Caixa Galicia e Caixanova nos últimos anos em mais ocasions que o PPdeG e o PSdeG, acumulando também umha dívida maior que a destoutras formaçons políticas.

Durante os meses em que o debate sobre o futuro das caixas galegas estivo no foco mediático, fôrom os nacionalistas que defendêrom com mais afám a fusom de ambas as caixas perante a possibilidade de que fossem fagocitadas por algumha entidade foránea à Galiza, se bem que nom se pugesse em questom o papel especulador das caixas que jogárom um importante papel no financiamento deste partido nos últimos anos.

Seguindo os relatórios anuais do Governo Corporativo de Caixa Galicia e Caixanova, nos quais se dá informaçom detalhada sobre as operaçons financeiras que se realizam com partidos políticos e administraçons públicas, observa-se que a dívida da formaçom nacionalista foi em aumento até atingir, em 2009, um saldo pendente de 4.991.800 euros com as duas caixas galegas, dividindo-se esta quantia em 2.598.000 euros para Caixanova e 2.393.800 para Caixa Galicia. Segundo o publicado por estas entidades financeiras, a primeira vez que o BNG superou os 3 milhons de dívida com as duas caixas foi em 2005, ano em que chegou ao governo bipartido da Junta e em que alcançou umha dívida com as caixas galegas de 3.510.000 de euros. Em 2006 a dívida desceu até os 2,7 milhons, enquanto em 2007 e 2008 voltou a superar os 3 milhons de euros.

Conforme os últimos dados, que correspondem já aos relatórios da recém nascida Novacaixagalicia, a dívida atual com esta entidade financeira situa-se nos 3,75 milhons em finais do ano 2010. Se bem que a dívida com as caixas galegas de PSdeG e PPdeG seja inferior à dos nacionalistas, há que ter em conta que isto explica-se pola sua relaçom com os aparelhos estatais dos seus respetivos partidos, através dos quais flui o financiamento, umha vez que tenhem fácil acesso a entidades privadas estatais.

Eleiçons: negócio para as caixas

Estes números salientam um dado interessante: a dívida com as caixas dispara-se nos anos em que se realizam eleiçons autonómicas. No caso do BNG salientam os números de 2005 e 2009 nas caixas galegas, anos em que chegou e abandonou o Governo autonómico respetivamente. Centrando-nos no exemplo mais recente, o relatório do Conselho de Contas sobre a fiscalizaçom das contabilidades eleitorais nas autonómicas de 2009 é taxativo nas suas conclusons: "As formaçons políticas declaram recursos por um total de 5,45 milhons de euros, dos quais 64,20% provenhem de operaçons de endividamento, 20,80% de adiantamentos de dinheiro para os processos eleitorais e 14,12% de contributos do partido".

Segundo o estudo do Conselho de Contas, o BNG endividou-se em 1.188.526 euros com entidades financeiras para levar a cabo a sua campanha eleitoral. o resto de formaçons políticas que atingírom representaçom parlamentar nesses comícios autonómicos apresentam uns índices de endividamento semelhantes, mas as subvençons eleitorais que se cobram polos deputados e os votos resultantes (e das quais os partidos solicitam um adiantamento para a elaboraçom da campanha) nom fôrom iguais para as três formaçons políticas: PPdeG levou uns 1.835.617 euros, PSdeG uns 1.392.384 euros e o BNG 957.287 euros. Além disto, nos relatórios de governo corporativo de 2009 recolhe-se que a formaçom nacionalista solicitou 1 milhom de euros à Caixanova e 1,3 milhons à Caixa Galicia em diversas operaçons de crédito e empréstimo, parte dos quais seriam destinados à campanha eleitoral.

Dívidas com a Novacaixagalicia

Durante todo o processo de reestruturaçom bancária, em andamento desde há mais de um ano, tanto as caixas por separado como a nova caixa já fusionada nom deixárom de conceder empréstimos e créditos às formaçons políticas. Assim, segundo publicou o diário El País, durante o ano 2010, a Caixanova concedeu ao BNG mais de 900.000 euros em vários empréstimos pessoais de diversa quantia; a Caixa Galicia forneceu 100.000 euros através de um empréstimo hipotecário (que som aqueles nos quais se deixa como garantia algum bem imóvel propriedade do prestatário) e já a Novacaixagalicia deu um empréstimo pessoal de 538.000 euros. Um dado que também chama a atençom dos relatórios das caixas galegas nos últimos anos é que a Caixa Galicia ofereceu ao BNG condiçons ligeiramente melhores que a Caixanova nos seus empréstimos.

O conjunto da dívida dos 3 partidos galegos com representaçom parlamentar com Novacaixagalicia ascende aos 4,86 milhons de euros, dos quais 3,75 som do BNG, enquanto o PSdeG deve 730.000 euros e o PPdeG 376.000. Toda esta dança de números vem a revelar o alto nível de dependência que o nacionalismo institucional tem com as entidades financeiras galegas, recentemente fusionadas. Esta relaçom pom em dúvida o papel a jogar polo BNG em conflitos nos quais também estám em jogo os interesses especulativos das caixas. O caso paradigmático é o que está a acontecer em Cangas com a construçom do porto desportivo de Massó, umha obra promovida por Residencial Marina Atlántica, empresa que se encontrava participada em 50% por Caixanova. A alcaldesa nacionalista Clara Millán, que foi também secretária de Finanças do BNG entre 2007 e 2008, passou de mostrar rejeiçom a esta obra nos compromissos que conformárom o já defunto governo tripartido da localidade morracense a negar-se a paralisar os trabalhos de construçom do complexo de Massó.

Tirado do Novas da Galiza nº 101


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