Uribe foi recebido em Madrid com toda a dignidade. Um assassino que penaliza, criminaliza qualquer acordo humanitário na Colômbia; qualquer iniciativa pola paz fai parte de algum plano subversivo. Quem dá a mao a este genocida é cúmplice, é colaboracionista; nega ao povo trabalhador colombiano que luita pola verdade, pola justiça, contra a impunidade. Receber a Uribe como adail da liberdade é um acto criminoso contra o povo trabalhador colombiano.Um narco-presidente que com o abraço europeu sob os ditados dos EUA se torna respeitável. Só um dia depois da cimeira de Madrid, quase aterrando em Bogotá, "a fiscalia assedia a Uribe por crimes de estado". Com o que os media já chamam na Colômbia DAS-gate o terrorismo de estado propriamente.
Em Madrid corte do imperiozinho, deveram ter recebido a outras vozes que representam a coragem, a resistência, a Piedad Córdoba por decência, já nom digo por justiça.
Alguns e algumhas tivemos a oportunidade de escuitar a sua voz profunda, lamento trocado em exigência; a dignidade de quem ainda sendo proposta para se apresentar à presidência da República, renuncia a tal honra para continuar luitando polo direito à paz: "Manter às FARC na listagem terrorista impede chegar a umha soluçom política".
Na Colômbia reprimem, matam. Há um genocídio silenciado, invisibilizado para amordaçar por lei, deixando sem aplicar o DIH, o direito internacional humanitário no conflito social e armado, na guerra nom reconhecida como tal polo Estado presidido polos próprios narcotraficantes com representaçom parlamentar. Piedad é o rosto da Colômbia massacrada, perseguida, torturada mas que resiste, é sem dúvida, a face da esperança da Colômbia libertada.
Asseguro que qualquer ser humano decente que escuite Piedad ficará cheio de força para resistir e vencer os desígnios imperiais ainda apologia do terrorismo, decretada desde o "eixo do mal".
É nojento para todos e todas que quem denuncia a presença das bases militares e a impunidade dos militares invasores que violam ou matam a vontade, é paradoxal que quem defende a paz tentando combater a ignorância sobre o conflito, as causas da guerra nom seja recebida por imperativo moral, para saber, que é terrorimo e quem é terrorista na Colômbia. É mágoa, é umha vergonha que quando o genocida é recebido em "ocidente", Piedad Cordoba esteja ameaçada de morte, que sofra um "aviso" mafioso em Madrid dentro de um tâxi guiado por um colombiano.
Ela proclama a emergência ética, denuncia a corrupçom dos funcionários do Estado.
Piedad insiste sobre a necessidade de manter vigente a bandeira da liberdade para os presos políticos, vítimas da estratégia governamental para dissolver qualquer tentativa de paz ou opçom política. Ela é mesmo o facho que nom permite extinguir a chama contra os crimes oficiais e sistemáticos divulgados como "falsos positivos" -na teoria governamental, mortos em combate- na prática: acçons militares e paramilitares contra a populaçom civil, na maioria camponeses e camponesas, pessoas em condiçons de pobreza e absoluta miséria, as execuçons extrajudiciais, os deslocamentos, os sequestros o recrutamento forçoso dos moços e moças polos grupos paramilitares nas cidades onde a pobreza, a falta de oportunidades e a absoluta ausência de políticas públicas e sociais fai que se convertam em objecto de persecuçom a deslocaçom: 4 milhons de refugiados e refugiadas em só 8 anos, as desapariçons forçadas fam parte do quotidiano. Devemos estar junto a Piedad buscando a mesma justiça que buscamos para nós, para o reconhecimento do genocío galego e de qualquer outro. Nom podemos permitir que esses crimes fiquem impunes. Piedad Córdoba, mae, irmá.