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Manel Márquez

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Em coluna

Catalunha: Liberdade, anistia e direito de soberania

Manel Márquez - Publicado: Quarta, 12 Mai 2010 02:00

Manel Márquez

Antes de mais nada gostaria de começar minha intervenção dizendo-vos um par de coisas. A primeira que hoje este cinema Catalunya cheio a transbordar recorda os momento históricos vividos com a Assamblea Democrática de Terrassa ou a Assembléia da Catalunha.


A segunda que cheguei a nosso país com 13 meses, desde a faixa de Extremadura onde nossa língua era uma variante dialectal do português e digo que: era! porque agora mesmo está em via de extinção.

Por isto não faz falta que explique a ninguém como actua o nacionalismo espanhol com as culturas minoritárias. Cheguei para viver durante quase 17 anos, nuns edifícios presididos pelo lema "Todo por la patria", sempre pensei que o lema de todo edifício público deveria ser "Tudo pelo povo". De qualquer jeito, inclusive nestes lugares saíram fornadas de homens e mulheres que hoje são sem lugar a dúvidas pessoas de paz, liberdade e democracia.

Por isso, faz falta entender que muitas vezes às pessoas de esquerda nos venha à memória a frase que Staley Kubrik fazia dizer ao coronel Dax no filme 'Glória Feita de Sangue' ('Paths of Glory'), quando se enfrenta ao general francês que quer fazer carreira com a guerra: «O patriotismo é o último refúgio dos canalhas».

Daí que aproveite para lembrar a muitos destes companheiros de esquerda democrática e conseqüente, ainda hoje não estejam connosco, que também há um outro patriotismo: o de José Martí (Apóstolo da independência de Cuba) que nos diz: A Pátria é a humanidade, mas justamente... aquela porção da humanidade que vemos mais perto, e na qual nos tocou nascer... ou viver.

Hoje, no ano 2010, depois de 30 anos de democracia limitada, ilegalizadora e criminalizadora da dissidência pacifica e democrática; faz falta começar de novo e pedir mais uma vez à cidadania que se ponha junto ao democratas e reclame agora e definitivamente para o nosso povo a liberdade, a anistia e o direito à soberania.

Os cidadãos democratas, no senso profundo, quer dizer, o que representa o povo em marcha, não podemos nos manter na equidistância; ou estamos com a democracia e a liberdade ou estamos com um novo franquismo. O neofranquismo e o franquismo sociológico que se esconde nas leis, tribunais, anistias e monarquias impostas faz trinta anos por um regime criminoso que ainda hoje não nos reconhece nem como povo, nem como cidadãos livres.

Nestes últimos anos, estamos recuperando a memória e a dignidade em muitas frentes. Estamos tentando recuperar o nome de nossos desaparecidos, enfrentando-nos a tribunais que não querem reconhecer o genocídio sofrido por este povo por ser de esquerda e catalão. Estamos-nos enfrentando a tribunais constitucionais que não respeitam a decisão soberana do Parlamento da Catalunha, nem de seu povo democraticamente manifestada. Nem de seu próprio Parlamento!

Estamos vivendo uma profunda crise econômica, que mais uma vez cai sobre as costas do povoo trabalhador. Para os anticapitalistes, como é meu caso, a solução não pode ser outra que a de construirmos um modelo econômico e social próprio ao serviço do povo e num espaço de negociação politica, economica e trabalhista catalão.

Sem a presença dos trabalhadores e trabalhadoras e dos novos catalães, a nossa nação não poderá renascer. Faz-nos falta lutar democraticamente por que a maioria dos catalães entendam que nosso povo é de todos e todas com as nossas diferenças ideológicas, mas com nossos valores que foram absolutamente democráticos e deve ter o direito de decidir sobre seu futuro como qualquer povo livre.

Os imigrantes recém chegados, os futuros novos catalães vivem momentos muito difíceis e a resposta de parte de nossa sociedade não pode ser a rejeição e sim a ajuda, o acolhimento, a solidariedade, tão característica do povo catalão. Povo formado também pela chegada de milhares povos e culturas ao longo do séculos. É precisamente neste contexto de crise econômica e debate onde o espanyolisme mais reacionário encontra seu espaço como é o caso de Badalona ou Terrassa.

Este é um ato da sociedade civil catalã da sociedade democrática de nosso país. Nenhum democrata pode dizer que isto não tenha nada a ver com ele ou ela. Pode dizer, sim ou não à independência, mas não se pode dizer que não está de acordo com que se pergunte ao povo sua opinião.

A democracia consiste na vontade do povo e igual que alguns pedem um referendo por decidir a forma de governo que deve ter o Estado Espanhol: monarquia ou república ou se uma avenida a de será uma determinada maneira (gastando quase três milhões de euros), como não podemos aceitar que os catalães pedimos se vamos ou não continuar fazendo parte do Estado espanhol.

Os que de uma maneira ou outro se afastam dos direitos democráticos ou os usam segundo os seus interesses não podem ser considerados democratas.

A situação de crise econômica e social que sofre nosso povo só poderá ser solucionada pelo próprio povo trabalhador (a maioria de nós!) e em benefício deste e não pelos interesses do capitalismo financeiro.

As diferenças ideológicas dos que hoje estamos aqui presentes são evidentes, mas a defesa do valores democráticos são o talante comum que nos une a todos e todas. Como já demonstramos na luta contra a ditadura franquista.

Em definitivo, esta consulta e todas as que se façam não podem ser consideradas como atos inúteis e sem futuro; ao invés, são um exercício de democracia profundo que pode pôr em andamento forças vitais ainda hoje em formação.

Saibam o tribunais constitucionais, as audiências nacionais que quando um povo se põe em marcha não há força que o detenha. E se o que é justo e democrático não fo aceite hoje pelas leis espanholas talvez mais adiante terá que ser aceite pela força das leis internacionais.

Hoje mais que nunca precisamos voltar a gritar liberdade, anistia e direito de soberania.

Liberdade para podermos expressar-nos sem sofrer a perseguição e a repressão das leis espanholas, por podermos decidir democraticamente se queremos ou não a independência ou para podermos decidir sobre qualquer qüestão que afete a nosso país como homens e mulheres livres.

Anistia para nossos companheiros e companheiras perseguidos e condenados por suas opiniões políticas e por defender direitos democráticos. Ser independentista não é nenhum delito. Só faz falta recordar as condenações pelos protestos antibourbónicos ou pela crema de símbolos franquistas ou por expressar pontos de vista anticapitalistes e aqui em Terrassa temos bons exemplos.

Soberania para decidir democraticamente sem ter que estar submetido a nenhum outro poder. Somos uma nação e temos o direito à autodeterminação.

Hoje mais que nunca precisamos voltar a gritar liberdade, anistia e direito de soberania.

Viva catalunya viva a liberdade!

 


Original em catalão

Llibertat, amnistia i dret a la sobirania

Manel Márquez

Abans de res m'agradaria començant la meva intervenció dient-vos un parell de coses. La primera que avui aquest cinema Catalunya ple a vessar recorda els moment històrics viscuts amb la Assamblea Democratica de Terrassa o l'Assemblea de Catalunya.

La segona que vaig arribar al nostre país amb 13 mesos, des de la franja d'Extremadura, on la nostra llengua era una variant dialectal del portuguès i dic: ¡era! perquè ara mateix està en vies d'extinció. Per això no cal que m'expliqui ningú com actiua el nacionalisme espanyol amb les cultures minoritàries. Vaig arribar per viure durant gairebé 17 anys, en uns edificis presidits per el lema "Todo por la patria", sempre he pensat que el lema de tot edifici públic hauria de ser "Tot pel poble". De tota manera inclús en d'aquests llocs han sortit fornades d'homes i dones que avui en dia són sense cap dubte gent de pau, llibertat i democràcia.

Per això, cal entendre que moltes vegades a la gent d'esquerres ens vingui a la memòria la frase, que Staley Kubrik, feia dir al coronel Dax a Senders de glòria, quan s'enfronta al general francés que vol fer carrera amb la guerra: «El patriotisme és l'últim refugi dels canalles».

Per la qual cosa aprofito per recordar a molts d'aquest companys que d'esquerres democràtiques i conseqüents que encara avui no estan amb nosaltres que també hi ha un altra patriotisme el de José Martí (Apòstol de la independència de Cuba) que ens diu: La Pàtria és la humanitat, però justament ... aquella porció de la humanitat que veiem més prop, i en la qual ens va tocar néixer... o viure.

Avui, l'any 2010 després de 30 anys de democràcia limitada que ilegal.litzardora i criminalitzadora de la dissidència pacifica i demoràtica; cal començar de nou i demanar un cop més a la ciutadania que es posi al costat del demòcrates i reclami ara i definitivament pel nostre poble: La llibertat, l'amnistia i el dret a la sobirania.

Els ciutadans demòcrates, en sentit profund, es a dir el que representa el poble en marxa, no podem mantenir-nos en la equidistància o estem amb la democràcia i la llibertat o estem amb un nou franquisme. El neofranquisme i el franquisme sociològic que s'amaga darrera lleis, tribunals, amnisties i monarquies imposades fa trenta anys per un regim criminal que encara avui no ens reconeix ni com a poble, ni com a ciutadans lliures.

En aquest darrers anys estem recuperant la memòria i la dignitat en molt fronts. Estem intentant recuperar el nom dels nostres desapareguts, enfrontant-nos a tribunals que no volem reconèixer el genocidi patit per aquest poble per ser d'esquerres i català. Ens estem enfrontant a tribunals constitucionals que no respecten la decisió sobirana del Parlament de Catalunya, ni del seu poble democràticament manifestada. ¡Ni del seu propi Parlament!

Estem vivint una profunda crisi econòmica, que un cop és recau sobre les esquenes del poble treballador. Pels anticapitalistes, com és el meu cas, la solució que no pot ser altra que la de construïrun model econòmic i social propi al servie del poble i en un espai de negociació plitica, economica i laboral català.

Sense la presencia dels treballadors i treballadores i dels nous catalans la nostra nació no podrà renéixer. Ens cal lluitar democràticament per que la majoria dels catalans entenguin que el nostre poble del forment tots i totes amb les nostres diferencies ideològiques però amb els nostres valors que han estat absolutament democràtics tingui el dret de decidir sobre el seu futur com a qualsevol poble lliure.

Els immigrants nouvinguts, els futurs nous catalans viuen moments molt difícils i la resposta de part de la nostra societat no pot ser el rebuig sinó l'ajuda, l'acolliment, la solidaritat tant pròpia del poble català. Poble format per l'arribada de milers pobles i cultures al llarg del segles. I es justament en aquest context de crisi econòmica i debat on l'espanyolisme més reaccionari troba el seu espai com s'ha pales a Badalona o Terrassa.

Aquest es un acte de la societat civil catalana de la societat democràtica del nostre país. Cap demòcrata pot dir que això no te res a veure amb ell o ella. Pot dir, sí o no a la independència, però no es pot dir que no està d'acord amb que es pregunti al poble la seva opinió.

La democràcia consisteix en la voluntat del poble i igual que alguns demanen un referèndum per decidir la forma de govern que ha de tenir l'estat Espanyol: monarquia o república o si una avinguda a de ser d'una determinada manera (gastant gairebé tres milions d'euros), com no podem acceptar que els catalans demanem si volem o no continuant formant part de l'estat espanyol.

Els que d'una manera o una altra s'allunyen del drets democràtics o els fan servir segons el seus interessos no poden considerar-se demòcrates.

La situació de crisi econòmica i social que pateix el nostre poble només podrà solucionar-la el mateix poble treballador (¡la majoria de nosaltres!) i en benefici d'aquest i no pas del interessos del capitalisme financer.

Les diferencies ideològiques dels que avui estem aquí presents són evidents però la defensa del valors democràtics són el tarannà comú que ens uneix a tots i totes. Com varem demostrar en la lluita contra la dictadura franquista.

En definitiva, aquesta consulta i totes les que es facin no poden ser considerades com a actes inútils i sense futur, ans al contrari són un exercici de democràcia profund que pot posar en marxa forces vitals encara avui en formació.

Sàpiguen el tribunals constitucionals, les audiències nacionals que quan un poble es posa en marxa no hi ha força que l'aturí. I si el que és just i democràtic no es acceptat avui per les lleis espanyoles potser més endavant s'haurà d'acceptar per la força de les lleis internacionals.

Avui més que mai necessitem tornar a cridar llibertat, amnistia i dret de sobirania.

Llibertat per poder expressar-nos sense haver de patir la persecució i la repressió de les lleis espanyoles, per poder decidir democràticament si volen o no la independència o per poder decidir sobre qualsevol qüestió que afecti al nostre país com a homes i dones lliures.

Amnistia pels nostres companys i companyes perseguits i condemnats per les seves opinions politiques i per defensar drets democràtics. Ser independentista no es cap delicte. Només cal recordar les condemnes per les protestes antiborbòniques o per la crema de símbols franquistes o per expressar punts de vista anticapitalistes i aquí a Terrassa tenim bons exemples.

Sobinaria per decidir democràticament sense haver d'estar sotmès a cap altre poder Som una nació y tenim el dret a l'autodeterminació.

Avui més que mai necessitem tornar a cridar llibertat, amnistia i dret de sobirania.

Visca Catalunya i visca la llibertat!


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