Estamos perante as imagens da tortura ao vivo de Kadafi ainda com vida. Comocionados. Impressionados com como a sociedade do espetáculo disfarça a visom da realidade; todas as imagens da guerra, narradas polo "nosoutros" que somos já se nom mudarmos, umha generalizante locuçom adverbial: grosso modo.
Se nom denunciarmos a tortura, seja de quem for, faríamos parte só dessa esquerda ornamental; inesquerda ou direita que delinque também por omissom, que permitiu que Kadafi fosse publicamente linchado, assassinado para nom ser levado a nengum tribunal.
Para que nom contasse todo, para que nom narrasse as relaçons entre Berlusconi, a máfia e os filhos dele próprio, com Sarko ou com os británicos serviços de inteligência, os mesmos que mantiveram e continuarám a manter as relaçons com Jalil e Jibril, membros e principais líderes do Conselho Nacional de Transiçom e, até de há pouco tempo fiéis colaboracionistas do imperialismo travestido de libertador do povo líbio.
Somos apenas, se nom agirmos: grosso modo. Diluídos no produto interno bruto e sangrento de marcado novo-rico sotaque chinês, nesse baralhete ininteligível; umha perniciosa gíria economicista que aumenta em locuçons vácuas, paralelamente ao crescimento também dos genocídios dos assimilacionistas internacionais quando já estám a exterminar acompanhados do abuso continuado dos eufemismos, qualquer soberania.
A quem dirigem as imagens que nom deixam nada à imaginaçom misericordiosa ou nom? é Alá misericordioso? buscam unir os democratas por imperativo legal, ou autoproclamados democratas? A quem consentem com o seu silêncio hipócrita? buscam a unidade pola homogeneizaçom, a homologaçom da violência necessária já fai parte da retórica cansativa dos que traduzem o espetáculo sangrento para criar a ilusom trapalheira, a miragem do consenso perante o massacre televisado para e por ocidente que tolera na superioridade cultural religiosa, a barbárie dos que sempre desprezou como infiéis na tradiçom espanhola, (los moros), tal como o regime bourbónico com Alfonso XIII, com Franco à cabeça mutilava, bombardeava, torturava em Marrocos e depois utilizando os mesmos métodos durante a guerra civil e no nosso genocídio.
Com o preconceito eurocentrista que tolera com o nariz tapado os assassinatos, com a permissividade consensualizada dos imperialistas franco-anglo-estadunidenses, acabam de utilizar convenientemente a barbárie e o ódio entre as tribos para se livrarem de Kadafi que, como prisioneiro "julgável" era um perigo para eles.
Somos, ou pretendem que sejamos, grosso modo, povos muito mais avançados que mostramos porque devemos, segundo as diferentes doutrinas religiosas ou do tipo que for, dramatizar oportunamente; encenar um estado de preocupaçom que dura apenas alguns telejornais para procurar a ascensom de outros ditadores dependentes diretos do poder de ocidente.
O governo que surgirá depois de uma luita feroz entre as diversas vontades e interesses que integram o atual CNT, poderá tal vez, renegociar assim a relaçom de forças entre as diferentes regions e tribos sem o kadafismo? Sem o kadafismo sucederá o mais provável: umha guerra continuísta sob a olhada e a direçom imperialista que ganha guerras à distáncia ou só com mercenários dos que escolhem a pátria comercial. Como em um reality show infame e infindo, numha espécie de velório em cámara frigorífica, os telejornais de ocidente continuam projetando, grosso modo, umha maré de fotógrafos funerários que no "mundo civilizado", jamais permitiriam.