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Eva Golinger

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Por uma estratégia comunicacional

Eva Golinger - Publicado: Sábado, 10 Abril 2010 01:00

  

Eva Golinger

Nesta semana comemoramos oito anos do nefasto golpe de Estado que tentou destruir a Revolução Bolivariana aquele 11 de abril do 2002. 'A revolução não será transmitida' intitulou-se um documentário que relatou a história do golpe, com um ênfase no bloqueio informativo sobre os acontecimentos daqueles dias. 


Há oito anos quase ninguém no mundo sabia do que acontecia dentro da Venezuela. Hoje, a Venezuela é uma referência mundial - uma manchete controlada pelos media internacionais ao serviço dos interesses imperiais. A Revolução Bolivariana conseguiu recuperar - e criar novos espaços no ambiente comunicacional nacional, mas a nível internacional, estamos a perder a batalha.

O Pentágono destacou que a sua arma mais poderosa é a comunicação. Washington e os seus aliados controlam grande parte da imprensa internacional e as redes sociais através da Internet. Quem controla a informação, controla as tendências mundiais e, logicamente, domina ao mundo. Não obstante, a nível nacional, na Venezuela conseguiu-se criar novos espaços nos meios de comunicação, como Telesur, Avila TV, Vive, ANTV, Tves, Rádio do Sur, e uma quantidade de jornais, revistas e sites como Aporrea, Correo del Orinoco, Ciudad Caracas, Temas, VEA e muitos outros.

Mas a nível internacional, pouco se tem feito. E quanto ao nível nacional, falta ainda desenvolver uma estratégia comunicacional que coordene e valorize os esforços que fazem no dia-a-dia estes meios e as grandes equipas que os impulsionam. Recomendo fazer um inquérito nacional sobre a programação que querem as venezuelanas e os venezuelanos. A informação tem que chegar de maneira digerível a todos e todas.

O ataque através dos meios nacionais (privados) e internacionais hoje é mais forte que do nunca. Os nossos aliados no exterior tentam defender-nos, mas muitas vezes falta-lhes informação e dados concretos.

Precisamos urgentemente duma agência de notícias em múltiplos idiomas - pelo menos em inglês, francês e português; depois em árabe, italiano e chinês, e os restantes idiomas que forem possíveis.

Precisamos urgentemente dum site oficial em múltiplos idiomas que informe a nível nacional e internacional sobre as políticas do governo revolucionário e as conquistas e as complexidades da Revolução Bolivariana. Oxalá que o Presidente Chávez faça o blog que anunciou há duas semanas num Aló Presidente. Serviria de muita importância para a batalha comunicacional.

Temos que nos comunicar. Temos que nos informar. Temos que estar presentes.

Nosso primeiro jornal internacional em inglês, o Correio do Orinoco International, precisa um impulso, precisa ser distribuído, promovido e colocado em todas partes do mundo. Isto requer uma estratégia comunicacional internacional - e não somente a cada um trabalhando e fazendo o que pode por seu lado, senão algo seriamente elaborado com os lineamientos estratégicos da Revolução como guia principal.

Devemos tomar em sério os reptos que nos acercam. Este é um ano eleitoral de alta importância e o adversário está a empregar todas as ferramentas disponíveis. Devemos aprender de nossos aliados, como Cuba, Rússia e o mundo árabe, que produziram meios de comunicação em múltiplos idiomas para poder obter o alcance máximo de penetración mundial. Queremos que se escute a voz da Venezuela revolucionária no mundo, e não a voz que nossos adversários montam, manipulam, e distorsionan.

Precisamos de coordenar as nossas redes sociais através do Site - com Twitter, Facebook e outros tecnologias, e assim, temos que assegurar que nossas mensagens cheguem onde devem chegar.

Defendo uma estratégia comunicacional - nacional e internacional - que realmente sirva como um arma política. Temos que entrar no combate mediático com um compromisso verdadeiro e completo. E assim, estaremos obrigados a vencer.


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