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Ramiro Vidal

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A república do verbo

O “caso Maxi” nom morreu

Ramiro Vidal - Publicado: Sábado, 24 Outubro 2015 22:18

Ontem tivemos conhecimento na Associaçom Cultural Santa Cruz Aberta ao Mar de que a Cámara Municipal de Oleiros concedia finalmente lizença de obra para o hotel que se pretende constroir na finca onde outrora estava situado o antigo Hotel Maxi.


Polo que puidemos saber, nom se lhe deu ao tema mais publicidade do que a publicaçom da notícia no boletim “informativo” Vivir en Oleiros, que edita a própria Cámara. O único rotativo que se fixo eco da notícia, foi La Voz de Galicia e nom porque o consistório enviasse nota nengumha, mas porque a notícia foi extraída do próprio boletim.

Nom deixa de ser chocante que um boletim que se supom está concevido para informar sobre atuaçons e iniciativas da Cámara Municipal, serviços e questons similares destaque a concissom de umha lizença para umha obra privada. Por certo, que para desqualificar as nossas reivindicaçon precisamente é esse o argumento mais utilizado, também polo governo municipal: que o terreno é propriedade privada, e que o proprietário desse terreno tem direito como tal a edificar nele.

Santa Cruz Aberta ao Mar, quando souvo da inicial denegaçom da lizença para essa obra, já manifestou a sua suspeita de que se tratasse de umha maniobra para desativar a polémica durante as semanas prévias às eleiçons autárquicas; a notícia de que finalmente há lizença nom vem mais do que a confirmar essa suspeita.

De qualquer maneira, fosse esta umha maniobra maquinada desde o escritório do senhor García Seoane ou nom, nós tínhamos a certeza de que o assunto do Maxi nom estava morto. Desde que se sabe publicamente que havia intençom de edificar sobre o que foi o terreno do antigo hotel Maxi, o Presidente da Cámara nom ocultou o seu pessoal interesse porque essa obra chegasse a termo. Nom era portanto razonável pensar que a situaçom de parálise provocada pola denegaçom da lizença fosse o ponto final de toda esta lea. Este assunto ia sair a flote tarde ou cedo.

O nosso posicionamento acerca do projeto que se pretende materializar a escassos metros da costa, continua a ser o que sempre foi. Continuamos a defender umha soluçom dialogada a esta questom, achamos que para chegar a essa situaçom a Cámara Municipal tem ferramentas avondo. A adquisiçom pública, a expropriaçom ou a permuta som iniciativas que o governo municipal pode tomar; materialmente som perfeitamente possíveis já que há terrenos em carteira e há dinheiro e legalmente som também possíveis porque a administraçom local tem potestade para este tipo de operaçons.

Nunca o Presidente da Cámara deu umha resposta séria ao que nós propomos e sempre se limitou a recorrer à brincadeira de que “aquí ainda nom chegou o comunismo”. Que nós saibamos, nom fai falta viver num regime comunista para compreender que, se bem a Constituçom do estado espanhol blinda a propriedade privada, também fala da funçom social dessa propriedade privada e de que o interesse geral está por cima do direito à propriedade. Isto, independentemente de se acreditamos muito na propriedade privada ou somos comunistas; nom sabemos se o senhor Garcia Seoane pretende fazer rir com essas brincadeiras, mas o único que demostra na realidade é a sua ignoráncia total tanto da lei como a respeito do comunismo, ainda que isto segundo já é problema dele e do seu sentido do ridículo (bastante escasso) O problema real é que passe por cima da lei em questons tam sensíveis para todo o mundo como é o urbanismo.

Continuamos pensando e defendendo em voz alta que os benefícios sócio-económicos mais do que discutíveis que pode trazer consigo a instalaçom do hotel nom compensariam nem de longe umha verdadeira sachada no recurso mais primordial que tem Santa Cruz que é a sua costa. Sem essa contorna especial que som os cantís, ilhas, fragas e demais elementos naturais que arrodeiam este recuncho da bahia da Corunha, Santa Cruz nom seria o que hoje é. Continuamos a pensar e a dizer em voz alta também que tapar o castelo de Santa Cruz é mutilar-nos da nossa identidade. E continuamos naturalmente a achar que isso tudo é o que verdadeiramente traz turismo a Santa Cruz.

Cuidar a contorna, os espaços naturais, o património, a paisagem é o maior investimento de futuro que podemos fazer. Por isso nom nos envergonhamos de defender que se liberte a costa de Santa Cruz de tapons urbanísticos, para preservar esses bens tam prezados que nos permitem estar tam orgulhos@s do nosso povo, por muito que o Presidente da Cámara e parte da caverna oleiresa nos insulte e nos ridiculice. A batalha da razom está ganhada e isso temo-lo claro cada vez que recordamos a reaçom de todas as pessoas que nos apoiavam com as suas sinaturas, quando sabiam pola informaçom que lhes dávamos o que se pretende fazer nesse terreno. Gente do concelho, e de fora do concelho. Gente da comarca, e de outras latidons da Galiza. Gente mesmo de fora da Galiza. Para toda pessoa minimamente séria é perfeitamente compreensível o que reivindicamos. Evidentemente nom todo o mundo é quem de compreender o que defendemos...para o Presidente da Cámara parece complicadíssimo.

Ramiro Vidal, Presidente de Santa Cruz Aberta ao Mar


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