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José Borralho

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Desassossegar

A maioria moderada deve ser ouvida, a direita deve ser afastada!

José Borralho - Publicado: Sábado, 10 Outubro 2015 14:21

1- A questão política central em Portugal e em toda a Europa é o afastamento das políticas de austeridade e a sua derrota, precisamente porque é dessas políticas que sobrevive a União Europeia e todo o capital.


Esta questão ficou bem clara pela luta travada por todos os países da União Europeia que se levantaram ferozmente contra as pretensões da Grécia de sair do garrote sufocante da austeridade e que foi esmagada novamente por um novo resgate e maiores imposições austeritárias.

Não foi por acaso que Cavaco Silva, numa atitude de atropelo à própria Constituição, fingiu não perceber que a maioria dos votos se dirigiu precisamente contra as políticas anti austeridade, e pôs de lado sequer a hipótese de chamar todos os partidos que elegeram deputados ao parlamento, revelando o seu pendor reaccionário.

2- Sabendo-se que o PS é um partido com um programa pró capitalista e pró Europeu de cuja prática não sobejam dúvidas que tem sido sempre de aliança com a direita porque se assume como tal, o facto de em conjunto com o PCP e com o BE constituir uma maioria diferente da direita pura e dura, o facto do PS sozinho pressentir que sucumbirá ao movimento geral anti austeridade, conotado que está com a chamada da troika, e a um previsível Pasokismo-isto é, a uma queda estrondosa no espectro político, cria condições para que a esquerda do regime-o PCP e o BE, confrontem o PS com um programa anti austeritário a troco da viabilização de um governo seu.

3- O que escolhe o PS neste momento em que lhe é possível fomentar uma política anti austeridade conforme proclamou nas eleições?
Escolhe a velha aliança com a direita mais reaccionária, ou aproxima-se das políticas moderadas do PCP e do BE?

4- O PCP já apresentou as suas condições de apoio e viabilização a um governo do PS, e as condições apresentadas, de moderadas que são tornam-se irrecusáveis para o PS, bem como as condições apresentadas pelo BE durante a campanha eleitoral são perfeitamente aceites dada a sua moderação.

5- O determinante para o futuro dos trabalhadores e do povo pobre de Portugal, não depende como se sabe, dos arranjos governamentais ou parlamentares de uma esquerda que assenta a sua estratégia na recuperação económica do país e na reestruturação da dívida; tais estratégias quer do PCP quer do BE estão condenadas ao fracasso precisamente por não corresponderem às necessidades que os níveis de desenvolvimento do capitalismo e da sua crise exigem como resposta.

O determinante é que o movimento operário e popular perceba que só a sua entrada em cena impondo derrotas ao capital poderá alterar a correlação de forças a seu favor, e impedir definitivamente a escalada de terror económico e político para onde o caos do sistema conduziu o mundo.

Perder as ilusões nas políticas de que vai haver um retorno ao crescimento económico, ao crescimento do emprego, ao florescimento do Estado Social com todos os seus direitos civilizacionais.

O CAPITAL QUE PAGUE A CRISE E A DÍVIDA!

DERROTAR A DIREITA!

1. Que pare de imediato a austeridade e seja restituído tudo o que foi cortado e roubado ao povo, incluindo os impostos.

2. Que o problema do desemprego seja considerado calamidade nacional e sejam tomadas as seguintes medidas: a) Reduzir o horário de trabalho até às 30 horas semanais sem perda de vencimentos, na perspectiva de existir trabalho para todos; b) Atribuir a cada desempregado o apoio correspondente aos salário mínimo nacional, até obter um emprego.

3. A dívida deverá ser paga pelos lucros, fortunas e impostos sobre o capital.

4. Confiscação das fortunas dos banqueiros e capitalistas envolvidos em processos de corrupção e a sua prisão.

5. Todo o apoio às lutas sindicais e populares por aumentos salariais e de pensões. Combater a burocracia conservadora que reduz as lutas a actos simbólicos.

6. Denúncia do tratado orçamental imposto pela União Europeia.

7. Saída imediata da Nato.

Outras medidas mais avançadas como a ruptura com o euro ou a saída da União Europeia, dependerão da correlação de forças e da agudização da luta popular.

Só o reagrupamento do movimento operário com programa e políticas anti capitalistas serão o garante de que um futuro sem exploração é possível.


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