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Andoni Baserrigorri

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Feijoada no ponto

Zutik e outros espertinhos

Andoni Baserrigorri - Publicado: Domingo, 15 Agosto 2010 02:00

Andoni Baserrigorri

Euskal Herria é uma terra com variadas seitas e outros grupúsculos, com gurus e adivinhadores do futuro com queda para dar lições à esquerda abertzale de como se fazem as coisas ou ao menos de como se devem fazer.


São grupinhos de amiguinhos que menos contribuírem para a briga diária por uma Euskal Herria independente e socialista são dados a fazer de tudo. Historicamente foram legião, e dezenas de anos depois só podemos sacar como conclusão que a única sigla que está ainda aqui, pondo em apertos o estado e em questão toda a transição é o MLNB, com seus defeitos, que os tem, como todo grupo humano que exista.

Entre este grupo de seitas destaca com luz própria Zutik, a fusão dos troskistas da LKI (Liga Comunista Revolucionária no Estado) e o EMK, estalinista-maoísta, (Movimento Comunista Revolucionário no estado) O que dizer deste grupinho, quando ainda estão frescas em nossas cabeças suas declarações ao jornal da extrema-direita bilbaína, El Correo, em que alinhou com as teses da prefeitura, pondo-se em frente de Bilboko Konpartsak e sendo aplaudidos pelo PP? Tão só que é a culminação lógica de uma trajetória rasteira de mais de 30 anos.

Esta gente chama-se Batzarre em Nafarroa e já colaborou com a eliminação das txoznas dos grupos populares em Sanfermines. Mas após se terem apresentado nas candidaturas de Euskal Herritarrok, logo que as coisas se puseram minimante feias, foram embora, traíram os seus companheiros de candidatura e se puseram em seu lugar natural: As teses do Estado espanhol, a respeito do conflito basco. Muito típico do reformismo e das seitas ultra vermelhas.

Seu ódio visceral à esquerda abertzale e a todos os movimentos populares em Nafarroa é mais que conhecido por todas aquelas pessoas honestas que trabalham por um mundo melhor. Trair é seu verbo favorito e o conjugam diariamente. Ninguém sabe quem vai ser o seguinte traído por estes ultra vermelhos.

Nas Vascongadas sua política diária é, além de nula, traidora e miserável quando dão sinais de vida, que felizmente é muito poucas vezes. É sabido que quando se apresentaram com Aralar acabaram a gritos e insultos. Toda Euskal Herria sabe disso.

Muito poucas vezes dão sinais de vida, porque a militância já faz anos que a têm em níveis de abaixo do zero. Um nome registrado, um site... e pouco mais. E porque ninguém, absolutamente ninguém dá a menor atenção a este grupo, porque todas e todos os conhecemos nos bairros e vilas, sabemos de seu perfil.

Já agora, a última vez que deram sinais de vida foi para que alguns de seus históricos dessem o apoio a Esquerda Anticapitalista (IZAN), outros do mesmo gênero.

Desde sempre se têm prodigalizado em insultos para a esquerda abertzale: que se nacionalistas sectários, que se pequeno-burgueses, que se não se presta atenção aos problemas d@s trabalhador@s... A eterna cantiga deste pessoal, todo isso apesar de que LAB seja um sindicato comprometido e muito implantado, mas para este pessoal a esquerda abertzale nunca foi suficientemente vermelha. Eles eram os vermelhos para valer e os únicos possuidores da verdade marxista; Ezker Abertzale segundo eles, não era mais que um grupo nacionalista burguês de esquerda. Hoje muitíssimos anos depois... Podemos fazer balanço.

Sempre têm estado acima do bem e do mal, sempre têm estado dando razões éticas (a conhecida dona ética, a que tanto aludiram em tempos difíceis) desde suas revistas teóricas e suas Sorbornas doutorais, deram justiça e condenaram quem mas deu pela liberdade deste povo e pelo socialismo. Isso sim, eles sem baterem pancada, que isso de trabalhar mancha e mesmo te traz problemas.

Isso é Zutik e isso foi sempre. Um grupo com pretensões elitistas (ainda que antes caíssem em pretensões etílicas e de outras substâncias) que não passou nunca da palavra e com a sua bunda bem protegida.

Exatamente isto é, que de suas filas saíram extraordinárias pessoas e comprometidas, que precisamente por essas qualidades abandonaram uma sigla que não dá para mais.

Nesta semana passada uns membros de Zutik falaram no Correio, em nome de Txomin Barullo, quando nem sequer Txomin Barullo lhes tinha dado potestade para tal. Já se encarregou a comparsa de desautorizá-los, já os assinalaram como meros agentes do PSOE. Para que o fizeram? Muito simples: para devolver favores inconfessáveis à prefeitura e colaborar na tentativa de acabar com Aste Nagusia. Em seguida o PP aplaudiu, naturalmente! Não tiveram escrúpulos (jamais os tiveram) para esfaquear as Bilboko Konpartsak e seus próprios companheiros.

Isto é Zutik nem mais nem menos. Da extrema-esquerda mais sectária (ex-troskistas, ex-maoistas...) a serem lacaios do poder e fiéis servidores da ordem e da lei. Com certeza, como diria Marx. Referimos-nos a Groucho Marx, o de "aqui tenho uns princípios, mas se não gostar tenho outros". Groucho dizia isso brincando. Estes o fazem a sério.

Bilboko Konpartsak, Ezker Abertzales, o movimento popular, tzosnas e comparsas diferentes no ideológico mas idênticas na honradez, seguirão seu caminho. Quanto a este pessoal, ninguém em todo Bilbo sentirá a falta deles. Só seus amiguinhos de IZAN, esses que num de suas primeiras comparências públicas contaram com ministros do PSOE, e outros amigos do poder.


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