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Laerte Braga

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O país dos absurdos

Laerte Braga - Publicado: Sábado, 28 Março 2015 21:00

Quando o húngaro Peter Kellerman publicou seu livro por uma prestigiada editora brasileira, BRASIL PARA PRINCIPIANTES, na década de 60, a esquerda adotou o discurso do imigrante como definição da falta de consciência política da grande maioria dos brasileiros e da corrupção permeando todos os setores do País.


Kellerman se referia, especialmente, ao jeitinho brasileiro para resolver pequenas e grandes complicações. Na visão do autor a corrupção ia desde a elementar compra do guarda que aplica multa a um motorista infrator, até os grandes negócios do governo.

Com o dinheiro ganho com o livro Kellerman montou um negócio, deu um grande golpe na praça, segundo a receita de seu próprio livro e se mudou para o Paraguai, onde viveu dias nababescos e seguro.

O senador Agripino Maia aparece em Brasília na manifestação contra Dilma e pedindo o fim da corrupção e, dias depois, na lista do SWISSLEAK, as contas de brasileiros no HSBC da Suíça, o dinheiro que foge de impostos, é sonegação pura. THE GUARDIAN, o jornal inglês, acha estranho que setores corruptos da política e da oposição saiam às ruas para pedir o impedimento da presidente Dilma Roussef. Ironiza o fato.

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, "comprou" segundo disse, com "renda compatível", um apartamento em Miami. Para fazer o registro da propriedade montou uma off shore e deu como endereço a casa oficial do presidente da suprema corte. Declarou um valor menor que o real do imóvel. Com isso pagou menos impostos e foi absolvido da acusação de fraude fiscal por seus próprios pares, numa decisão corporativa e absurda. Deita falação sobre honestidade.

O fato não significa que toda a suprema corte seja corporativa e absurda, mas o espírito predominante é esse. O senador e candidato derrotado à presidência, Aécio Neves, articulou, em dias da semana passada, uma força tarefa da oposição para ir ao ministro Teori Zavascki, que tem em suas mãos a OPERAÇÃO LAVA JATO, pedir que fosse dada sequência a uma representação do PPS, linha auxiliar do PSDB, para investigar Dilma Roussef. O ministro, que havia dito que os dados enviados a ele e as denúncias continham muito mais fatos contra Aécio que alguns dos denunciados e tais fatos não foram investigados, deu a resposta de uma forma simples. Ao tomar conhecimento da manobra de Aécio que pretendia jogá-lo num show político mandou arquivar a representação e o senador lambeu com a testa.

O Brasil é de fato o País dos absurdos. O Senado é presidido por Renan Calheiros e a Câmara por Eduardo Cunha, notórios corruptos e chantagistas, e o governo refém da maioria de direita nas casas legislativas.

Não aprova direito de pássaros voarem, sem concessões as mais diversas.

O PT, partido da presidente, com raras exceções, transformou-se numa pesada máquina burocrática, agarrada às mesmas disputas por cargos do PMDB, a maior agência de empregos no poder público. O vice-presidente da República, Michel Temer, faz de conta que não é com ele, sendo o grande nome do PMDB.

Por trás de tudo a mídia vendendo a imagem de "santos" e patriotas canalhas e ao mesmo tempo se dissolvendo, mas com ainda com larga influência na opinião pública. Há quem acredite que o helicóptero que se reabasteceu no aeroporto de uma das fazendas de Aécio, carregava 450 toneladas de talco e não cocaína e que o senador é inocente em todas as acusações que sofre.

E vários de seus grandes nomes citados na lista do SWISSLEAK.

Se Peter Kellermam, do qual não se tem notícias e nem se sabe se vivo ainda, fosse escrever um livro nos dias de hoje, escreveria O BRASIL DAS QUADRILHAS e tentaria montar um negócio para pegar uma beirada no pré-sal e na água de nosso País, além de mandar para o brejo o acordo que criou o BRICS.

É o grande alvo da oposição e o comando vem de longe.


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