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Andoni Baserrigorri

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Feijoada no ponto

Jornalismo fascista, jornalismo popular

Andoni Baserrigorri - Publicado: Sexta, 04 Abril 2014 01:06

Com certeza, a reflexom realizada polos ianques após a sua derrota militar no Vietname, quase 40 anos depois, segue vigente e levada à prática, cada vez com mais descaramento e menos entraves.


Os norte-amerianos, após a sua apressada saida do país asiático concluírom que umha das causas de tal desenlace foi a abundante informaçom bélica a jogar um papel contrario a seus interesses. Cidadaos e cidadás dos Estados Unidos viam todos os dias das suas moradas quase em direto e pola televisom as terríveis atrocidades que os seus “rapagons” fusileiros estavam a cometer no Vietname e ao seu regresso estes de lá, em vez de os receberem como heróis, recebiam recriminaçons e às vezes insultos e protestos da sua própria populaçom.

Isto repercutiu na moral da soldadesca e esta desmoralizaçom foi chave na derrota dum exército, imperialista, que nom luitava nem com paixom nem com o convencimento dos vitnamitas do vietcong.

Conclusom? Umha e nom mais… desta guerra em diante, as seguintes aventuras militares do imperio contariam com umha nova divisom, que seria a divisom mediática. Jornalistas submissos e bem pagos com fundos reservados que seriam encarregados de “preparar” à opiniom pública da justeza das campanhas militares e assim ocultar as barbaridades e crimes de lesa humanidade cometidos pola soldadesca, já com carta branca para poderem realizá-las com impunidade.

Deste jeito, a invasom da pequena ilha de Grenada foi justificada como umha operaçom de resgate de estudantes estado-unidenses em perigo dos “terríveis granadinos e cubanos”; na invasom do Panamá nom se dixo qualquer cousa dos bombardeios sobre populosos bairros onde morrêrom centenas de pessoas inocentes, cuja vida foi desprezada pola ambiçom ianque de conservar o canal… Para que falarmos do genocídio do Iraque, e sucessom de mentiras a respeito das armas de destruiçao maciça? Quer dos milhares de cidadaos e cidadás afgaos assassinadas em bombardeios… E assim por diante, numha sucessom que atravessa a antiga Iugoslávia, percorre o leste europeu e hoje em dia centra-se na Ucraína e na Venezuela. Nengum pais que faga política sem concordar com FMI e o imperialismo tem qualquer possibilidade de ficar fora das suas intoxicaçons jornalísticas.

Passo definitiva da imprensa servil e submissa do sistema capitalista deu-se com a denominada “primavera árabe”. Nom dizemos nada que nom se saiba já se mentamos papel destes meios de comunicaçom fascistas, a justificarem terríveis matanças do bando criminal OTAN na Líbia, Síria, e tantos sítios, enquanto ocultam e calam assassinatos dos denominados “rebeldes” ou de governos canalhas como o israelita, quatarí ou saudita. Na guerra dim que qualquer cousa é válida e semelha que os imperialistas tomárom boa nota disto.

Na guerra tudo serve, mas nom serve todo na ética e na profissionalismo dum ofício que deu para a história penas geniais que marcaron época com suas crónicas e explicaçons. Determinados jornalistas semelham ter assumido perfeitamente papel asignado polo imperialismo e polos seus governos de serem “soldados da pena”, inseridos na “Brunete mediática” que diría Arzallus e é de sublinhar paixom com que realizam sua funçom tergiversadora, criminalizadora e assinaladora de futuras operaçons repressivas.

O caso basco é bem conhecido e nom achamos preciso lembrar como “El Mundo”, “ABC”, “El Correo”, publicavam informaçons com que se criminalizava cidadaos e organizaçons independentistas bascas, que pouco tempo depois eran detidas e ilegalizadas. E como ocultárom casos de tortura de Unai Romano e mais, apesar serem tam evidentes e mais casos de violência estatal.

Mas estamos perante umha nova mudança qualitativa e estes últimos meses som ilustrativas a respeito. Tergiversaçom e criminalizaçom sofrida polas vizinhas e vizinhos do bairro burgalés de Gamonal que fôrom qualificados pola imprensa fascista espanhola de “terroristas” ao tempo que os autênticos terroristas, nazis ucranianos e lixo fascista venezuelano eram elevados à categoría de “luitadores pola liberdade”. Disso sabe algo o “ABC”.

A realidade é que a luita de classes, tal e como afirmou Lenine é também um jeito de guerra. Portanto é lógico que os meios de comunicaçom ao serviço do poder fagam com exatitude o mesmo que realizam nas guerras imperialistas: mentir e tergiversar, além de criminalizar os povos e justificar barbárie fascista.

Este último fim de semana pudemos vislumbrar perfeitamente este facto. O dito anteriormente no mentado panfleto fascistoide ABC que nom duvidou en parabenizar o aniversario de Hitler e justificar franquismo ou o golpe de Pinochet despachou com umha informaçom em que dum golpe criminaliza mais dumha dezena de organismos populares e grupos políticos que assinala quase como terroristas... desde Askapena até Jaleo, passando por Izquierda Castellana, Yesca ou CNT. Todos terroristas! E misturando-os com GRAPO ou Resistência Galega... na luita de classes, como na guerra… todo serve! Todo serve para quem fijo dum ofício nobre como o de jornalista um engendro de putrefaçom dedicado a assinalar a todos aqueles a se rebelarem perante nas ruas perante umha situaçom, a do capitalismo em crise a cada vez mais insustentável.

Nem palavra ou apenas qualquer referência a um joven comunista que perdeu a visom dum olho, e que, com certeza poderia haver repetido a situaçom sofrida em Bilbo com o caso Cabacas. Ou quer o joven que perdeu um testículo, nem de tantos e tantas espancadas estes dias em Madrid, Barcelona, Andaluzia e um extenso etcétera.

Quer também a situaçom dos jornalistas espancados após detençom do militante da contra-informaçom de La Haine, detido quando exercia seu trabalho de informar. E de que jeito, com certeza! do que estava a ocorrer em Madrid.

Face à desvergonha, a dignidade e a vergonça de manter `prestígio dumha profissom destas pessoas, que algumhas de jeito altruista e militante informam-noss do que está a acontecer. E o que está a acontecer nom é nem mais nem menos que a gente está farta da crise capitalista, de monarquia, de repressom e face estas justas reivindicaçons recebem como resposta repressom mais descarnada e dura dum estado totalitário que o espanhol está a oferecer.

A este militante da contra-informaçom vai dedicado este escrito. A ele e umha página comprometida e militante que de jeito altruista e sem pedir jamais dinheiro nem ter publicidade e com umha entrega encomiável logram que conheçamos o que está acontecer realmente nas ruas de Madrid, Gamonal e um extenso etcétera.

E porque demonstram que face a desvergonça dos meios de comunicaçom do sistema, ideados para mentir, continua viva a dignidade e profissionalismo. Ainda que o fagam de jeito militante e altruista.


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