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Andoni Baserrigorri

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Feijoada no ponto

Venezuela e a violência revolucionária

Andoni Baserrigorri - Publicado: Terça, 25 Fevereiro 2014 00:27

Os acontecimentos recentes nas ruas da Venezuela, onde pudemos ver como a denominada "oposiçom democrática" nom se priva de sair à rua com o ânimo de deitar abaixo um governo democraticamente eleito há apenas 10 meses e usando todo o tipo de violências, evidenciam que a direita sempre é fascista e que, longe de discursos políticamente corretos, usa a violência quando lhe convinher e contra quem lhe convinher.


 

Isso sim, depois alarmam-se quando o povo fai uso da violência revolucionária para finalizar com situaçons de injustiça social ou manifestas ditaduras, por muito bom que seja a máscara da democracia que vestir. A direita é democrática enquanto nom vir perigar os seus privillégios. No momento que os perde, usa o fascismo.

O falecido (melhor falaríamos de assassinado?) presidente Hugo Chávez ganhou mais de umha eleiçom. Isso nom impediu que os meios de comunicaçom do sistema capitalista (quer dizer, quase todos…) o denominassem ditador e justificassem golpe de estado de 2002 ou as algaradas polas ruas que protagonizavam os fascistas cada pouco.

Maduro também é presidente da Venezuela graças a umha vitória eleitoral. Isso nom impediu que num espaço breve de tempo se produzissem duas “revoluçons laranjas” com a clara intençom de o tumbar e acabar com a revoluçom bolivariana. E com isto pôr de novo a Venezuela na listagem de estados servis aos Estados Unidos, Uniom Europeia e o imperialismo.

Em definitivo, numhas ocasions mascarados de democratas, mais outras de pró-europeus, e noutras de islamistas democráticos, com certeza é que os pions do imperialismo mais umha vez erguem em armas (desde falsimédia falam de mobilizaçons populares) contra governos que nom som do agrado da UE e dos EUA. Na Venezuela levam já varias tentatias e muitas vítimas mortais às suas costas, centenas de venezuelanas e venezuelanos assassinados por esta turba que nom som na sua maioria mais do que lixo de classe média-alta, autêntica base social do fascismo. Como em todo o mundo, nesse sentido nom suponhem qualquer novidade, o fascismo ferramenta do capitalismo, desenhado na escuridade por embaixadas e consulados imperialistas utiliza como força de choque lumpen sociais e escória desse perfil que despojados de qualquer consciência social aspiram a umha sociedade em que eles e elas sejam quem se erijam em classe dirigente e podam desfrutar dos bens de consumo do capitalismo, além de se apropriarem das riquezas naturais e meios de produçom. Esse perfil de gente levou Pinochet ao poder e justificou durante todo seu sangrento percurso.

A base social dos protestos na Venezuela é em definitivo o pior da sociedade venezuelana. Patriotas que venderiam a soberania do seu pais aos Estados Unidos, classes médias-altas dispostas a esmagarem o resto do povo para nom perderem privilégios e acrescentá-los se for possível. Lumpen que fai qualquer cousa, milionários que tenhem dinheiro oculto fora do País, carreiristas e medradores que aguardam melhorar seus status com mais um governo, pessoas sem consciência social e que nom se importam com a sorte das e dos desfavorecidos, assassinos e delinquentes que levam décadas fazendo disto seu modus vivendi… desta coqueteleira aproveita-se o império e com eles organiza umha revoluçom laranja ou umha primavera árabe em Caracas.

Nom houvo até este momento qualquer primavera árabe nem revoluçom laranja que favorecesse os intereses das classes populares ou do rural e de jeito anti-imperialista. Todas as experiências nesse sentido vam orientadas a destruir conquistas sociais ou deitar fora governos incómodos. Isso já deveriam ver os das batucadas e esquerdas glamourosas que nom duvidárom em oferecer apoio a este tipo de movimentos do imperialismo. Na sua consciência estará, ainda que nom haja duvidas da consciência de personagens e coletivos que dim ser de esquerdas e apoiam todos os movimentos do imperialismo com absurdas escusas.

Qué deveria de fazer revoluçom venezuelana?

Com certeza, experiência já há para conhecer que lhe aguarda ao povo da Venezuela se finalmente esta “gusanera” se fai com o poder. É suficiente com olhar a Líbia pós-Gadafi ou mais alguns povos que sofrêrom intervençons ianques através desta estratégia. Governo de Maduro nom pode, nom deve permitir que esta gente leve as rédeas da Venezuela, já que iam pôr o país nas maos das transnacionais ianque-europeias, e fariam umha autêntica limpeza ideológica na qual, com certeza, passariam à facada o melhor e mais militante da esquerda patriótica e socialista venezuelana. Muito preto o futuro se estas pessoas reocupam o poder.

Qué teria de fazer a revoluçom venezuelana?

Venezuela deve-se armar até os dentes para dissuadir aos ianques de qualquer um tipo de intervençom ou invasom. Celebra-se estes dias os 25 anos da insubmissom em Euskal Herria, e cá a realidade é bem diferente… hoje em dia nom renunciar a um exército popular, fortemente armado e com as ideias patrióticas e bolivarianas bem claras é vital para a sobrevivência da revoluçom.

Armar o povo e encarar o fascismo. Assim como soa e sem complexos. Os fascistas assassinárom, passárom polo arco de triunfo as eleiçons, demonstrárom capacidade e disposiçom para saírem à rua e usar a violência e achamos que se usa o baralho, nom há porque jogar com outras cartas. Se eles usan violência fascista, revolucionários devem usar violência revolucionária para defender propriedade do povo que som as conquistas sociais.

E fazê-lo sem qualquer dúvida e tendo claro que a própria vida está em jogo, já que de recuperarem o poder os fascistas, insistimos em que nom terá escrúpulos em fazer umha autêntica carnificina. Com esta gente mao dura e sem titubeios. Violência revolucionária é nestes momentos nom apenas umha necessidade legítima do povo mas umha ferramenta fundamental para dizer aos que querem derrubar a revoluçom que nom vam permiti-lo e que o povo venderá muito cara a sua derrota.

Aprender dos erros que cometêrom outros povos noutras épocas. Se Salvador Allende tivesse armado ao povo, talvez todo teria sido bem diferente. Se a República espanhola tivesse dado medicina de pau aos golpistas e nom andasse com panos quentes, em lugar de os destinar a África, quiça a história teria sido bem diferente.

Ignorar a CNN e restantes meios de comunicaçom do império. faga-se o que se figer, vai parecer-lhes mal e vam tentar desprestigiar-te e te caluniar. O mesmo tem, deixar à margem campanhas de imagens e tratar os fascistas como o que som e do jeito que eles merecem.

Em definitivo… usar violência revolucionária para salvar a revoluçom, pôr no seu sítio à “gusanera” e demonstrar ao mundo que a Venezuela é um pais digno que nom vai permitir passos atrás na história. Essa é a medicina ajeitada e essa é a medicina que usam os fascistas. Como acabamos de dizer, eles usam violência sem qualquer dissimulo. Os revolucionários venezuelanos devem levar a partida nas mesmas condiçons. Salvador Allende é umha referência pois foi assassinado polas hordas imperialistas e o povo chileno martirizado. Que Maduro e povo venezuelano nom tenham de passar pola mesma.


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