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Andoni Baserrigorri

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Feijoada no ponto

Cartons e peixe podre

Andoni Baserrigorri - Publicado: Terça, 17 Dezembro 2013 00:59

Que é possível dizer a umha menina de apenas 13 anos ao sair do hospital sobre a morte da sua mae, do seu pai e da sua irmá? Como é possível encarar esta conversa, sem dúvida terá de ser realizada por profissionais e incentivada sobre a felicidade e a vida?


Que é a felicidade para umha pessoa que como única saida "profissional" tem de ser a recolha de cartons para atingir uns euros?

Que é a Europa e a democracia para umhas pessoas que tenhem de se alimentar apenas de produtos já caducados.

Fora do resultado das investigaçons médicas e autopsias, com toda a clareza, tinha de ocorrer um facto deste dramatismo. Foi na Andaluzia, mas poderia ter acontecido quer nas Canárias, Galiza, Castela... ou em Euskal Herria. Cá mesmo, em Euskal Herria, estám-se a conhecer situaçons tremendas de famílias a causa do desemprego, precariedade e mais umhas consequências que acarreta um sistema capitalista cada vez mais apodrecido.

Já foram lidas em páginas alternativas que nas Canárias havia crianças mal-nutridas, em Valência meninas e meninos que apenas faziam a refeiçom da escola... casos na Andaluzia que batem na consciência e na alma das pessoas bem nascidas, as pessoas que nom podem aturar injustiças e desigualdades do sistema capitalista. E se, fazendo equivalências, as pessoas bem nascidas nom podem aturar este tipo de situaçons sobre a sua consciência, aquelas ou aqueles que apostam no neoliberalismo e no capitalismo na sua fase mais cruenta e selvagem nom podem ser qualificadas senom de mal nascidas, sentindo-se aludido quem quiger.

Capitalismo nom tem volta atrás e o estado de bem-estar ao qual querem regressar as classes médias e pequenas burguesias nom vai voltar, porque os que gerem o sistema a partir dos grandes centros de poder decidírom o contrário. Nom precisam de repartir migalhas entre as e os trabalhadores, porque quando assim o figérom foi para evitar o "efeito contágio" da Revoluçom Bolchevique russa e dos trunfos soviéticos após segunda guerra mundial. Numha palavra, estavam assustados devido à possibilidade dum proletariado disposto à tomada do céu na Europa Ocidental e depois polas divisons do Exército vermelho.

Dito doutro jeito, as esquerdas plurais por muito que vistam fardos anticapitalistas, se apenas aspiram ir às eleiçons e medrar no poder e as bandas de batucadas, nom os assustam cousa nengumha. Apenas podem assustar-se do povo erguido.

É por isso precisamente que os Estados europeus andam a gastar milhons de euros em material antimotim, novos armamentos e tecnologias repressivas além de elaborar leis destinadas a reprimir e manter calados os povos. Isso é a Europa e o sistema capitalista.

A Europa da Uniom Europeia, como quer que desejemos denominar, através dos seus estados, é quem elaborau leis privatizadoras que nos deixam sem qualquer umha garantía dum sistema educativo, de saude, sem garantías laborais, os que levam até a morte a milheiros de pessoas, de muitos modos, através de suicídios de gente que nom atura as suas situaçons dramáticas pessoais, acidentes no trabalho, mortos de frio na rua ou quer no caso desta familia de Alcalá de Guadaria, por consumo de produtos caducados, devido à situaçom de precariedade.

O que é um drama é a resposta das esquerdas a este estado de cousass. Empenhamo-nos em nom nomear ajeitadamente às cousas e meter com cunha um sistema pensado para destruir povos e seres humanos. Nom é que gostemos da Europa ou deixemos de gostar, é que Europa é nossa inimiga, a Uniom Europeia, é quem dispom a nossa aniquilaçom como povo e como pessoas. Europa é irreformável, com certeza.

Europa como conceito político, que nom geográfico e nesse sentido seria muito bom deixar de fazer batota jogando à paciência, apenas tem umha soluçom que é a da sua destruiçom e começarmos de zero. Acabar com a Uniom Europeia e o euro, enquanto proponhemos sair de imediato desse conglomerado de estados imperialistas e alguns praticamente fascistas e da fraude do euro.

Face a utopia da revoluçom socialista, maior utopia é acreditar no engado de que esta Europa vai mudar ou é reformável. Isto sim que é construirmos castelos no ar.

Lindos anúncios publicitários e montras, enquanto a realidade da Europa é um monstro de cartom e seu condimento peixe apodreciddo. Menos para a burguesia e os setores favorecidos que seguem a nos explorar e matar de diversas maneiras.


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