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Andoni Baserrigorri

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Feijoada no ponto

As Syrizas

Andoni Baserrigorri - Publicado: Quarta, 06 Novembro 2013 15:16

Perante a morte de dous militantes neonazis gregos num confronto com militantes de esquerda, Syriza, qualificou o facto como de "aponta para a democracia".


Sem querer entrar em avaliaçons e desfecho, o qual, com certeza, saldou com a morte dos dous fascistas gregos; reaçom da Syriza chama a atençom. E é assim, com certeza, porque o suposto grupo "anti-sistema" e "anti-capitalista" da "esquerda plural" grega acabou por se despir em termos ideológicos.

Quiçá for preciso ter algo de memória e lembrar como a imprensa dos estados europeios quer mostrar Syriza, como umha esquerda radical, que tenta dar cabo do capitalismo e que procura um ruptura na Grécia. Essa foi a encenaçom e assim no-la mostrárom.

Di um velho refrám castelhano que "o demo para enganar sempre menta as sagradas escrituras". Syriza mentou-no até o fastio, e seguiu nesse jogo, sem dúvida propagandístico, na melhor intençom de captar o voto que os leva por umha situaçom limite e a umha miséria crescente.

Nom demorarom em lhe sairem imitadores à Syriza. Quer no Estado espanhol, quer em mais alguns lugares, logo houvo aqueles que assinalárom Syriza como a esperança nom já da Grécia, mesmo da Europa e que sua estratégia de acumular forças à esquerda da social-democracia, era o caminho para a tomada do poder por parte dos setores populares e começarem a mudança das cousas na velha Europa.

Talvez no Estado espanhol a primeira experiência neste sentido seja a que se manifestou na Galiza, onde umha miscelânea de grupos de esquerda criárom Anova e rapidamente foi alcunhada "Syriza galega". Logo a seguir, Anova pactuou com o esquerdismo reformista de IU, com a sua sucursal galega, sem se importarem demasiado com isso, nem Beiras nem o reformismo cada vez maior da FPG. Quantos mais melhor semelhava, apenas tinha importância umha cheia de siglas com o alvo de atingirem um bom resultado eleitoral. Como se acudir ao parlamento burguês da Galiza ou de qualquer um lugar do mundo fosse o jeito de solucionarmos os problemas da classe operária e mais outros setores populares. E nom apenas isso, atrevêrom-se a proclamar que o problema nacional deveria de passar a segundo plano perante a situaçom geral. Se pactuas com espanholistas, ainda quer for de esquerda...

Após alguns meses, nom desenvolvêrom qualquer umha política anticapitalista conseqüente, nem soberanista. E nom apenas isso, há bem pouco, oferecêrom um espetáculo lamentável, encenárom umha monumental liorta entre grupos integrantes da "Syriza" galega por atingirem um banco dum de seus membros que devia deixar o parlamento devido a razons laborais. Olhando isto, nem anticapitalismo, nem ruptura nem nada. Esquerdismo reformista e oportunista do século XXI.

É possível dizer que a "experiência Syriza-galega" imitou de jeito exato a Syriza original grega. Após euforia inicial, na Grécia, e atingido um digno resultado eleitoral, Syriza nom levou qualquer cousa de nova à velha política do país heleno. Além disso, com certeza, cada dia a passar assentam ainda mais em ocupar lugar do PSOK social-democrata. É já a referência da esquerda "razoável" que todo país capitalista quer para si. Umha esquerda que ofereça umha posse radical, mas que nom atinja os interesses das patas que o sustentam.

Umha esquerda que pode absorver o voto revolucionário e conduzi-lo face posiçons moderadas. Umha esquerda que desiluda, para que a classe obreira chegue ao convencimento que nom é possível derrotar o capitalismo. Umha esquerda que assuma o parlamentarismo burguês como a única forma de organizaçom política da sociedade.

Nesse sentido, Syriza nom era qualquer novidade. Nom é senom umha versom grega de Euskadiko Eskerra, experiência basca dos 70-80 e que desembocou no PSE-PSOE. O Reformismo e revisionismo som mais velhos que mejar de pé.

É assim que perante os factos ocorridos em Atenas Syriza dixo publicamente que tais factos atentam "contra a democracia". Para Syriza a situaçom atual da Grécia, com ricos a cada vez mais ricos e populaçom a cada vez mais na miséria, com umha ameaça fascista evidente, com umhas agressons crescentes da oligarquia contra direitos dos trabalhadores... e umha situaçom "democrática". Essa é a ideia da democracia que tem Syriza, o sistema burguês-parlamentar e de economia de mercado. Quer dizer, capitalista.

Se um partido ou organizaçom política nom tem claro que o sistema burgués nom é democrático e que é preciso e urgente criar um alternativo, denominado democracia popular, que é urgente nacionalizar a banca, os meios de produçom, que se deve de situar no centro do agir político a derrota da burguesia, que é preciso repartir a terra... por muita batucada que soar, é umha farsa e um engano para umha classe obreira e os setores populares.

Syriza poderá seguir mentando as sagradas escrituras para enganar, mas vai-se acabando o tempo da farsa. Já mostrou a patinha e essa patinha... é umha mais do sistema capitalista. A esquerda "guay del Paraguay".


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