De partida, poderíamos julgar que a presença masculina em ambientes feministas pode ser bastante positiva, mas considero que, para os homens poderem participar da luita feminista ao nosso lado, é imprescindivel a transformaçom masculina, e esta nom passa porque um dia saiam atrás dumha faixa polos nossos direitos, nem por dar um tom mais grave aos nossos berros nos altofalantes.
Acredito, defendo e trabalho na aliança entre homens e mulheres para umha mudança social, mas nom por isso obvio que vivemos inseridas num sistema patriarco-capitalista, sistema no qual as mulheres somos socializadas para nos sentirmos inferiores e constantemente desimportantes, enquanto os homens som educados para se sentirem qualificados e merecedores por “direito”. Eles sentem-se livres e arroupados por esta sociedade para ridicularizar ou desligitimar e esta realidade acaba por instaurar como norma a intimidaçom masculina-patriarcal, intimidaçom que o feminismo leva décadas a combater.
Neste ponto do debate, sempre escuito fortes vozes a relatarem casos individuais de homens que conseguírom escapar da misogínia social, do sexismo, do machismo e em geral de toda a alienaçom genérica a que fôrom submetidos desde seu nascimento. Realmente, quero acreditar, mas ainda assim, pensar individualmente nom resolve um problema social que tem seus alicerces na opressom de um género polo outro.
As mulheres necessitamos apoiar-nos mutuamente, necessitamos aprender a berrar e a nom ter vergonha das nossas ideias.
A contribuiçom masculina nom deve ser a da sua participaçom e, portanto, protagonismo nos espaços de debate e de luita das mulheres; deve ir na coragem de levantarem a voz para debater em espaços masculinos onde o machismo é constantemente reforçado ou reproduzido. Aí, onde as mulheres temos mais dificuldade de nos fazermos ouvir, é que os homens devem debater e atuar; porque, quando a sua participaçom se baseia em quererem pautar o movimento, é quase impossível continuarmos a ver o homem como aliado, pois todo se torna demasiado semelhante à sociedade que nos rodeia, a esta sociedade onde eles falam e nós acatamos.
Nom estou a fazer um apelo à desídia e ao desinteresse nas luitas feministas, e sim a um verdadadeiro contributo masculino para com este movimento. Assim sendo… bem-vindos aliados!
Publicado no nº130 do Novas da Galiza
De partida, poderíamos julgar que a presença masculina em ambientes feministas pode ser bastante positiva, mas considero que, para os homens poderem participar da luita feminista ao nosso lado, é imprescindivel a transformaçom masculina, e esta nom passa porque um dia saiam atrás dumha faixa polos nossos direitos, nem por dar um tom mais grave aos nossos berros nos altofalantes.
Acredito, defendo e trabalho na aliança entre homens e mulheres para umha mudança social, mas nom por isso obvio que vivemos inseridas num sistema patriarco-capitalista, sistema no qual as mulheres somos socializadas para nos sentirmos inferiores e constantemente desimportantes, enquanto os homens som educados para se sentirem qualificados e merecedores por “direito”. Eles sentem-se livres e arroupados por esta sociedade para ridicularizar ou desligitimar e esta realidade acaba por instaurar como norma a intimidaçom masculina-patriarcal, intimidaçom que o feminismo leva décadas a combater.
Neste ponto do debate, sempre escuito fortes vozes a relatarem casos individuais de homens que conseguírom escapar da misogínia social, do sexismo, do machismo e em geral de toda a alienaçom genérica a que fôrom submetidos desde seu nascimento. Realmente, quero acreditar, mas ainda assim, pensar individualmente nom resolve um problema social que tem seus alicerces na opressom de um género polo outro.
As mulheres necessitamos apoiar-nos mutuamente, necessitamos aprender a berrar e a nom ter vergonha das nossas ideias.
A contribuiçom masculina nom deve ser a da sua participaçom e, portanto, protagonismo nos espaços de debate e de luita das mulheres; deve ir na coragem de levantarem a voz para debater em espaços masculinos onde o machismo é constantemente reforçado ou reproduzido. Aí, onde as mulheres temos mais dificuldade de nos fazermos ouvir, é que os homens devem debater e atuar; porque, quando a sua participaçom se baseia em quererem pautar o movimento, é quase impossível continuarmos a ver o homem como aliado, pois todo se torna demasiado semelhante à sociedade que nos rodeia, a esta sociedade onde eles falam e nós acatamos.
Nom estou a fazer um apelo à desídia e ao desinteresse nas luitas feministas, e sim a um verdadadeiro contributo masculino para com este movimento. Assim sendo… bem-vindos aliados!
Publicado no nº130 do Novas da Galiza