1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (1 Votos)
Andoni Baserrigorri

Clica na imagem para ver o perfil e outros textos do autor ou autora

Feijoada no ponto

Após Marim, algumhas reflexons

Andoni Baserrigorri - Publicado: Sexta, 09 Agosto 2013 12:07

A iniciativa de Marim, que partiu das companheiras e companheiros do Coletivo Nacionalista e o PCPG, tornou possíveis algumhas reflexons sobre o momento atual da luita de classes nas naçons oprimidas polo Estado espanhol.


Primeiramente é obrigatório sublinhar o atual momento do Estado que nos oprime como povo, naçom e género.

Até qualquer pessoa é consciente da seriedade da situaçom. Com umha monarquia nas suas horas mais baixas de popularidade e aceitaçom desde sua restauraçom em 1975, com um sistema político baseado no bipartidismo agotado e com umha crise que com conhece fundo quer no económico, quer no moral, os setores interessados na continuidade do projeto imperialista espanhol tem sobejas razons para estar preocupados.

A resposta social é crescente e se bem nom deu chegado ainda aos límites que se suponhem teria de haver chegado, a irritaçom e mal-estar é patente nas classes médias, que até agora consumiam e calavam. Calavam perante a corrupçom que conheciam sobejamente, calavam perante um sistema que sabiam nom era democrático, calavam perante os abusos policiais que reconheciam e calavam perante a negaçom dos direitos nacionais dos povos oprimidos polo "seu" Estado.

O problema é que na populaçom "espanholista", nom pertencente às naçons sem Estado e composta basicamente por classes meias às que já nos referimos, está deixando de ser classes média e vê com fundo medo e preocupaçom que seu futuro nom está tam seguro como previam e que o bem-estar de que desfrutavam já vírom como era fictício. Espanha nom é nengumha potência europeia nem mundial como criam e, após os anos do tijolo, volta a crua realidade de antes dos anos 90. O Estado espanhol vislumbra-se como um dos estados pobres do sul da Europa (tanto que faziam risos com a Portugal e Grecia...) e eles olham com desespero como vam ter de voltar ao estilo de vida dos anos de "Cuéntame".

Este estado de cousas representa um grave risco para os povos e naçons sem Estado, sob a bota espanhola, ou franco-espanhola como é o caso de Euskal Herria, já que o Estado espanhol, no seu anseio por sobreviver, nom vai duvidar em utilizar a estas classes médias e dar-lhe umha volta de porca face a direita. Estas classes som as que assinalam como culpáveis da crise os imigrantes, os desempregados que som para eles uns preguiçosos, os setores mais desfavorecidos que também na sua opiniom levam milhons de euros em assistência social, som as classes sociais que cospem aos mais fracos e calam perante os mais poderosos, som a gente que se torna fura-greves nas greves e mobilizaçons e, enfim, som a gente que voltará a votar no PP, já que acham que é preciso mao dura ou tornará face à ultradireita mais declarada de UPyD.

O panorama pola esquerda espanholista nom é melhor. O PSOE é fator chave na sustentabilidade do Estado e fará o que os poderes fáticos lhe pedirem que deve fazer, enquanto Esquerda Unida nom é sequer referência para a classe operária estatal nem para os povos oprimidos. IV, é outro pé do sistema, o pé social-democrata, o pé "pseudo-rebelde" e nesse, o seu papel, sente-se cómodo e é aí onde acha que é preciso estar, a gerir o capitalismo espanhol, tal como fai na Andaluzia.

Urge pois, clarificarmos varios conceitos:

1.- Dentro do Estado espanhol, os povos e naçons sem Estado estamos condenados ao esmorecimento, sob a voragem espanholista e do sistema capitalista.

2.- Urge também clarificarmos, que se quigermos conquistar o nosso futuro como naçons livres, tal futuro apenas pode ser socialista;

3.- Como consequência, urge saber que a Uniom Europeia nom vai permitir no seu seio qualquer um tipo de socialismo, polo qual é preciso darmos a conhecer à nossa gente e militáncia que a saída da Uniom Europeia é condiçom sine qua non para sermos naçons livres;

4.- É a cada vez mais óbvia a necessidade de que os povos e naçons que desejamos sair do Estado espanhol, devemos começar a traçar estratégias conjuntas de tal jeito que os poderes fáticos espanhóis tenham "um, dous, varios Vietnam..." no sentido independentista e socialista da expressom;

5.- Por último, estas tarefas que som urgentes para os nossos povos é possível levá-las avante movimentos revolucionários independentistas y socialistas com umha sólida formaçom marxista da sua militáncia.

Sendo conseqüente com esta reflexom que expugemos em Marím, tem-se de fazer umha série análise do nivel formaçom atual da militáncia revolucionária dos movimentos que se supom devem levar avante essa tarefa. De formaçom marxista falo, com certeza.

De formaçom marxista, porque tam só o marxismo evidencia que o capitalismo na sua insaciável voracidade, nom só acaba com vidas humanas escraviçando-as senom também com povos e culturas. Só o marxismo, a partir da sua profunda análise, deixa claro que a classe operária ou se liberta ela própria ou ninguém virá para libertá-la e para isso é preciso militar no sentido vitalista da palavra, do jeito como militavam os bolcheviques da revoluçom rusa ou os guerrilheiros cubanos ou vitnamitas das guerras de libertaçom. Enfim, apenas o marxismo mostra com clareza que os diferentes reformismos nom som senom enganos das burguesias para que os setores populares desistam da sua missom histórica: A tomada do poder e a construçom do socialismo.

O sentido de Marím e a mensagem foi essa. É preciso militar e fazê-lo no frente de luita que cada qual ache que deve fazer, mas honestamente e trabalhando todos os dias, com um sentido vital da militáncia.

E essa militáncia tem de ser fortemente armada com umha das armas mais poderosas das que nos devemos dotar. A formaçom marxista.

E é preciso dar a essa formaçom marxista um sentido vital. A formaçom nom é para falar em tertúlias, nem para escrever livros. A formaçom tem de ser um guia para a açom das e dos militantes que se devem de embarcar nesta tarefa histórica que é a liberdade dos nossos povos e o seu futuro socialista.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.