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Andoni Baserrigorri

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Feijoada no ponto

Saramago, a face oculta de um brilhante intelectual

Andoni Baserrigorri - Publicado: Sábado, 19 Junho 2010 01:22

Andoni Baserrigorri

Séria desajeitado e impróprio de uma pessoa de uns mínimos culturais, pôr em questão a altura literária e sua capacidade intelectual. Saramago foi seguramente um dos escritores mas brilhantes em língua portuguesa que deu a história e isso é uma evidência que ninguém desconhece.


Sua obra literária abeira a perfeição e seus inúmeros trabalhos tornaram-no merecedor do Nobel de Literatura, e ler o "Evangelho segundo Jesus Cristo" é um gozo para a mente e faz-te descobrir que por trás da cada dogmatismo muitas vezes há fábulas e só fábulas.

Saramago esta à altura dos grandes literatos e ninguém o vai pôr em questão, mas o escritor falecido tinha sua face oculta, seu lado dois e, faz por estas datas num ano, demonstrou até onde se pode chegar quanto a servilismo e baixeza moral.

Faz agora num ano, Alfonso Sastre, outro grande escritor e dramaturgo, seguramente o maior dramaturgo vivo, apresentava-se às eleições encabeçando a lista eleitoral Iniciativa Internacionalista e em seguida o pior do fascismo espanhol, lançou-se como um lobo para insultar a Alfonso e tentar que a lista não pudesse apresentar-se às eleições européias.

Finalmente pôde-se apresentar e se hoje em dia não tem uma representação no Parlamento europeu é devido à escandalosa fraude que protagonizou o Governo espanhol. Mas se se apresentou não foi precisamente pela ajuda deste intelectual de esquerda. Saramago afirmou, e sem nenhum pudor, que Alfonso sastre era um "valedor de assassinos". E ficou aí com sua soberba.

Saramago assinou e subscreveu os manifestos que lhe puseram por diante os Rubalcabas de serviço, para demonizar e dar cabo do independentismo basco e, em mais de um, coincidiu com Rosa Díez e outras misérias da "esquerda".

Saramago, depois de um passado de militância no Partido Comunista Português, acabo militando ao lado dos governos políacos, fazendo causa comum com esses assassinos de ilusões e de vontades que hoje em dia, constituem os poderes espanhóis.

Saramago teve a extravagância de falar nestes termos de Polanco, o que fora presidente do grupo PRISA, quando o capitalista faleceu:

"Polanco é o rosto amável do capitalismo". Nada de estranhar nestas palavras e é que há que ser agradecido com a mão que te dá de comer...

E também não é de esquecer a extravagante ideia que propôs de unificar o Estado espanhol e português junto com Andorra e constituir assim um novo Estado ibérico... Cá para mim, os seus compatriotas não devem ter gostado da ideia, quem já esteve em Portugal pode assegurar que se algo detestam é... a prepotência espanhola.

Fabretti, pessoa de extraordinária valia diria dele, faz agora num ano e me permito a licença de repetir as palavras do mestre e companheiro Carlo Fabretti.

Como pode um suposto intelectual de esquerda falar do "rosto amável do capitalismo", que é como falar do rosto amável da exploração e o atropelamento? A resposta é muito simples: porque a esse suposto intelectual de esquerdas o capitalismo, efetivamente, mostra-lhe um rosto sumamente amável, converte-o num privilegiado, do mesmo modo que Goethe era um privilegiado daquela "ordem" que queria ver mantido ainda à custa da injustiça (uma injustiça que a ele nunca atingiria, com certeza)?.

Quando falece uma pessoa, deve-se um respeito à sua memória e o caso de Saramago não deve ser uma exceção, mas esse respeito não deve incluir fazer anesia de suas misérias e, no caso do Nobel português, foram muitas.

As letras portuguesas e de todo mundo estão de luto, mas também os opressores e repressores do Estado espanhol, que contaram com sua colaboração para tratar de acabar com a democracia com a tentativa de ilegalização da Iniciativa Internacionalista e com sua assinatura sempre contra um povo em luta por seus direitos sociais e nacionais.
E para que falar de seus insultos à Revolução cubana, chamando ela "ditadura" ou às FARC, chamando elas "terroristas"?

Saramago já é uma lembrança e um literato morto, mas também nos deve ficar como lembrança a ultima etapa de sua vida, dedicada ao serviço do Estado opressor.


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