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Andoni Baserrigorri

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Feijoada no ponto

O ocaso sangrento do capitalismo

Andoni Baserrigorri - Publicado: Quinta, 03 Junho 2010 10:36

Andoni Baserrigorri

Estamos a entrar numa das fases mais duras do capitalismo, o momento de sua decadência.


E o capital está disposto a matar individual e colectivamente.

Desde o ponto de vista económico digamos que já não há sistema. Trata-se simplesmente de uma fraude, mistura de vigarice piramidal e aposta aventureira sem base alguma. Desde o político as estruturas internacionais não existem, a ONU tem falecido. Desde o ponto de vista ético, não existe ética alguma no capital de modo que omitamos as brincadeiras já que o princípio central do capitalismo é que é bom todo aquilo que faz caixa e não há que se questionar nem como se acumula capital e mais-valia nem de onde procede o dinheiro.

Estamos a entrar numa das fases mais duras do capitalismo, o momento de sua decadência. E na decadência o capital está disposto a matar individual e colectivamente dantes de que se toquem os seus privilégios. As lições são evidentes. Na ofensiva por anular a memória histórica de Euskal Herria (País Basco, na língua desta nação), o PNV (Partido Nacionalista Basco, organização da burguesia basca), farsante histórico onde os houver, levará com o PSOE e o PP às aulas uma absoluta mentira disfarçada de realidade da História de Euskal Herria desde a sua trágica claudicaçom em 1977 até hoje.

E tratará de impedir por todos os meios a normalização da vida política da esquerda abertzale (esquerda independentista) já que procura desesperadamente um pacto com os de Patxi López (Presidente da Comunidade Autónoma Basca, do PSOE) em frente ao Pólo Soberanista.

Outra coisa será conseguí-lo já que se espera da esquerda abertzale a audácia e a vontade política firme e suficiente frente ao apartheid. Desde sempre a arma da Esquerda Abertzale tem sido a inteligência, de modo que agora não falhará.

PNV, PP, PSOE temem terrivelmente a normalização política de Euskal Herria de modo que não darão trégua a qualquer proposta democrática procedente nem da ETA, nem da esquerda Abertzale nem da sociedade civil. Eles querem o conflito que impede a visualización real da vontade basca, a Esquerda Abertzale e nós mesmos procuramos uma saída democrática que nos dê voz para decidir.

Em casa isto esborralha-se. Cai-se-lhes EITB, a Administração basca e os sectores industriais sem exclusão. Têm assumido a responsabilidade de gerir uma legiom de ineptos e arrivistas, sem mais.

As medidas de Patxi López levam a mais desemprego e a mais pobreza. É o cumprimento das directrizes do FMI baseadas no princípio eles roubam e nós pagamos.

Fora de Euskal Herria, Israel tem mostrado ao mundo seu rosto assassino matando a sangue frio 19 pacifistas quando tratavam de chegar a Gaza. Sentimos tristeza pelos assassinados e feridos, por todas as boas gentes mas entendemos que começa o fim do apartheid nazista-sionista, o sangue derramado não é em vão e no ano 2010 não é a década dos 70, não o é.

As tarefas são claras. Após a Greve do Sector Público o 25 de maio, potente e seguida, a LAB (sindicato obreiro independentista) corresponde continuar a pôr na balança os argumentos que nos levem a uma Greve Geral total em Euskal Herria, uma greve que há chegar.

E de cara ao mundo, Euskal Herria deve dar uma resposta solidária ao povo trabalhador da Grécia, que neste sábado partilha através da representação do sindicato grego PAME acto político com o sindicato abertzale no Anaitasuna de Iruña (Pamplona, capital do País Basco) .

O sindicalismo da esquerda abertzale demonstra assim a sua coerência ideológica anticapitalista. As medidas que o FMI impõe a Euskal Herria não vão ser muito diferentes das que hoje impõe à Grécia e ontem impôs à Argentina. Pobreza e miséria para os trabalhadores e trabalhadoras, enriquecimento para o grande capital e o FMI.

Ao sindicalismo abertzale corresponde-lhe liderar a resposta política, mas aos agentes populares, a Herria Abian, corresponde levar aos bairros e vilas as razões que o povo trabalhador tem para lutar e a explicação das mobilizações.

Para o final deixamos os ataques cibernéticos ao site de Boltxe. Aos que têm mostrado solidariedade dizemos-lhes que agradecemos as suas declarações e apoios tecnológicos: A Pintxogorria, Kimetz, Sare Antifaxista, Diário Liberdade, La Haine, o nosso agradecimiento. No–Do 50 igual. A tantas mensagens pessoais eskerrik asko (obrigado em língua basca). Valorizamos tremendamente os esforços técnicos para consertar o golpe, a No-Do 50, servidor no qual alojamos o site muito obrigado por recuperar nosso espaço na rede.

É um tempo terrível de luta, no qual o imperialismo tem aberto todas as frentes. Na nossa qualidade de comunistas e abertzales superamos os escolhos e continuamos no caminho, ensinou-no-lo Telesforo Monzón com o inolvidável “lepoan Hartu Ta Segi Aurrera!”, toma ao ombro e segue adiante.

E isso temos feito. É tempo de mudança e de luta e não estamos por abandonar o caminho da resistência.


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