O pior não é isso. O pior é o balbinismo. Todos e todas em Compostela irão como ratinhos atrás do flautista de Hamelin da plataforma "Queremos Galego". Pessoalmente, para me somar, teria de estar certo das convicções que encerra o nome da entidade convocante. Queremos galego? De verdade? E por que esses setores insistem em tratar na prática a nossa língua como se for um dialeto regional? Por que insistem em negar-lhe as suas potencialidades comunicativas e de acesso ao mundo cultural da lusofonia? Por que os vultos que avalizarão a manifestação insistem em viver dessa economia de gueto? Queremos galego? Estaremos dispostos e dispostas a impor o galego da mesma maneira que se impõem as línguas bem sucedidas ou, pelo contrário, buscaremos algum subterfúgio do tipo «a legalidade não o permite», «temos que ir passinho a passinho» ou «há que buscar o máximo de consenso possível»? Queriam galego as forças políticas que governaram até o 2009 e que se manifestarão o dia 17? Quererão galego a malta espanholista do PSdG-PSOE? E o BNG? E por que entregaram então a política lingüística a pessoas de sinalada incompetência? E por que não aspiraram, quando menos, aos modelos de normalização mais ambiciosos existentes no estado espanhol? E por que nem se preocuparam nem de garantir a legislação existente nesta matéria, incluída a que eles próprios elaboraram? E por que a ambigüidade, e por que essa preocupação por não incomodar, de respeitar os direitos «dos que falam galego e dos que falam castelhano»?
Insisto: estão por impor o galego? Não? Pois daquela era melhor que ficaram na casa: vocês são o principal obstáculo à normalização da língua. E não o Feijoo. Nem sequer esse "harki" de Anxo Lorenzo.