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Andoni Baserrigorri

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Feijoada no ponto

Euskal Herria, 3 de março

Andoni Baserrigorri - Publicado: Quarta, 29 Fevereiro 2012 01:00

Andoni Baserrigorri

Do mesmo jeito que os russos tenhem seu domingo sanguento, em que a burguesia e o despotismo, em lugar de atenderem as justas reivindicaçons operárias, optarom por umha matança indiscriminada, em Euskal Herria, temos o três de março em Gasteiz, em que a burguesia espanhola optou polo massacre e o crime.


Os irlandeses lembram outro domingo sanguento, no que, os invasores británicos, também optarom por realizar umha mantança entre a populaçom de Derry, malia que, as e os manifestantes pedian uns mínimos democráticos

É umha constante em este tipo de estados e governos, assassinar da forma que o fam. Prefirem deixar um regueiro de sangue polas ruas, antes que dar seu braço a torcer e reconhecer o caráter opressor de seu sistema capitalista-imperialista.

Se o governo do Czar em 1905 houvesse oferecido umha via pacífica às justas reivindicaçon das massas em Sam Petersburgo dalgum jeito houvesse reconhecido que sua monarquia, era corrupta, exploradora, assassina y se mantinha sobre o sangue de centos de milhares de camponeses e operários que malviviam numhas condiçons miserentas dentro dum gueto medieval. Isso, nom podia fazer, é assim que preferiu metralhar ao povo e encher de luto a Rússia trabalhadora.

Do mesmo jeito, se os británicos houvessem aceite dum jeito pacífico as reivindicaçons da comunidade irlandesa, aquela tarde em Derry, houvesse sido um reconhecimento exemplar, de que, o que havia no norte da Irlanda, era umha ocupaçom militar colonial e que mantinha no mais absoluto apartheid a mais da metade da populaçom.

As tiranias jamais dam seu braço a torcer. As ditaduras capitalistas, às vezes, disfarçadas de pseudo-democracia, jamais aceitam a voz do povo, ainda que a este lhe sobeje razom.

Por isso, os fascistas espanhois, nom podiam aceitar que a classe operária vasca, através dumha greve geral e as movilizaçons de classe, atingisse uns mínimos trunfos que houvessem sido a evidência de que, o governo do assassino Arias Navarro, era um governo fascista, colonial que, em Euskal Herria, se mantinha sob a violência das armas espanholas e alicerçado na exploraçom da classe operária.

Do mesmo jeito que seus colegas británicos e russos, optarom por metrallar ao povo e assassinar cinco pessoas, simples trabalhadores, que sairom à rua para reivindicar justiça social e umhas condiçons de vida dignas para a classe operária.

De facto, a reflexom é essa. O fascismo, quer seja um fascismo medieval como o russo, um fascismo democrático-colonial como o británico, ou fascismo só, como o espanhol de 1976, antes assassina e criva o seu próprio povo, que escuita o que a gente di e atende umhas demandas elementares. Aí fica a ensinança para a história.

O povo russo acabou com o czarismo, o povo irlandês deu passos face a independência (face o socialismo já é outro cantar) e o povo basco, nom fai senom lembrar as cinco pessoas assassinadas em Gasteiz, como símbolo eterno por umha Euskal Herria soberana, independente e socialista que, sem dúvida, chegará o dia que vejamos, nós ou nossas e nossos descendentes, mas há chegar.

De Arias Navarro já nom se lembra ninguém. De Fraga, passado um mês de que pirou, em breve nom será, nem sequer, umha lembrança. Também o generalíssimo, logo, a gente o lembrará com desprezo. De Martín Villa, Suárez e outros membros de aquele governo que abriu fogo contra a classe operária basca, a mesma cousa. Total esquecimento.

Mas, desses cinco homens que caírom em Gasteiz, sempre se falará. E falará-se como referência heroica dumha classe operária, a basca, que nom vai baixar a guarda e que nom se vai resignar a viver sem o seu sonho cumprido.

Cada 3 de março, Gasteiz e Euskal Herria, tenhem umha lágrima reservada para essa gente. Porque é a nossa gente. Porque morrêrom por umha Euskal Herria melhor. Porque, diante dos ataques que se aproximam contra os nossos direitos, a sua memória deve ser acicate para luitar e nom renunciarmos a umhas conquistas sociais que custou sangue para serem atingidas.

O dia que sejamos um país livre, um Estado socialista, esta gente terá um lugar preferencial na nossa história. O governo que ordenou disparar contra eles, desprezo e esquecimento. Assim se escreve a história dos povos e naçons dignas.


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