A introdução das consoantes mudas, no caso de Victor p.ex, foi engendrada pelos humanistas renascentistas que, não só acrescentaram essas consoantes, como mudaram as grafias de f e d com os PH, os TH e os CH, derivados da vertente Grega e não utilizados no Galaico-Português, esse sim, o nascente do manancial da Lingua Portuguêsa e numa versão simplificada e popular.
Citando Almeida Garret, a grafia da lingua Portuguêsa devia ser o mais simplificada possível, para unir todos os falantes da mesma lingua.
É preciso compreender que as linguas vivas são dinamicas e não estáticas, não se pode criar uma estrutura rigída que se mantenha para sempre, pois a cada geração, tudo se altera, a cada nova situação, uma nova expressão de cria.
Existem muitas formas de falar o Português, porque não podemos colocar no mesmo saco a grafia e a fonética. Também no Brasil, existem milhares de pronúncias e regionalismos que alteram a forma de falar e se escrever.
Mas o erro é fechar a lingua nela própria, não a partilhar, pensar que essa lingua é só nossa e como tal, é como a falamos e escrevemos. Esse próprio sentimento, é perigoso e começa aqui, no próprio Portugal, de uma localidade para outra, as diferenças, as pronúncias e as formas de falar.
Abrir a lingua é partilhá-la, é dar a possibilidade de ela própria evoluir, de inventar novas expressões, novas palavras, de receber e de dar, sem mêdos e sem receios que uma parte seja mais forte que a outra.
Cada mar, tem rios que se juntam a ele, engrandecendo a sua própria dimensão, mas cada rio provém sempre de uma nascente, de um ponto diminuto, onde tudo tem origem.
Assim também é a lingua Portuguêsa, seja ela agora uma dimensão de mar que é no mundo, ela provém de uma nascente, que conjuntamente com o Galaico, são a têmpra das nossas gentes, do nosso passado e nada há que possa alterar isso.
Não há que ter receios....